Boa Midia

Em Mato Grosso a cidade onde todo dia é FELIZ NATAL

Feliz Natal
Feliz Natal

Nada é mais criativo do que a irreverência do brasileiro. E foi ela quem sacramentou a denominação mais bonita entre as 141 cidades mato-grossenses: Feliz Natal! Às vésperas da maior festa cristã, seus 13.857 moradores urbanos e na zona rural se preparam para a dupla celebração: o nascimento do Menino Deus e a reverência ao nome do município.

Para mostrar Feliz Natal ao internauta blogdoeduardogomes posta o capítulo dedicado àquele município no livro Nortão BR-163: 46 anos depois, publicado em 2016 pelo jornalista Eduardo Gomes de Andrade, com capa de Edson Xavier e prefácio do professor e escritor Marinaldo Custódio, sem apoio das leis de incentivos culturais.

Boa leitura do capítulo:

Da irreverência nasce o nome do município

Debastiani, o fundador
Debastiani, o fundador

Agricultor gaúcho e visionário Antônio Domingos Debastiani era dono de áreas na região de mata, onde fundou a vila de Feliz Natal, no sábado, 12 de agosto de 1989. Até então, a área que se transformou no perímetro urbano era ponto de passagem para quem se dirigia às fazendas Cônsul, Bandeirantes, Uirapuru e Nova Aliança, no eixo da MT-225, ali conhecida por Estrada do Rio Ferro.

O nome do município carrega o DNA da irreverência do brasileiro. Às vésperas do Natal de 1978 funcionários dessas fazendas na Estrada do Rio Ferro se dirigiram à Sinop onde pretendiam passar o final de ano. Porém, a rodovia sofreu um bloqueio natural por um córrego afluente do rio Arraias – sem ponte – e até então sem nome, que transbordou na tarde de 23 de dezembro e impediu a passagem. Dois dias depois as águas baixaram e o grupo prosseguiu viagem.

O grupo passou o Natal debaixo de chuva e dentro dos veículos em que viajavam. A saudação cristã, na noite natalina naquele pedaço da Amazônia resultou não somente na escolha do nome para o córrego, mas, também, o da cidade que anos depois surgiria nas imediações do ponto do bloqueio.

Dança da etnia Ikpeng, no Parque Indígena do Xingu em Feliz Natal
Dança da etnia Ikpeng, no Parque Indígena do Xingu em Feliz Natal

 

O povo Ikpeng vive em harmonia com a natureza
O povo Ikpeng vive em harmonia com a natureza

 

A área de Feliz Natal mede 11.462,464 km² com 524.234,95 hectares pertencentes ao Parque Indígena do Xingu, o que representa 45,73% da extensão territorial. No Parque vivem algumas etnias e, dentre elas, a Ikpeng, que é atendida em saúde e educação pelo município e o governo estadual.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 0,692 numa escala de zero a um. O Produto Interno Bruto R$ 293.601.000. A renda per capita R$ 23.601,40. Em 2015 sua exportação alcançou US$ 1.697.272 (FOB) e a importação US$ 1.405.629, o que gerou superávit de US$ 291.643.

Prefeitura foi construída graças a uma manobra
Prefeitura foi construída graças a uma manobra

A cidade é parcialmente pavimentada, mas não tem rede de esgoto. A água é universalizada pela prefeitura e o lixo é amontoado em um lixão. Hospital existe, mas para os primeiros socorros. Em casos mais graves a ambulância é a única saída, pois é ela quem transporta enfermo, acidentado ou vítima de arma branca ou de fogo para o Hospital Regional em Sorriso, distante 110 quilômetros por rodovia pavimentada.

A madeira foi o principal pilar da economia e ainda continua fazendo riqueza, mas em escala menor pelo rigor ambiental. A soja chegou a Feliz Natal e se espalha pelo município. O comércio varejista atende à demanda local.

Debastiani foi o primeiro prefeito. Chegou à prefeitura ao ser eleito em 1996 e reeleito em 2000. Em 2004 seu vice-prefeito paranaense Manuel Messias Salles o sucedeu no cargo. Quatro anos depois Manuel não aceitou disputar novo mandato e Debastiani voltou ao poder. Na segunda tentativa de reeleição, em 2012, ele recebeu 43,53% dos votos e o vencedor foi José Antônio Dubiella, o Toni Dubiella, com 56,47%.

MT-225 liga Feliz Natal a Vera
MT-225 liga Feliz Natal a Vera

Quando prefeito Manuel usou de artimanha para construir a sede da prefeitura. O município ganhou uma emenda parlamentar para um Centro Cultural. A solução encontrada para atender a exigência da emenda e a necessidade da administração foi dividir o prédio entre a prefeitura e a área para a Cultura, sendo que à última ele destinou uma saleta, mas com o detalhe do nome em destaque na fachada principal.

Quando da emancipação em 17 de novembro de 1995, a vila pertencia a Vera. A lei que criou o município foi do deputado Ricarte de Freitas e sancionada pelo governador Dante de Oliveira. Em 13 de abril de 2004 o governador Blairo Maggi sancionou uma lei de autoria do Tribunal de Justiça e aprovada pela Assembleia Legislativa, que criou a comarca de primeira entrância de Feliz Natal.

Vera, a cidade mais próxima
Vera, a cidade mais próxima

Gabriela Caroline Dal Bosco é o nome da MT-225 entre o município de Feliz Natal e a BR-163. A lei que lhe deu tal denominação foi de autoria do governo e sancionada pelo governador Blairo Maggi.

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Da Redação

FOTOS:

1, 5, 6 e 7 – blogdoeduardogomes

2 – PSDB

3 e 4 – José Medeiros

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