Rondonopolis, cidade de governadores e senadores

Rondonópolis, a bela cidade que completa 64 anos em 10 deste dezembro é importante centro político mato-grossense. Quatro rondonopolitanos exerceram o cargo de governador, cinco chegaram ao Senado Federal e um é ministro de Estado.

O primeiro governador foi o advogado e empresário mato-grossense Carlos Bezerra (PMDB), eleito em 1986 e que renunciou em meados de 1990 para se desincompatibilizar e concorrer ao Senado.

1983 – Bezerra recebe a faixa 

Por duas vezes Bezerra foi prefeito do município. É deputado federal pela quarta vez e presidente regional do PMDB; seu primeiro mandato foi de deputado estadual pelo MDB, na legislatura de 1975 a 1978.

O segundo governador foi o empresário paulista Moisés Feltrin (PFL), por 34 dias.

Moisés assumiu o governo no final de 1990 na condição de governador constitucional, pois era presidente da Assembleia Legislativa e o governador e médico paulista Edison Freitas de Oliveira (PMDB) renunciou ao cargo após sofrer acidente aéreo.

Edson era vice-governador pelo PMDB e chegou ao governo em 1990, com a renúncia do titular Carlos Bezerra, que tentou sem sucessor se eleger senador.

O produtor rural, empresário e economista paranaense José Rogério Salles (PSDB) era vice-governador de Dante de Oliveira (PSDB) e o substituiu em março de 2002, pra que ele disputasse o Senado; Dante foi derrotado.

Rogério passa a faixa para Blairo

Rogério Salles foi prefeito e, por duas vezes, vice-prefeito de Rondonópolis.

Em 1º de janeiro de 2003 Rogério transmitiu a faixa governamental ao empresário e agrônomo paranaense Blairo Maggi (PPS), que venceu em primeiro turno a disputa ao governo.

Moisés Feltrin governador constitucional

Em 2006 Blairo (PR) foi reeleito, também em primeiro turno e ficou no cargo até 31 de março de 2010, quando renunciou para disputar e vencer a eleição ao Senado; Blairo foi substituído pelo vice-governador Silval Barbosa (PMDB), que naquele ano foi eleito governador em primeiro turno.

 

SENADO – Cinco rondonopolitanos chegaram ao Senado: Carlos Bezerra, Gilberto Goellner, Blairo Maggi, Wellington Fagundes e José Medeiros.

Carlos Bezerra (PMDB) foi eleito em 1994.

O senador Jonas Pinheiro (DEM) morreu em 19 de fevereiro de 2008 vítima de complicações do diabetes. Jonas foi substituído pelo suplente rondonopolitano Gilberto Flávio Goellner (DEM). Goellner é empresário, agrônomo e nasceu no Rio Grande do Sul.

Blairo Maggi (PR) chegou ao Senado em 2011 com 1.078.039 votos. Até hoje foi o único político em Mato Grosso a alcançar a casa de um milhão de votos em um único pleito.

Wellington Fagundes (PR) é empresário e veterinário; cumpriu seis mandatos consecutivos de deputado federal e regionalmente preside seu partido.

José Medeiros (PPS) era suplente do senador Pedro Taques (PDT), que venceu a eleição ao governo em 2014 abrindo vaga para Medeiros no Senado.

Policial Rodoviário Federal e Matemático, Medeiros nasceu no Rio Grande do Norte. Até chegar ao Senado Medeiros não havia exercido cargo eletivo. Sua participação na chapa de Taques aconteceu em razão da desistência do candidato a suplente Zeca Viana (PDT), que optou por concorrer para deputado estadual.

Medeiros é novato em política e mesmo com curto período no poder trocou de partido algumas vezes. Saiu do PPS para o PSD e foi para o Podemos. Agora, ensaia assinar ficha no PMDB.

 

MINISTÉRIO Blairo Maggi (PP) deixou sua cadeira no Senado ao suplente Cidinho dos Santos (PR) para ocupar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no governo do presidente Michel Temer.

 

Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes

FOTOS: Arquivo