Neste sábado (1°) Davi Alcolumbre (União/AP) elegeu-se presidente do Senado para o próximo biênio. Nenhum mato-grossense participa da nova mesa diretora.
A representação mato-grossense no Senado é feita por Wellington Fagundes (PL), Jayme Campos (União) e Carlos Fávaro (PSD)
Alcolumbre recebeu 73 votos; o Astronauta Marcos Pontes (PL/SP), em candidatura independente, e o General Eduardo Girão (Novo/CE) receberam quatro votos, cada.
Desde a eleição de 1978, a primeira após a divisão territorial que criou Mato Grosso do Sul, Mato Grosso compôs a mesa uma vez, com o senador Júlio Campos (PFL). O senadores Pedro Taques (PDT) e José Medeiros (PSD) disputaram a presidência, sem sucesso.
Taques tentou ser presidente no biênio 2013/14, recebeu 18 votos e foi batido por Renan Calheiros (PMDB/AL), com 56 votos. Medeiros disputou para o biênio 2017/18, cravou 10 votos e o vencedor foi Eunício Oliveira (PMDB/CE), com 61 votos.
Mato Grosso perdeu o senador Jonas Pinheiro no exercício do mandato e teve poucos momentos de luz e de trevas no Senado. Confiram:
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VARJÃO – No Senado, Valdon Varjão foi o autor do embrião da lei que proíbe a venda de órgãos, ossos, sangue e hemoderivados.
Em 1978 Valdon Varjão foi eleito pelo Colégio Eleitoral suplente de senador na chapa de Gastão Müller, ambos da Aliança Renovadora Nacional (Arena).
Naquele pleito Mato Grosso teve direito a três vagas no Senado, porque um dos senadores mato-grossenses, Mendes Canale, optou por continuar no cargo, mas representando o recém-criado Mato Grosso do Sul. Desse modo, dois foram eleitos pelo voto direto, com o mais votado, Benedito Canellas, para cumprir oito anos de mandato, e Vicente Vuolo por ter recebido a menor votação, para quatro anos. Gastão foi indicação do regime militar, e a exemplo de seus pares nos demais estados ganhou o jocoso apelido de Biônico.
Varjão foi tabelião em Barra do Garças, vereador e prefeito daquele município; deputado estadual e idealizou o Discoporto de Barra do Garças. Varjão também foi escritor e membro de academias de letras.
Nascido em Cariús (CE) em 15 de 12 de 1933, Varjão morreu em Barra do Garças no dia 3 de fevereiro de 2008.
JÚLIO CAMPOS – Eleito senador em 1990 pelo PDS, Júlio Campos foi vice-presidente do Senado e autor da lei que criou o programa de proteção da testemunha.
Júlio Campos começou a carreira política em 1972 ao ser eleito prefeito de Várzea Grande. Depois exerceu três mandatos de deputado federal, governador e senador; foi conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e vice-presidente da Embratur. Engenheiro agrônomo, ex-professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Júlio José de Campos nasceu em Várzea Grande no dia 11 de dezembro de 1946; é deputado estadual pelo União Brasil, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia e no próximo dia 3 assumirá o cargo de 1º vice-presidente daquele Legislativo.
ROBERTO CAMPOS – Senador por Mato Grosso em 1982, pelo PDS, Roberto Campos ao terminar o mandato transferiu o título para o Rio de Janeiro, onde foi deputado federal pelo PPB por dois mandatos consecutivos.
Diplomata, economista, professor, escritor imortal de academia e articulista, Roberto de Oliveira Campos nasceu em Cuiabá no dia 17 de abril de 1917. Foi uma das referências da direita latino-americana. Criou programas de incentivos e organismos públicos.
SERYS – Primeira senadora eleita por Mato Grosso (2002), Baseada na legislação dos Estados Unidos, Serys Slhessarenko lançou as bases para a criação da lei da delação premiada.
Serys foi deputada estadual por três legislaturas consecutivas; foi secretária de Educação de Cuiabá e Mato Grosso. É advogada, pedagoga e foi professora da Universidade Federal de Mato Grosso. Nasceu em Cruz Alta (RS) em 2 de abril de 1945.
Serys foi senadora pelo PT, antes militou no PV. Depois do Senado, filiada a outros partidos, disputou eleições sem sucesso. É assessora do deputado estadual Wilson Santos (PSD).
JONAS – Quando cumpria o segundo mandato consecutivo de senador pelo Democratas, Jonas Pinheiro morreu num hospital em Cuiabá, aos 67 anos, em 19 de fevereiro de 2018, vítima das sequelas do diabetes. Antes, Jonas Pinheiro exerceu tres mandatos consecutivos de deputado federal pelo PDS e PFL.
Nascido em Santo Antônio de Leverger no dia 23 de março de 1941, Jonas Pinheiro da Silva era veterinário e foi servidor estadual.
Com a morte de Jonas Pinheiro o suplente Gilberto Goellner (PPS) assumiu sua cadeira; Goellner é engenheiro agrônomo e empresário do agronegócio em Rondonópolis. Pelo sistema de rodízio parlamentar Goellner abriu vaga para o médico em Sinop Jorge Yanai, que foi eleito segundo suplente na chapa de Jonas Pinheiro. Yanai foi o primeiro senador brasileiro de origem japonesa.
SELMA – Denunciada por caixa 2 e abuso de poder econômico, a senadora Selma Arruda (PSL) foi cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral em 10 de dezembro de 2019. Selma foi eleita em 2018 encabeçando uma chapa do PSL com os suplentes Gilberto Possamai e Cleire Mendes. Quando da cassação ela já havia deixado o PSL pelo Podemos.
Antes da política Selma Arruda foi juíza de direito e ganhou notoriedade na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ao prender grandes figurões da política mato-grossense. Gaúcha de Camaquã, onde nasceu em 20 de janeiro de 1963, Selma Rosane Santos Arruda advogou em Rondonópolis, onde residiu.
Com a cassação da chapa de Selma Arruda aconteceu uma atipicidade. O ministro e então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou ao Senado que desse a cadeira de Selma Arruda para Carlos Fávaro até a realização de eleição suplementar, o que aconteceu em novembro de 2020.
ENTENDAM – Candidato ao Senado em 2018, Fávaro amargou derrota ficando em terceiro lugar na disputa por duas cadeiras. Com a cassação de Selma, o governador Mauro Mendes (União) reclamou junto ao STF que Mato Grosso estaria sendo prejudicado no Senado por contar com um senador a menos do que os demais estados. Dias Toffoli, de pronto, determinou que a cadeira fosse dela.
Na eleição em 2020, Fávaro elegeu-se para o Senado e deixou a incômoda condição de senador sem voto ou biônico, como passou a ser chamado.
Carlos Henrique Baqueta Fávaro (PSD) é produtor rural, nasceu em Bela Vista do Paraná (PR) no dia 19 de outubro de 1969. Está licencidado do Senado para exercer o cargo de ministro da Agricultura e Pecuária. A primeira suplente Margareht Buzetti (PSD) ocupa sua cadeira.
Fotos:
1, 5, 6, 7, 8 e 9 – Agência Senado
2 – Secom/MT
3 – Instituto Memória do Poder Legislativo Deputado Lenine Póvoas
Pra mim, até hoje o mais brilhante e atuante Senador que MT teve após a divisão do Estado foi sem dúvida alguma Julio José de Campos (PFL)
pois foi Presidente da Comissão de Infraestrutura e em seguida 1° Secretário do Senado (1993/95) e logo depois Vice Presidente junto com o Presidente José Sarney (1995/97). Valoroso Líder
Pra mim, até hoje o mais brilhante e atuante Senador que MT teve após a divisão do Estado foi sem dúvida alguma Julio José de Campos (PFL)
pois foi Presidente da Comissão de Infraestrutura e em seguida 1° Secretário do Senado (1993/95) e logo depois Vice Presidente junto com o Presidente José Sarney (1995/97). Valoroso Líder