Série TRANSPARÊNCIA (18) – O Japão é aqui
Tóquio fica a 20.800 quilômetros de Santarém, que é a melhor opção para a exportação de commodities do Nortão ao continente asiático. Aquela cidade paraense dista 1.770 quilômetros de Cuiabá. Independentemente da distância, não se engana quem diz: o Japão é aqui, referindo-se a Mato Grosso. Os japoneses formam a maior colônia na Terra de Rondon. Em sua composição, fundadores de cidades, técnicos, políticos, esportistas, magistrados e outras figuras plenamente identificadas com o região onde habitam. O que esse país com destacado papel em nossa balança comercial e sua gente fazem nesta série que aborda os pré-candidatos ao Senado e ao governo? Política é uma ciência com amplitude que vai muito além do formalismo do voto dado a essa ou aquela candidatura, como acontecerá na eleição ao governo, em outubro, que dentre os pré-candidatos tem o senador republicano Wellington Fagundes.
Detalhando: caso Wellington vença o pleito seu primeiro suplente Jorge Yoshiaki Yanai será o primeiro senador brasileiro de origem japonesa.
Claro que senador atua sobre os temas nacionais, mas de modo especial, dedica-se ao seu Estado. Jorge Yanai, avaliam operadores do mercado de commodities, seria extremamente útil a Mato Grosso na entabulação de negócios com seu país de origem. O japonês tradicionalmente é reservado, o que abre espaço para ele, por ser integrante daquele povo. O Japão está no time (dos 11 maiores importadores) que compra produtos agrícolas mato-grossenses. Em 2017 nosso volume de vendas para Tóquio alcançou US$ 300,4 milhões (FOB) com importações mato-grossenses praticamente zero.
A questão comercial não é o único ponto que poderia ser explorado por Jorge Yanai. Grandes conglomerados japoneses precisam ser atraídos para investirem em Mato Grosso. Moradores em Cuiabá e diversas outras cidades, que se enquadram às exigências para obterem visto de trabalho no Japão, precisam de maior cobertura diplomática e de amparo da legislação trabalhista nas relações internacionais – no Senado Jorge Yanai seria a figura certa para tanto.
Jorge Yanai (MDB) chegou em 1979 à recém-fundada Sinop. Na bagagem, sonhos e um canudo de médico expedido pela Universidade Federal do Paraná. Paranaense de Bandeirantes, personificou bem o nome de sua cidade ao participar do desbravamento do Nortão. Todos os dias exerceu a medicina enquanto cirurgião e ginecologista: é o médico há mais tempo em atividade no polo de Sinop, mas mesmo assim sempre encontra tempo para a política – tanto é verdade que em 1990 conquistou uma cadeira de deputado estadual.
Em 2002, o senador e candidato a reeleição Jonas Pinheiro o convidou para segundo suplente em sua chapa, que foi vencedora. Vítima de complicações do diabetes, Jonas Pinheiro morreu em 19 de fevereiro de 2009 e o primeiro suplente Gilberto Goellner o substituiu. De 06 de maio de 2010 a 09 de setembro daquele ano, Jorge Yanai ocupou a cadeira de Goellner no Senado. Foi o primeiro e até agora único suplente de senador brasileiro de origem japonesa no exercício do cargo.
A eleição de outubro, em caso de vitória de Wellington ao governo, pode dar a Mato Grosso o primeiro senador da colônia japonesa.
Povos irmãos
Mato Grosso e Japão mantêm estreitos laços desde 1953. Os japoneses e seus descendentes se espalham por todos os municípios e participam ativamente da vida econômica, social, esportiva e política mato-grossense. Não há números oficiais, mas independentemente deles, ninguém duvida que se trata da nossa maior colônia de imigrantes.
A contribuição da colônia nipo-brasileira ao processo de desenvolvimento econômico, social, cultural, esportivo e político em Mato Grosso é imensurável. Alguns integrantes desse núcleo populacional são personagens deste capítulo.
Em 2008, nas comemorações do centenário da colonização japonesa no Brasil, a colônia nipo-brasileira promoveu eventos em Cuiabá e outros municípios. Entre os pontos altos, na capital foi realizado o concurso pelo cetro da beleza Miss Centenário e a eleita foi Regina Nishitani, de Cuiabá, e a Assembleia Legislativa realizou sessão solene alusiva à data.
No Brasil os japoneses chegaram em 1908. Depois de 52 dias navegando o navio Kasato Maru chegou ao porto de Santos em 18 de junho de 1908 – portanto há 110 anos – com 165 famílias a a bordo.
Esse grupo, com 781 integrantes, embarcou no porto de Kobe e foi a primeira leva japonesa que veio para o Brasil, principalmente para trabalhar em cafezais paulistas e paranaenses.
Em Mato Grosso não há registro dessa presença àquela época, mas o marco zero da imigração é 1953, ano em que o empresário Yassutaro Matsubara iniciou a colonização da Gleba Rio Ferro, com 250 mil hectares, na área onde mais tarde surgiriam as cidades de Feliz Natal e Nova Ubiratã, no Nortão. Yassutaro era ligado ao presidente Getúlio Vargas, que lhe deu a propriedade para transformá-la num polo de produção de pimenta-do-reino e cultivar outras lavouras.
Yassutaro não enfrentou os desafios de cultivar na Amazônia Mato-grossense, mas botou o empreendimento nas mãos de seu filho Iosihua Matsubara que foi aportuguesado para Paulo Japonês. Japoneses, nisseis e sanseis de São Paulo e Paraná trocaram seus endereços pelo sonho de vencer na vida numa região distante 400 quilômetros de Cuiabá e com dificuldade de acesso. O projeto se arrastou por quase duas décadas, até que se esvaziou. O fracasso pode ser debitado à malária e à pobreza do solo, que inviabilizava qualquer tipo de lavoura. A febre foi praticamente banida da região, que se tornou importante polo agrícola após a adoção do calcário na correção da acidez nas áreas agricultáveis. Vale ressaltar que Mato Grosso tem grandes reservas de calcário em Nobres, distante 400 quilômetros de Rio Ferro.
Os participantes da colonização de Rio Ferro deixaram o projeto, mas em sua maioria permaneceram em Mato Grosso. Mudaram-se para Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Barra do Garças, Rondonópolis e Diamantino, onde incorporaram os sobrenomes Okada, Nomura, Sano, Mizobe, Ueda, Utida, Otiai, Kanashiro, Yanai, Ninomiya e outros ao cotidiano dessas cidades.
A formação do núcleo urbano de Pedra Preta começou em 1956, por iniciativa do imigrante japonês Noda Guenko, que residia em Rondonópolis, município ao qual a região pertencia. O primeiro nome foi Vale do Jurigue, posteriormente mudado para Alto Jurigue.
O encarregado por Guenko da colonização da gleba de 3.872 hectares onde mais tarde surgiria a cidade de Pedra Preta foi Jinya Konno, nascido em Kurukawa, no Japão.
Acompanhado pela esposa sansei Tokiko Konno, nascida em Marília (SP), Jinya Konno chegou ao Jurigue em 1956, procedente de Guaraci, no interior paulista. As dificuldades enfrentadas na abertura do povoado trocaram de lugar com o conforto de agora. Konno gostou da região e desde que botou os pés ali nunca mais a deixou. Dona Tokiko também nunca se afastou da cidade que fundou e seu corpo ali está sepultado.
A vila (Gleba) Paixão, que mais tarde se transformaria na cidade de Araputanga, nasceu em 23 de maio de 1963 por iniciativa de Shigeyoshi Sato (o João Sato), na Gleba Paixão.
Em Cuiabá, o imponente Palácio das Artes Marciais Iusso Sinohara, reverencia a memória de um ilustre membro da colônia japonesa. Também na capital, o Parque Massairo Okamura pertetua o nome de um grande empresário. Em Rondonópolis, HIroshi Kawatoko denomina uma rua no Parque Real.
O reverso da medalha
A moeda forte e os bons salários no Japão despertaram interesse em sua colônia em Mato Grosso. Há quase três décadas nisseis, sanseis, yonseis, gosseis e schichisseis e até mesmo os isseis – imigrantes japoneses – fazem o caminho inverso ao do navio Hasato Maru em busca do sonho do emprego seguro e bem remunerado. Parte volta, mas outros se adaptam ou readaptam por lá.
O trabalhador nascido no exterior e que vai ao Japão em busca de emprego é chamado de dekassegui. Mato Grosso tornou-se exportador de mão de obra para a Terra do Sol Nascente. Moradores de Cuiabá, Rondonópolis, Barra do Garças e outras cidades, que descendem de japoneses ou são casados com integrantes da colônia nipo-brasileira têm facilidade em obter visto para a emigração. Parte do dinheiro que ganham em Tóquio, Hiroshima, Nagoia, Narita, Suzuka e outras localidades é investida em suas cidades de origem.
Presença na Transpantaneira
A colônia japonesa participou da criação do pioneiro multimodal de transporte mato-grossense
No primeiro passo o multimodal com suas matrizes de transporte utilizaria a ferrovia, de São Paulo a Corumbá(agora Mato Grosso do Sul); a pantaneira Hidrovia Cuiabá-Paraguai, de Corumbá a Porto Jofre, no município de Poconé; e a Rodovia Transpantaneira, de Poconé a Porto Jofre. Num segundo passo a ligação rodoviária se estenderia de Corumbá a Poconé sendo alternativa ao transporte fluvial no trajeto.O primeiro multimodal de transporte brasileiro para a integração do trem com balsa e rodovia foi planejado no começo dos anos 1970 para interligar São Paulo e Mato Grosso, com trecho na área ora pertencente a Mato Grosso do Sul. Esse projeto fazia parte do Plano de Integração Nacional criado pelos militares que governavam o Brasil, dentro da política nacionalista de “Integrar para não Entregar”. Dele nasceu a Rodovia Transpantaneira.
A Transpantaneira avançou 140 quilômetros pelo município de Poconé, da cidade à margem direita do rio Cuiabá. A rodovia é uma grande reta em maior parte do trajeto suspensa por aterro com 124 pontes pequenas e médias sobre corixos, o que mostra o grau de dificuldade que foi sua construção. A obra foi cumprida na parte que mais tarde seria o remanescente mato-grossense após a divisão territorial para a criação de Mato Grosso do Sul, mas não foi executada no trecho da área seccionada.
Transpantaneira é a MT-060. Ela é Estrada-Parque e recebeu a denominação de Rodovia José Vicente Dorileo – Zelito Dorileo, por uma lei de autoria do deputado estadual Paulo Moura sancionada em 21 de janeiro de 1999 pelo governador Dante de Oliveira. Zelito foi pecuarista em Poconé e dirigente sindical patronal rural.
A construção da Transpantaneira começou em 5 de setembro de 1972 quando Mato Grosso era governado por José Manuel Fontanillas Fragelli. A obra foi executada pela Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso (Codemat), sob responsabilidade técnica dos engenheiros Kikuo Ninomiya Miguel, Enzo Perri, Hilton Campos (foi deputado estadual e prefeito de Juína) e outros.
Em 1974, o governo federal inaugurou a ligação asfáltica de Cuiabá com Campo Grande (BR-163) e Goiânia (BR-364) via Rondonópolis. Paralelamente a isso a Transpantaneira foi concluída, mas perdeu importância pela natural opção pelo transporte rodoviário nas rodovias federais recém-construídas. Diante dessa realidade a obra não avançou além de Porto Jofre, rumo sul, na área agora de Mato Grosso do Sul.
Ninomiya foi deputado estadual. Da colônia japonesa também exerceram mandatos na Assembleia Legislativa os deputados Kazuo Sano e Jorge Yanai
Um hibakusha entre nós
Japão, 09 de agosto de 1945. Um cogumelo subiu ao céu. Deixou 39 mil mortos. Nagasaki virou escombros.Masanobu Kazurayama não entendia o que acontecia. Era criança.
Continuava a brincar na estrada perto da cidade que a ignomínia da guerra acabara de destruir até que alguém o levou para uma vala no quintal de sua casa onde a vizinhança se escondia dos bombardeios.
O menino Kazurayama escapou ileso, mas passou a infância testemunhando a dor física dos atingidos pelo ataque, e o sofrimento dos que perderam parentes, amigos e conhecidos para o poder avassalador da terrível arma utilizada pelos Estados Unidos contra a população japonesa.
Kazurayama virou hibakusha, como são conhecidos no Japão os sobreviventes das bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki no final da Segunda Guerra Mundial.
O hibakusha Kazurayama cresceu sonhando com o paraíso ensolarado chamado Brasil. Em 1961, zarpou num navio realizando seu sonho. Chegou ao Paraná. Três anos depois estava em Mato Grosso, onde venceu na área empresarial. Construiu uma casa na barranca do rio Cuiabá, perto da capital. Vive em paz com a família. Divide o tempo entre a piscicultura e o hobby da pintura.
Nas discretas reuniões da colônia nipo-brasileira em Mato Grosso, Kazurayama prega a cultura da paz com a credibilidade de quem sobreviveu ao horror atômico. Seus ensinamentos repercutem entre os conterrâneos e seus descendentes nascidos brasileiros e que há décadas contribuem para o desenvolvimento mato-grossense.
O nosso hibakusha Kazurayama é um rosto a mais na numerosa colônia japonesa, que tem papel importante em Mato Grosso. Seu patrício Noda Guenko fundou a cidade de Pedra Preta. Filhos da Terra do Sol Nascente e seus descendentes ocupam lugar na comunidade científica e intelectual, participam ativamente da vida política e social, transmitem tradições e cultura e miscigenam a população que a cada dia é mais cosmopolita nesta terra abençoada por Deus e cercada de América do Sul por todos os lados.
EDUARDO GOMES/blogdoeduardogomes
Ilustração GENERINO
Texto extraído do livro “Dois dedos de prosa em silêncio – pra rir, arguir e refletir” publicado em 2015 pelo jornalista Eduardo Gomes de Andrade sem apoio das leis de incentivos culturais
O cerrado e a mata de transição no Nortão viraram cenário econômico e ganharam função social com o cultivo da soja e da rotação de cultura com o milho safrinha e o algodão. Até 1978 ambos os biomas deixavam com o pé atrás os produtores de soja interessados na região, pois até então não havia nenhum indicativo de que a leguminosa se adaptaria bem naquela área abaixo do Paralelo 13.
Em Mato Grosso, abaixo do Paralelo 13, o arroz de sequeiro era a única cultura em escala. Em meio às dúvidas e incertezas o sonhador nissei Munefumi Matsubara botava a mão na massa – e no bolso – amansando o solo para a chegada da soja, que hoje é o carro chefe da economia mato-grossense.
Pioneiro no cultivo de soja abaixo do Paralelo 13 em Mato Grosso, Matsubara acreditou na viabilidade desse projeto na região. Na fazenda Progresso, de 10 mil hectares, no município de Sorriso e perto de Lucas do Rio Verde, Matsubara desenvolveu pesquisas que lhe deram uma facada de US$ 1 milhão entre 1972 e a safra 77/78, quando cultivou a leguminosa em campos experimentais e em lavouras sendo a maior de 3.600 ha com a cultivar UFV-1 da qual colheu 15 sacas/ha.
O dinheiro que saiu do bolso de Matsubara resultou na pesquisa que abriu a porteira para a soja no eixo de influência da rodovia BR-163 no Nortão. Paulista de Vera Cruz e ex-morador no Paraná, Matsubara agora é residente em Sinop, onde milita nos meios empresariais.
Discreto, Matsubara não se preocupa em alardear seu feito e até desconversa sobre ele. Sua obra fala mais alto sobre a soja do que todas as vozes.
Deusa das quadras
Dona Tila fazia das tripas coração para manter a casa limpa, mas a poeira vermelha não dava trégua naquele vilarejo num canto perdido do município de Diamantino, à beira da quase deserta Rodovia Cuiabá-Santarém, onde a malária
era companhia constante, em meados dos anos 1980.
O lugar onde dona Tila vivia não tinha nenhuma estrutura, mas seus moradores sonhavam com o amanhã coletivo melhor. Uns cultivavam, outros abriam estabelecimentos comerciais, outros prestavam serviço. Cada um se virava como podia. Transcorridos mais de 20 anos, a vila cedeu lugar a uma linda cidade sede de um dos principais municípios agrícolas do Brasil, Nova Mutum.
O sonho coletivo em Mutum não tinha espaço para o esporte, principalmente para o vôlei, que exige quadra, treinamento diferenciado e até mesmo altura compatível com os atletas. No entanto, foi na área esportiva que a antiga vila conseguiu seu maior feito.
De sua seleção feminina de vôlei, Mutum mandou para o mundo a genialidade da levantadora Ana Tiemi, filha de dona Tila e orgulho da cidade.
Ana Tiemi Takagui é a cara de Nova Mutum. Nova, ousada, bonita, vencedora, respeitada e admirada. Sua mãe, Cleneci Onghero Takagui ou simplesmente dona Tila, é catarinense; o pai Toshio Takagui, é nissei paulistano. Em épocas diferentes trocaram seus estados de origem por Nobres, cidade no ponto equidistante de Cuiabá a Nova Mutum, e ali se casaram.
Em 1985, o casal Takagui deixou Nobres por Nova Mutum, onde nem a poeira nem a malária impediram que dona Tila e Toshio gerassem aquela que mais tarde seria a maior estrela do vôlei de Mato Grosso e uma das principais do Brasil. Quando a menina nasceu não havia hospital em Nova Mutum e a saída foi um hospital na cidade onde os pais se conheceram e se casaram.
A poeira cedeu lugar ao asfalto. A cidade ganhou qualidade de vida e o casal Takagui criou seus filhos em paz. Ana Tiemi alcançou a idade escolar e foi matriculada na Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, onde conheceu e se apaixonou pelo vôlei.
A mãe de Ana Tiemi continua em Nova Mutum com parte da família. Desde 2005 o pai, Toshio, é um rosto a mais na multidão dos dekasseguis que fizeram o caminho inverso de seus ancestrais, e igual a eles, foi em busca do sonho da
realização profissional que tanto pode estar de um como do outro lado do mundo.
Jogando pela Seleção de Vôlei de Nova Mutum, o talento de Ana Tiemi despertou o interesse do Colégio Afirmativo, em Cuiabá, que a levou para sua equipe. Daí, os passos seguintes foram em direção a uma certa camiseta amarela respeitada no mundo inteiro.
Pela Seleção Brasileira Infanto-Juvenil, na Venezuela, faturou duas importantes conquistas: o Sul-Americano e o título de melhor levantadora. Sua trajetória a levou à Seleção Juvenil e à medalha de ouro no Mundial da Turquia.
Incorrigível ganhadora de medalhas e títulos, Ana Tiemi botou na galeria de suas conquistas o Grand Prix, disputado no Japão, que deu ao Brasil seu octacampeonato nessa competição.
Nova Mutum. Cuiabá. Mato Grosso. Minas Tênis. Osasco/Nestlé. Brasil Turquia, França, Bauru, França novamente, pelas quadras mundo afora. O planeta é pequeno para Ana Tiemi, a musa morena nipo-brasileira que é pedra angular na Seleção Brasileira de Vôlei.
Sensei respeitado por Rondonópolis
No final dos anos 1960 e começo da década de 1970 a colônia japonesa reunia centenas de curiosos no entorno de uma quadra improvisada em campo de basebol no Jardim Guanabara. A sabedoria popular apelidou o lugar de “Campo do Japonês“. A atividade esportiva continuou até que a área foi ocupada por prédios.
Desde 1972 Rondonópolis tem um tatame que formou gerações de judocas. Trata-se da Associação de Judô e Cultura Física de Rondonópolis criada pelo sensei Manao Ninomiya, 9º Dan.
Ninomiya é figura respeitada pela população rondonopolitana.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTOS:
1 – Arquivo Governo de Mato Grosso
2 – Maurício Barbant
3, 6 e 12 – Eduardo Gomes
4 – Governo de São Paulo
5 – Álbum de família
7 – José Medeiros
8 – Arte Generino
9 – Geraldo Tavares
10 – CBV
11 – volleyballnantes.com
Capítulos anteriores:
1 – PPP Caipira nasce da ousadia de Pivetta
2 – Suplente de última hora chega ao Senado
3 – Riva mesmo caido derrota Taques
4 – Páginas da vida
5 – Leitão, o único preso entre os pré-candidatos ao Senado e governo
6 – Carona na Arca de Noé
7 – O dedo de Kassab
8 – Taques e o cadeado na hidrovia
9 – Escândalos tomam discurso moralista de Pedro Taques
10 – O temperamento de Jayme Campos.
11 – Rossato, político profissional que diz não ser político.
12 – Selma aplaina caminho ao Senado.
13 – Assembleia Legislativa no fundo do poço.
14 – Blairo e o mistério que o afasta da eleição
15 – Mais que professora: uma lição de vida.
16 – Mauro acuado e num beco sem saída.
17 – Tu és Pedro!
Uma boa pedida é ler seus textos Brigadeiro.
Arigatou gozaimasu, meu amigo Brigadeiro
Parabéns pela Série que é muito interessante e você cada dia se reinventa no jornalismo
Excelente a série e essa reportagem sobre os japoneses ficou extraordinária. Minhas felicitações. Muito bom.
Não gosto de pau rodado e meu voto é chapa e cruz para o dr. Pedro Taques nosso único político honesto.