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Temeroso, doente e abandonado – assim está Gilmar Fabris

Fabris, preso e sem apoio político
Fabris, preso e sem apoio político

Temeroso, com a saúde abalada e abandonado. Assim está o vice-presidente da Assembleia Legislativa, Gilmar Fabris (PSD), que se encontra preso no Centro de Custódia de Cuiabá, desde o dia 15, por ordem do ministro Luiz Fux (STF) por suposta obstrução de justiça. Esse foi o quadro pintado por um amigo de infância do parlamentar.

Não confundir temor com medo. Fabris, segundo a fonte, estaria temeroso com a postura de agentes prisionais com ele. Como uma espécie de retaliação por seu posicionamento contrário aos interesses salariais e de carreira da categoria que ora responde por sua guarda prisional, o deputado estaria sofrendo boicotes e pressões psicológicas na cela. A luta sindical pela Reposição Salarial Anual (RGA) cobrada por servidores, negada pelo governador Pedro Taques, que encontrou em Fabris um de seus sustentáculos na Assembleia seria a labareda que toca fogo  no que acontece por trás dos muros que separam os livres dos presos.

Dependente de medicamentos controlados e enfrentando obesidade, que complica seu sistema respiratório, principalmente nas condições em que se encontra há 11 dias, Fabris estaria clamando por transferência prisional enquanto aguarda a tramitação de seu pedido de soltura.

O abandono não seria bem digerido por Fabris. Vice-presidente da Assembleia, defensor com unhas e dentes de Taques, figura de destaque no PSD do vice-governador Carlos Fávaro, o deputado teria reclamado da indiferença de seu universo político com seu caso. Ele, porém, cauteloso e com a prudência necessária para não agravar a situação, está em silêncio fora de seu círculo mais restrito, com o qual se comunicaria por meio de sua defesa.

Somente nesta terça-feira a Assembleia botou em pauta com a imprensa o caso Fabris. Leonardo Albuquerque (PSD), que preside a Comissão de Ética da Assembleia, disse que avaliará a possibilidade de requerer à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos a transferência do colega para o 1º Batalhão do Corpo dos Bombeiros no bairro Verdão, em Cuiabá.

Albuquerque deixou claro que sua provável movimentação foi pedida pelo presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (PSB), a quem de chamou de “Eduardo”.

 

SILÊNCIO – Pedro Taques está em silêncio sobre Fabris; Fávaro também adota a mesma postura. Na Assembleia, a principal movimentação nesta terça sobre o caso foi a posse do suplente Meraldo Sá (PSD).

 

Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes

Foto: Arquivo/AL

 

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