Boa Midia

A coragem versus a covardia

 

Sem entrar no mérito jurídico, partidário ou ideológico, se está certo ou errado, inocente ou culpado, fato é que está ganhando corpo uma ação covarde que se iniciou contra políticos do Partido dos Trabalhadores e agora atinge até ministros do Supremo.

Os ratos de esgoto, inflamados por setores da mídia e por membros anti-éticos do Ministério Público, vem utilizando seus smartphones para constranger, agredir com total desrespeito autoridades políticas e do judiciário em restaurantes, dentro de aeronaves e em locais públicos em geral.

Esse ato de extrema covardia, que se torna viral nas redes sociais, deve ser prontamente rechaçado pelas pessoas de bem. Eu já tinha demonstrado a minha indignação quando se tratava dos políticos do PT. E manifestei também quando foi contra políticos do PSDB e do PMDB.

Há várias maneiras de uma pessoa demonstrar que não concorda com determinados atos de pessoas públicas. Ela pode fazer através de sua página no facebook, pode gravar um vídeo ou um áudio e postar no whatsapp, ou pode escrever um artigo e assinar embaixo, como eu estou fazendo neste caso. O que não pode é se aproveitar de uma situação e se esconder atrás do anonimato para praticar esse tipo de abordagem abominável.

A última vítima desde ato execrável foi um mato-grossense, que ao lado de Dante de Oliveira, Roberto Campos, Filinto Müller, presidente Dutra, Marechal Cândido Rondon e Joaquim Murtinho, compõem a galeria dos homens da mais alta estirpe desse país, que contribuíram e contribuem de forma a promover a grandeza do Brasil e elevar o nome do nosso estado ao patamar da mais alta glória, honrando a todos nós que nascemos nesta terra querida e acolhedora.

Sempre polêmico em suas decisões, o Ministro Gilmar Mendes , este brilhante diamantinense, só não poderá ao longo de sua história ser acusado de ser covarde e ficar em cima do muro. Gilmar tem sido, no fundo, o ponto de equilíbrio quem vem barrando essa sanha descontrolada, amparada por um discurso pseudo-moralista, de tolher os direitos constitucionais, legais, da ampla defesa e do contraditório, querendo inclusive sobrepor aos legítimos representantes do povo, que são eleitos pelas urnas, criando uma ditadura jurídica, onde meia dúzia de juízes e membros do Ministério Público querem ditar quem é culpado ou inocente e impor suas próprias leis, presumindo que o que eles pesam é a verdade absoluta, ainda que essas verdades contradigam o que está nas leis e na Constituição Federal.

Quando o primeiro político foi hostilizado em público seus adversários e boa parte de seus companheiros se calaram. Agora, bateu na porta do judiciário, com um membro da mais alta corte e, até o momento, não vi nenhuma nota de repúdio dos demais magistrados, através de suas associações, e muito menos de nenhum colega seu do STF. Vão esperar de braços cruzados como a classe política fez? Ou tomar as medidas necessárias contra esses pusilânimes?

Se eu fosse deputado, senador ou ministro exigiria de imediato a presença de uma autoridade policial para lavrar o flagrante e, em seguida, abriria um processo por calúnia e difamação. Todos têm direito de expor sua opinião, desde que o façam como estou fazendo aqui, que dê seu nome, seu sobrenome e seu endereço, e não atrás de um smartphone, escondido entre as multidões.

Encerro deixando aqui toda a minha admiração e respeito ao Ministro Gilmar Mendes e, em seu nome, estendo a minha solidariedade a todos aqueles que passaram pela mesma situação que ele passou.

Saudações a quem tem coragem!

 

Rodrigo Rodrigues, jornalista e gestor público

1 comentário
  1. Raul Diz

    é uma vergonha um matogrossense defender um sujeito assim

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