Com a prisão de Baby, Pedro Taques empata com Silval em número de secretários atrás das grades
Mato Grosso não razão para comemorar os dois últimos governos. Do período administrado por Silval Barbosa (2010/14) foram presos nove integrantes do secretariado. Na gestão de Pedro Taques (PSDB) igual número foi parar atrás das grades – isso sem contar servidores subalternos. O último capítulo dessa era policialesca aconteceu na noite da terça-feira, 18, quando o secretário de Meio Ambiente, André Luis Torres Baby, foi preso por policiais da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema) da Polícia Civil, ao desembarcar no aeroporto de Várzea Grande retornando de uma viagem oficial à Polônia. A prisão preventiva de Baby foi decretada pelo desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, numa ação que tenta desatar o nó de uma organização criminosa que agiria na Secretaria de Meio Ambiente (Sema) fraudando cadastro ambiental rural (CAR) e que recebe o nome de Operação Polygonum.
Com Baby sobe para nove o número de presos do primeiro escalão de Pedro e, assim, ele empata com o antecessor Silval.
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O CASO – Em agosto deste ano uma investigação do Ministério Público teria descoberto um crime com sério impacto no meio ambiente em Mato Grosso, na emissão do CAR, pela Sema, num período em que o então vice-governador Carlos Fávaro era seu titular e, Baby, secretário-adjunto Preliminarmente teriam sido descobertos 650 casos. Em razão disso, o MP teria pedido à Vara Especializada do Meio Ambiente (Vema), prisões de servidores ligados ou suspeitos de ligação com a fraude na emissão, e também a prisão de Fávaro, O pedido teria sido feito no dia 22 daquele mês, mas a Justiça não concedeu as prisão.
Fávaro concorreu ao Senado pelo PSD ficando em terceiro lugar com 434.972 votos na disputa de duas cadeiras conquistadas por Selma Arruda (PSL – 678.542 votos) e Jayme Campos (DEM – 490.699 votos).
Essa investigação, compartiilhada com a Dema,resultou em Polygonum, que em dois desdobramentos prendeu inclusive figuras da arraia-miúda, mas ainda está longe do fim. Na Sema – dizem produtores rurais que a procuram – a prática é criar dificuldade pra se vender facilidade.
EMPATE – Pedro e Silval empatam em 9 a 9, mas duas situações precisam ser explicadas: o ex-deputado federal Pedro Henry, que foi secretário de Saúde de Pedro, cumpriu pena na ação do Mensalão, episódio sem relação com o governo de Mato Grosso. Éder Moraes, da equipe de Silval, foi parar quatro vezes atrás das grades; Paulo Taques, primo e da equipe de Pedro, foi preso três vezes.
Do grupo de Silval foram presos os secretários, subsecretários e presidente de Instituto Pedro Nadaf, Roseli Barbosa, Arnaldo Alves, Éder Moraes, Pedro Elias, Afonso Dalberto, Sílvio Corrêa, José Jesus Nunes Cordeiro e Edmilson José dos Santos. Da equipe de Pedro: Rogers Jarbas, Luiz Soares, Evandro Lesco, Airton Sampaio, Ronelson Barros, Paulo Taques, André Baby, Permínio Pinto e Airton Siqueira.
Silval também foi preso; condenado em primeira instância cumpre prisão domiciliar beneficiado por sua colaboração com a Justiça em delação premiada homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. Pedro responde a ação no escândalo da Grampolândia Pantaneira e foi delatado pelo secretário de Educação, Permínio Pinto, e pelo empresário Alan Malouf, que coordenou as finanças de sua campanha ao governo em 2014.
Da Redação
FOTOS: Arquivo Gabinete de Comunicação do Governo de Mato Grosso
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