Boa Midia

13 DE MAIO – Em MT 23 municípios comemoram emancipação

O horror da escravatura
Mato Grosso tem 141 municípios sendo que 23 se emanciparam no dia 13 de maio. A data é carregada de simbolismo libertário  e nos remonta ao fim da escravatura em 13 de maio de 1888, decretado pela Lei Áurea sancionada pela Princesa Dona Isabel, que libertou os escravos. 

Essa lista é formada por São Félix do Araguaia, Tangará da Serra, Primavera do Leste, Cocalinho, Marcelândia, Pedra Preta, Sorriso, Nova Olímpia, Indiavaí, Comodoro, Porto Esperidião, Reserva do Cabaçal,  Novo São Joaquim, Alto Taquari, Campinápolis, Vila Rica, Porto Alegre do Norte, Terra Nova do Norte, Itaúba, Vera, Nova Canaã do Norte, Novo Horizonte do Norte e Peixoto de Azevedo.

 

Data relevante

 

Garcia Neto

A data não é mera coincidência. Em 22 de junho de 1976 o Diário Oficial publicou a aprovação pela Assembleia Legislativa de um projeto de autoria do deputado Ladislau Cristino Côrtes elevando a município o distrito de São Félix, em Barra do Garças. O governador Garcia Neto apoiava o desmembramento para a criação da nova cidade, mas foi convencido pelo cartorário em Barra do Garças, político e escritor Valdon Varjão, a deixar a sanção da lei para 13 de maio, pelo simbolismo da data. Varjão mais tarde seria o primeiro senador negro no Brasil.

Garcia Neto gostou da proposta de Varjão  e a estendeu a outros dois distritos recém-criados pela Assembleia à espera de sua sanção.  Assim, em 1976, por leis distintas, também viraram cidades os distritos de Tangará da Serra e Pedra Preta

Varjão

Quem pediu a emancipação de Tangará foi o deputado José Amando, e de Pedra Preta, o deputado Afro Stefanini.

Pelo simbolismo do 13 de maio, data que em 1888 a  Princesa Regente do Brasil, Dona Isabel assinou a Lei Áurea abolindo a vergonhosa escravidão, outros governadores também adotaram o mesmo critério para sancionarem leis de emancipação de alguns municípios.

Numa entrevista que me concedeu para falar sobre a divisão territorial de Mato Grosso o governador Garcia Neto revelou que a escolha da data para emancipar São Félix do Araguaia partiu de Varjão, e ele se sentia gratificado por adotá-la para a emancipação de municípios.

Para se avaliar a importância dos 23 municípios blogdoeduardogomes traça um breve perfil de oito, por amostragem.

 

 

Tangará da Serra

 

Tangará

Com 103.750 habitantes, no Chapadão do Parecis, Tangará da Serra completa o grupo dos cinco municípios mato-grossenses com mais de 100 mil moradores, ao lado de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. Polo regional universitário e de prestação de serviços, a cidade tem bom planejamento urbano, mas enfrenta problemas pela limitação do serviço municipal de abastecimento de água. O município é um dos polos agrícolas e tem destacada pecuária, além de um parque agroindustrial.

MEMÓRIA – Antes da implantação da vila de Tangará, a região onde mais tarde se transformaria na cidade de Tangará da Serra era um dos pontos perdidos na ligação de Cuiabá com as grandes agropecuárias que se instalavam às margens dos rios Cravari e Juruena. A fertilidade do solo vermelho e a perspectiva que o mesmo oferecia para a cafeicultura atraíam compradores para a região. Foi assim, que um grupo de corretores de imóveis liderados por Wanderley Martinez fundou a Sociedade Imobiliária Tupã para a Agricultura Ltda. (Sita), empresa que teve vários sócios em diferentes épocas.

Martinez e seu sócio Joaquim Oléas entenderam que se implantassem um projeto urbano que absorvesse os casebres, bar, bolicho e pouso de gado que  existiam há cerca de 10 anos e que foram o embrião de Tangará, teriam mais lucro que nas transações de imóveis rurais. Até então, Martinez e Oléas se dedicavam a levar paulistas e paranaenses interessados em parcelas de terra na gleba que possuíam naquela região. A Sita deu sequência organizada ao processo de colonização espontânea. Posteriormente, município e imobiliárias ampliaram a área urbana.

Em 23 de maio de 1959, Martinez e Oléas lançaram a vila de Tangará, nome escolhido pela então abundância do pássaro tangará ou uirapuru nas matas da região, sobretudo nas margens do rio Sepotuba. O interesse que havia pela zona rural não se repetia em relação ao perímetro urbano. Esse quadro somente mudou a partir de 1967, quando centenas de famílias do Paraná, ali fixaram residências e, isso levou o governo a criar o distrito de Tangará, no município de Barra do Bugres, em 6 de janeiro de 1969.

 

Vera

 

A musa que virou nome de cidade

Com 11.309 habitantes, no Nortão, a cidade e comarca de Vera foi a primeira colonização que surgiu em Mato Grosso no eixo da  BR-163, a Rodovia Cuiabá-Santarém,  construída pelo Exército nos anos 1970. Seu nome rende homenagem à atriz,  ex-modelo e ex-Miss Brasil Vera Fisher.

Vera é importante polo do agronegócio e foi grande centro de extração madeireira. Na então vila que mais tarde seria a cidade o colonizador Ènio Pipino, líder da Colonizadora Sinop, lançou as bases para fundar Sinop, Santa Carmem e Cláudia.

É ELA – A origem do nome da vila? Bem, Ênio Pipino não brincava em serviço quando o assunto era mulher bonita. Daí, ele a denominou Vera. Só faltou acrescentar Fisher. O mesmo ele faria algum tempo depois com outra vila, à qual chamou de Cláudia e qualquer alusão à musa ítalo-tunisiana Cláudia Cardinali, não é mera coincidência.

Blumenau, Vale do Itajaí, Santa Catarina, 27 de novembro de 1951. Nasce e menina Vera Lúcia, filha do casal de origem alemã, Emil e Hildegard. Dos pais ela herdou o sobrenome: Fisher.

Em 28 de junho de 1969 a menina filha dos Fisher desfila suas curvas num maiô cavado para o júri que a elegeria Miss Brasil naquele ano, e além do cetro da beleza tupiniquim que lhe entregou a antecessora baiana Martha Vasconcellos, recebeu olhares gulosos de Ênio Pipino, telespectador da TV Tupi, que não desgrudava a vista da tela em preto e branco onde via a deusa loira tentadora sendo coroada.

Mal desceu da passarela Vera Fisher literalmente tirou a roupa em filmes apimentados e nas páginas de revistas masculinas. Casando sua beleza com a capacidade de interpretar ganhou as telas da Globo onde virou atriz de novelas, séries e minisséries. Numa carreira ascendente conquistou espaço entre as maiores celebridades nacionais. Recentemente lançou um livro biográfico. (Boxe extraído do livro Nortão BR-163: 46 anos depois, publicado em 2016 pelo jornalista Eduardo Gomes de Andrade).

 

Peixoto de Azevedo

 

Rua do Comércio em 1985

No Nortão, divisa com o Pará, a cidade e comarca de Peixoto de Azevedo tem 34.976 habitantes. Foi um dos polos do Ciclo do Ouro em Mato Grosso, que se estendeu de 1978 ao começo de 1995. A política mineral do presidente Collor de Mello e até mesmo a escassez do metal para extração manual pelos garimpeiros decretaram o fim daquele período. Em 1995 no auge da movimentação a população chegou a 47.009 habitantes e dez anos depois despencou para 19.224. Casas vazias, lojas fechadas, a cidade ganhou ar fantasmagórico.

No auge do garimpo, o grama do ouro era a verdadeira moeda circulante. Portas abertas nas rua do Comércio compravam o metal mais cobiçado no mundo. A violência e a malária acuavam a população. À época se dizia que “Em Peixoto de Azevedo o que mata é a balária“.

A atividade mineral continua, mas disciplinada, exercida por mineradoras e uma grande cooperativa regional de garimpeiros. A cidade se recupera, o comércio urbano e o campo respondem pela base econômica.

TRAGÉDIA – Às 20 horas do dia 29 de setembro de 2006 no município de Peixoto, um choque a 37 mil pés de altura entre um Boeing-737 da Gol Linhas Aéreas com um jato executivo Legacy 600 da companhia norte-americana Excel Aire matou os 154 ocupanteS do primeiro avião, sendo que seis eram tripulantes. Os dois pilotos e os cinco passageiros do Legacy não se feriram e em razão do impacto sofrido pela aeronave seus pilotos Joseph Lepore e Jean Paul Paladino fizeram um pouso de emergência do Campo de Provas Brigadeiro Velloso, mais conhecido como Base Aérea do Cachimbo, da Força Aérea Brasileira (FAB) no Pará.
O avião da Gol voava de Manaus para o Rio de Janeiro com escala em Brasília. O Legacy seguia de São José dos Campos (SP) para Manaus onde faria uma escala para atendimento de exigência alfandegária e depois seguiria para os Estados Unidos, onde a Excel tem base operacional.

O inquérito que apurou as causas do acidente revela que o Legacy voava com o transponder – peça do sistema de detecção de outras aeronaves – desligado. O jato executivo bateu na chamada barriga do avião da Gol e abriu um buraco em sua fuselagem, o que provocou sua desintegração estrutural e ele caiu na reserva indígena Capoto/Jarina. Quase uma década depois os dois pilotos foram condenados pelo juiz federal Murilo Mendes, de Sinop, a penas de três anos, um mês e 10 dias em regime aberto, por atentado contra a segurança do transporte aéreo e eles a cumprem nos Estados Unidos, onde residem. (Boxe e parte do texto acima extraídos do livro Nortão BR-163: 46 anos depois publicado em 2016 pelo jornalista Eduardo Gomes de Andrade).

 

Alto Taquari

 

Alto Taquari e o rio que lhe empresta o nome

Com 10.847 habitantes, na tríplice divisa com Mato Grosso do Sul e Goiás, a cidade e comarca de Alto Taquari tem um terminal ferroviário da Rumo Logística, que escoa commodities agrícolas ao porto de Santos, e um terminal de combustíveis, alimentados pela ferrovia, que embarca produtos na refinaria da Petrobras em Paulínia (SP). O município é um grande polo agrícola.

A cidade fica ao lado da nascente do rio Taquari e formou um lago com suas águas para lazer da população. O Taquari drena para o Pantanal em Mato Grosso do Sul.

 

Sorriso

 

A soja engole Sorriso

Sorriso é o lugar onde se diz que prédio não tem alicerce: tem raízes. Lá é o paraíso da soja e do agronegócio como um todo. Nenhum centavo circula no município sem que tenha a ver direta ou indiretamente com a lavoura. A cidade é uma das mais modernas de Mato Grosso. Bairros com moradias de alto padrão e um comércio vibrante não deixam dúvidas que ali é um bolsão de prosperidade. E sem alguma dúvida ainda restar, os carrões nas ruas tratam de sacramentar que riqueza é lugar comum naquelas bandas. O município tem 9.329,604 km² e 90.313 habitantes.

Maior município agrícola do mundo, principal exportador mato-grossense, com um importante parque agroindustrial e forte piscicultura Sorriso é uma cidade superlativa dividida ao meio pela BR-163,  a Rodovia Cuiabá-Santarém.

Aeroporto de Sorriso

CURIOSIDADE – Sorriso colheu (sem trocadilho) Mato Grosso de surpresa. Em 29 de dezembro de 1980, o governador Frederico Campos sancionou uma lei de autoria dos deputados Ary Campos e Osvaldo Sobrinho aprovada pela Assembleia Legislativa criando aquele distrito no município de Nobres, quando na verdade a vila de Sorriso localizava-se no município de Chapada dos Guimarães. O rio Teles Pires era o limite de Nobres (margem esquerda) e Chapada (direita). O erro foi abafado com a emancipação em 13 de maio de 1986, mas evidenciou que o Estado não sabia sequer onde se localizavam os novos aglomerados urbanos surgidos com a expansão da fronteira agrícola.

Sorriso emancipou-se de Nobres, Paranatinga e Sinop, por uma lei de autoria da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Júlio Campos. É sede de comarca de entrância especial.

 

Cocalinho

 

Aventura é aqui

Com 5.700 habitantes, no Vale do Araguaia, divisa com Goiás, Cocalinho, na comarca de Água Boa, é importante polo da pecuária e se destaca enquanto roteiro turístico de pesca, contemplação e esportes aquáticos radicais no rio Araguaia.

A exemplo dos demais municípios da região, Cocalinho observa o fuso horário de Brasília.

O principal acesso de Cocalinho à malha rodoviária pavimentada mato-grossense tem a maior parte do trajeto encascalhado e depende uma uma balsa para a travessia do rio das Mortes, no limite com Nova Nazaré. Mas, o maior fluxo de veículos daquela cidade se dirige a Goiás.

O presente dos goianos

PONTE –  Bom é Goiás, que investe na infraestrutura de transporte mato-grossense. Tanto assim, que os goianos deram um grande presente ao vizinho Mato Grosso: uma ponte sobre o rio Araguaia.

Com 577 metros de extensão sobre o Araguaia ela é a maior ponte de Goiás. É assim que os goianos a chamam. Mas ao mesmo tempo é também a maior de Mato Grosso. Mas afinal o que há em comum nessa travessia que une os dois estados? Simples. Trata-se de uma ponte interestadual, mas com um detalhe: sua construção foi bancada pelo governo goiano e por um consórcio, sem um tostão de real mato-grossense.

Ao inaugurá-la em 29 de julho de 2017, o então governador goiano Marconi Perillo (PSDB) defendeu que a mesma recebesse o nome de Ponte da Amizade Dante de Oliveira. O à época governador tucano Pedro Taques participou da inauguração.

A obra consumiu R$ 54 milhões de uma Parceria Público-Privada (PPP) do governo goiano e com o Consórcio Caminhos do Sol (60% desembolsado pelo governo e 40% pelo consórcio), que explorará seu pedágio por 25 anos. Mato Grosso respondeu apenas pelo aterro de 350 metros na margem esquerda do rio, que exigiu investimento de R$ 6 milhões incluindo sua pavimentação.

O projeto da ponte levou em conta a perspectiva de aproveitamento do rio para o escoamento de produtos agrícolas aos portos do Arco Norte. Por isso, o vão central tem 150 metros e elevação de 50 metros acima da linha d’água – o que possibilita a passagem de embarcações.

Antes a travessia era feita por balsa. No lado mato-grossense a MT-326 chega à barranca do rio. Na margem oposta é a GO-164.

A construção da ponte era um antigo sonho nas duas margens do rio. Sua obra começou em 1999, quando Perillo cumpria seu primeiro mandato de governador por Goiás (exerceu três). Depois sofreu longa paralisação por falta de recursos.

 

Marcelândia

 

Com 10.499 habitantes, no Nortão, a cidade e comarca de Marcelândia foi um dos maiores polos madeireiros do Brasil, mas em 11 de agosto de 2010 um grande incêndio iniciado num lixão próximo à cidade consumiu 101 casas de operários e 16 indústrias madeireiras no distrito industrial, além de veículos, tratores  e madeira – felizmente sem vítimas fatais ou feridos.

O fogaréu, o rigor ambiental e a redução da área onde se permite o corte raso murcharam a atividade da indústria florestal de base. A pecuária, que sempre foi importante na economia local, se juntou ao cultivo da recém-chegada soja, o que resultou no novo pilar econômico municipal.

 

São Félix do Araguaia

 

A cidade e seu rio

No Vale do Araguaia, com 11.708 habitantes, São Félix do Araguaia é um dos marcos da colonização no Araguaia. Fundada em 23 de maio de 1941, quando sua região era um grande vazio demográfico, a vila virou cidade e comarca. Ao lado da zona urbana o rio das Mortes deságua no Araguaia formando a Ilha do Bananal, em Tocantins. São Félix do Araguaia é principal polo turístico mato-grossense e um dos maiores do Brasil Central.

TRANSBANAL – Mato Grosso ganhará importante presença na área da logística do transporte rodoviário: a pavimentação da TO-500, na Ilha do Bananal, onde recebe o nome de Transbananal. Essa obra, com 92 quilômetros de extensão, quando concluída criará um importante corredor para o Vale do Araguaia escoar commodities agrícolas ao terminal de embarque da Ferrovia Norte-Sul, em Gurupi (TO).

Transbananal é trecho coincidente da TO-500, na Ilha do Bananal, e a transversal BR-242. com 2.312 quilômetros a BR-242 liga Maragogipe, na Bahia, a Sorriso, cruzando São Félix do Araguaia. Essa via, além de contemplar regiões turísticas, também atravessa grandes polos de produção agrícola na Bahia, Tocantins e Mato Grosso. A pavimentação de 92 quilômetros entre São Félix do Araguaia e Formoso do Araguaia é um projeto consensual entre o presidente Jair Bolsonaro; o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes Freitas; e os governadores Mauro Carlesse/PTB (TO) e Mauro Mendes (DEM), com amplo apoio político no Congresso, nas Assembleias Legislativas dos estados diretamente interessados e nas prefeituras e Câmaras Municipais da área de influência da rodovia. A estimativa é que a obra comece neste ano, apesar da pandemia do coronavírus. O projeto prevê a execução em 36 meses, mas antes que seja aberta a frente de trabalho será preciso concluir a tramitação burocrática junto ao Ibama, Funai e Ministério Público Federal.

Balsa cederá lugar a uma ponte estaiada

Para Mato Grosso a Transbananal significa uma importante Leste-Oeste ligando São Félix do Araguaia ao eixo da Belém-Brasília. De São Félix do Araguaia a Formoso do Araguaia (18.440 habitantes) o trecho é de 92 quilômetros. De Formoso a Gurupi, à margem da Belém Brasília, a distância é de 70 quilômetros sendo 30 quilômetros pela Belém-Brasília – principal alimentadora rodoviária do porto de Itaqui, em São Luís (MA).

Em Gurupi, commodities agrícolas mato-grossenses poderão ser embarcadas para o Maranhão nos comboios da Ferrovia Norte-Sul, o que se traduzirá no surgimento de mais um modal nacional de transporte rodoferroviário. Segundo o ministro Tarcísio Freitas, a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) – ligada ao Ministério da Infraestrutura – realizará a viabilidade econômica do projeto da Transbananal, que leva entre seis e sete meses para finalizar. Criada em 2012 por lei estadual, a TO-500 será federalizada, mas não se sabe ainda se sua obra será bancada pelo governo federal ou por algum grupo interessado em sua concessão. Mesmo com essa indefinição, técnicos do governo e empresários do setor avaliam que seu custo será superior a R$ 1 bilhão.

O nome oficial da rodovia é Transbananal Idjarruri Karajá – TO-500. Quando pavimentada terá classificação de Linha Verde. Seu projeto é do engenheiro José Rubens Mazzaro, líder da Comissão Pró TO-500, cuja construção é regulamentada por rígidos critérios ambientais. Além da pavimentação e sinalização a Transbananal exigirá a construção de muretas e de pontes sobre os rios Javaés, San Rocan, Riozinho, Jaburu e Araguaia diante de São Félix do Araguaia. A ponte sobre o Araguaia terá 2.600 metros de extensão, será estaiada e aposentará a balsa que há décadas faz a travessia do rio, que naquele trecho tem largura que varia de 900 e 1.200 metros dependendo do volume d’água ditado pelas chuvas. A prefeita de São Félix do Araguaia, Janailza Taveira (SD) vê o projeto como verdadeira mola propulsora do desenvolvimento do seu e dos demais municípios no entorno.

A Transbananal é importante dente da engrenagem da BR-242 entre Tocantins e Mato Grosso. Porém, para a consolidação dessa rota será preciso interligar São Félix do Araguaia a Ribeirão Cascalheira, no rumo Sul, num trajeto de 280 quilômetros. Há duas alternativas para tanto: a pavimentação da BR-242 até a BR-158, via Alto Boa Vista, e dessa até a vila de Alô Brasil, no município de Bom Jesus do Araguaia e próximo a Ribeirão Cascalheira, ou investir numa trajeto alternativo pela MT-433/322 cruzando as áreas urbanas de Serra Nova Dourada e Bom Jesus do Araguaia.

 

Eduardo Gomes – blogdoeduardogomes

FOTOS:

1 – Arquivo Nacional

2 e 3 – Instituto Memória do Poder Legislativo

4 – Prefeitura de Tangará da Serra

5 – Revista O Cruzeiro

6 – Vargas De Losor

7 – Prefeitura de Alto Taquari

8,  10 e 12 – Arquivo blogdoeduardogomes

9 – Site público do Governo de Mato Grosso

11 – Prefeitura Municipal de Cocalinho

13 – Vanderson Ferraz – Agência AMM

14 – Prefeitura de São Félix do Araguaia

 

 

 

 

 

 

 

 

2 Comentários
  1. Gastão de Matos Diz

    Parabéns. Resgate da história

    Gastão de Matos – bioquímico – Rondonópolis

  2. Mario Sergio Diz

    Fabuloso valeu a pena a leitura

    Mário Sérgio

Comentários estão fechados.

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