Eduardo Gomes
@andradeeduardogomes
eduardogomes.ega@gmail.com
Agricultor gaúcho visionário Antônio Domingos Debastiani era dono de áreas na região de mata, na Amazônia Mato-grossense, onde fundou a vila de Feliz Natal, no sábado, 12 de agosto de 1989. Até então, a área que transformou-se no perímetro urbano era ponto de passagem para quem se dirigia às fazendas Cônsul, Bandeirantes, Uirapuru e Nova Aliança, no eixo da MT-225, ali conhecida como Estrada do Rio Ferro.
O nome do município carrega o DNA da irreverência do brasileiro. Às vésperas do Natal de 1978 funcionários dessas fazendas na Estrada do Rio Ferro dirigiram-se a Sinop onde pretendiam passar o final de ano. Porém, a rodovia sofreu um bloqueio natural por um córrego afluente do rio Arraias – sem ponte – e até então sem nome, que transbordou na tarde de 23 de dezembro e impediu a passagem. Dois dias depois as águas baixaram e o grupo prosseguiu viagem.
Os integrantes do grupo passaram o Natal debaixo de chuva e dentro dos veículos em que viajavam. A saudação cristã, na noite natalina naquele pedaço da Amazônia, resultou não somente na escolha do nome para o córrego, mas, também, o da cidade que anos depois surgiria nas imediações do ponto de bloqueio.
Feliz Natal tem 10.564 habitantes incluindo dos povos indígenas aldeados na parte do Parque Indígena do Xingu naquele município. A cidade é interligada à malha rodoviária pavimentada e o município é um dos polos do agronegócio no Nortão.O serviço de saúde pública em Feliz Natal é precário. Quem necessita de atendimento especializado é removido pelo Dr. Ambulância por um trajeto de 125 km pavimentado, via Vera,para o Hospital Regional de Sinop.
Fotos:
Eduardo Gomes