Eduardo Gomes
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Uma nação sob fogo permanente e ameaçada nuclearmente. Ao menos 70 mil militares mortos nos campos de batalha, 380 mil feridos e milhares de desaparecidos em combate. Mais: 12.654 civis mortos, dos quais 669 crianças. Assim é a Ucrânia nesta segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025, data que registra três anos da grande invasão russa ao seu território, de 603.628 km² antes da anexação da província da Crimeia, em 2014.
Quem está por trás dessa barbárie é o povo russo e não somente o déspota Vladimir Putin, que além do sangue ucraniano derramado sistematicamente destrói suas cidades e vilas, seus sistemas de transporte ferroviário e terrestre, sua geração de energia de origem hidráulica, seus campos agrícolas, seus planos e sonhos, sua cultura e tradição, seus templos onde a população devota sua fé em Deus.
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No mais sangrento conflito na Europa após os nazistas e fascistas invadirem países, destruírem cidades e criarem campos de concentração para extermínio judeu, a Rússia tenta varrer do mapa o povo ucraniano, diante da perplexidade mundial e a prudente impotência que impede os europeus e americanos de intervirem diretamente, temendo uma resposta nuclear de Moscou.
A Ucrânia sangra, em sua posição de escudo militar da Europa contra a invasão russa.
O que levou a esta guerra não foi uma política de expansionismo russo, porque área é o que mais sobra àquele país. O Kremlin está em busca de águas quentes, pois os portos russos permanecem sob temperaturas negativas. O mundo sabe que é isso, mas nada faz deixando que os ucranianos permaneçam como escudo europeu, por sua localização geográfica, diante do poderio do antigo Exército Vermelho, que rivalizava e ainda rivaliza com os Estados Unidos.
O terror se abateu sobre a valente Ucrânia de Volodymyr Zelensky e das loiras mais lindas do mundo; por analogia poderá acontecer o mesmo ao Brasil, por conta de sua reserva de água doce, sua riqueza mineral e sob o disfarce de contenção de crimes ambientais, sobretudo na Amazônia e no Pantanal.
Não se trata de alarmismo. O Brasil está sob a mira da Europa e dos Estados Unidos, há muito tempo. Não foi à toa que os americanos forçaram a criação da reserva binacional Yanomami. Também não foi de brincadeirinha que o colonialismo forçou o presidente Lula da Silva a aprovar a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, em 29 de junho de 2006 – decisão que não levou a chancela do Estados Unidos nem da Rússia. mas de republiquetas europeias.
Sobre essa Declaração, publiquei em 2012 na Revista MTAqui uma série em três capítulos (agosto, setembro e outubro) onde mostrei dados e detalhei o plano de expansão das terras indígenas, para dentre outras coisas criarem a Grande Nação Xavante, no Vale do Araguaia.
Enquanto o nosso país mergulha numa divisão inglória por Lula e Bolsonaro a cobiça internacional pela Amazônia aumenta. Não temos força cidadã tanto quanto os ucranianos para enfrentarmos uma potência isolada ou formada por aliados; nosso sistema militar de defesa é defasado; a corrupção desfigura os poderes em todas as suas esferas; militares de alta patente se perdem em golpismo e delações premiadas; a classe política com as exceções de praxe mergulha na corrupção; o Judiciário cambaleia e ficamos à deriva. Nos resta o país de general de quatro estrelas preso e de desembargadores usando tornozeleiras eletrônicas.
Temos que reverenciar o povo ucraniano que há três anos é pisoteado pelos russos, e os 80 anos da tomada de Monte Castelo pela Força Expedicionária Brasileira (FEB), em 21 de fevereiro de 1945. Não podemos vacilar e precisamos nos preparar, pois assim como acontece no Leste Europeu, a Amazônia poderá sofrer uma invasão diante do mundo perplexo, mas incapaz de reação, porque os fatos serão justificados em nome do verde.
Glória à Ucrânia!
Os febeanos vivem!
A Amazônia é nossa!