Eduardo Gomes
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Sem precedentes na região desde o início de sua colonização nos anos 1970, uma chuva na noite da segunda-feira (13) e na madrugada da terça (14) derramou 300 mm de água em Salto Céu, cidade na faixa de fronteira e sede de um município com 3.679 habitantes. O mesmo temporal atingiu a vizinha Rio Branco e ambas sofreram alagamentos pelo transbordamento do rio Branco, que banha as duas cidades. O prefeito Professor Mauto (Republicanos) anunciou que na tarde desta quarta-feira, 15, baixará decreto de calamidade pública em Salto do Céu, e o mesmo procedimento foi adotado por seu colega e correligionário Pabollo Victor Batista Siman, em Rio Branco. O governador Mauro Mendes (União) enviou equipes da Defesa Civil e guarnições do Corpo de Bombeiros Militar aos locais atingidos. O Professor Mauto reune-se amanhã, em Cuiabá, com o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia. O deputado estadual Júlio Campos (União), assegurou aos prefeitos que destinará emendas especiais, de sua cota pessoal, para socorrer os dois municípios. Os danos foram muitos, mas felizmente não há vítimas.
As duas cidades são pequenas, a praticamente todos os moradores se conhecem. Ambos os municípios tiveram casas alagadas e danificadas pelas águas, além de mobiliário, roupas e eletroeletrônicos que foram arrastados ou sofreram danos. Mas, ainda é precoce falar em desabrigados, muitos embora haja bastante desalojados, “que estão nas casas de parentes e amigos”, informa o ex-prefeito de Salto do Céu, Wemerson Adão Prata.
Além da ação do governo, os municípios de Rio Branco e Salto do Céu também recebem apoio de outras cidades. O prefeito da vizinha Curvelândia, Jadilson Alves de Souza (União), ofereceu patrol, PC e caminhões basculantes ao colega Professor Mauto, mas em razão das chuvas, da lama e dos atoleiros não é possível recuperar a malha rodoviária duramente atingida.
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Em Salto do Céu seis moradias foram danificadas e o prefeito tentará recursos com a Casa Civil para construir novas casas para os atingidos e para transformar o local que elas ocupam em parque ecológico – é ribeirinha ao rio Branco e considerada área de perigo.
Nas duas cidades os prejuízos são grandes, sobretudo pelos bens danificados e arrastados pelas águas, mas o pior cenário é na zona rural de Salto do Céu. A prefeitura estima que aproximadamente 400 metros de extensão de oito pontes de madeira foram destruídos pela correnteza do rio Branco e afluentes. O município não tem recursos orçamentários para a reconstrução, e além das pontes municipais a enchente também arrastou uma com mais de 50 metros na MT-246. A rodovia 246 tem 148 km de extensão e liga Salto do Céu a Barra do Bugres via Nova Fernandópolis, que é um distrito da Barra.
DEPUTADO – Júlio Campos está fora de Mato Grosso e retorna no final de semana. Numa mensagem gravada em vídeo em suas redes sociais o deputado assegurou aos prefeitos Professor Mauto e Pabollo, que destinará emendas aos dois municípios para ajudá-los na sua reconstrução. Ao blog o parlamentar revelou que pedirá ao secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo Padeiro, para que a ponte sobre o rio Branco seja reconstruída em concreto, com uma ponte branca provisória em paralelo, para permitir o fluxo dos veículos.
Júlio Campos lembrou que a rodovia MT-246 foi construída quando governou Mato Grosso (1983/86) e que a mesma deverá receber pavimentação ainda neste ano. O deputado falou de sua preocupação com Rio Branco e Salto do Céu, que são dois municípios de sua memória afetiva. O parlamentar recordou que no final dos anos 1960, ao concluir o curso de Engenharia Agronômica trabalhou para a extinta Companhia de Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso (Codemat), nos projetos de colonização no Alto Rio Branco, que englobava os dois municípios, além de Lambari D’Oeste e Reserva do Cabaçal.
No regresso a Cuiabá Júlio Campos vai se reunir com os prefeitos Professor Mauto e Pabollo, para definir o montante e a destinação de suas emendas para Salto do Céu e Rio Branco.
Fotos:
1, 2 e 3 – Prefeitura de Salto do Céu
4 – Edson Rodrigues/ALMT