Gilson Lira não mais encanta a torcida com seus gols. Vencido por um edema pulmonar agravado por problemas renais ele fechou os olhos para sempre na madrugada da segunda-feira, 24 de julho, na cidade que escolheu como sua, Rondonópolis.
Artilheiro com 684 gols, dos quais 199 marcados com a camisa do União Esporte Clube, Gilson Lira foi um dos maiores craques do futebol mato-grossense na década de 1970 e nos anos 80. De Natal, no Rio Grande do Norte, onde nasceu partiu em busca de espaço no futebol. Jogos nas categorias de base do Fluminense e Bangu. Chegou ao profissionalismo e defendeu o Grêmio Maringá, Náutico, Galícia (BA), ABC de sua terra, Grêmio Anapolina, Operário Varzea-grandense, Comercial de Campo Grande e o União.
Em 1973, 1975 e 1976 foi artilheiro do Estadual Mato-grossense.
No estádio, mas fora das quatro linhas continuou ligado ao futebol enquanto treinador.
Fora dos estádio o cidadão Gilson Lustosa de Lira também foi exemplar. Professor e diretor de escola estadual em Rondonópolis, dedicava-se à Educação e era pós-graduado em História e Filosofia.
Comentarista e narrador de futebol, Gilson Lira teve papel de destaque no rádio esportivo rondonopolitano.
O futebol, a literatura, a poesia, o rádio e a cidadania perderam um grande homem. Rondonópolis despediu-se de seu Microfone Artilheiro, como carinhosamente chamava seu polivalente Gilson Lira, que se despediu aos 69 anos.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTO: Arquivo A TRIBUNA