A influência da música no cérebro

Manoel Izidoro*
CUIABÁ

A música inspira, desperta emoções, gera prazer, entretanto não é apenas isso que ela nos oferece. Os sons melódicos ainda impactam positivamente na saúde do nosso cérebro, é o que comprova o relatório “Música em nossas mentes: O grande potencial da música para promover a saúde cerebral e o bem-estar mental”, elaborado pelo Conselho Global de Saúde Cerebral.

O estudo assinala que a música estimula diferentes áreas do cérebro de modo coordenado e em tempo real. Na lista de resultados diretos estão a sensação de bem-estar, diminuição dos níveis de estresse, o fortalecimento do sistema imunológico, entre outros benefícios observados em pessoas de faixas etárias distintas.

O Conselho mundial destaca que tocar ou ouvir música afeta regiões cerebrais relacionadas à audição, coordenação motora, atenção, linguagem, emoções, memória e habilidades de raciocínio. Fazendo com que várias partes cognitivas trabalhem de forma conjunta.

Na relação de vantagens que a música nos traz também aparece a socialização, aumento da capacidade de concentração, a melhora na qualidade do sono, combate a tristeza e a ansiedade e melhora do humor, fatores importantes para a manutenção da saúde mental.

Pesquisas também reconhecem que a musicoterapia contribui no tratamento de pacientes com doenças como Parkinson, favorecendo a capacidade de andar e falar. Há indícios que a abordagem terapêutica auxilia na recuperação de pacientes pós-acidente vascular cerebral (AVC). Neste caso, o canto é usado para ajudar essas pessoas a recuperarem as funções de linguagem.

A ciência tem comprovado como a música tem efeito profundo e positivo na saúde mental e pode ser uma aliada poderosa na promoção do bem-estar físico, emocional e psicológico. Portanto, incorporar a música no dia a dia pode ser uma maneira simples e eficaz de cuidar do corpo e da mente!

*Manoel Izidoro é professor e proprietário da Escola de Música IGC de Cuiabá

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