Assembleia vota pela soltura de Fabris; mas decisão é da Justiça

 

Numa votação que pode ser Viúva Porcina, a Assembleia Legislativa votou pela soltura de seu vice-presidente, Gilmar Fabris/PSD (Foto), que está preso preventivamente desde 15 de setembro, por suposta obstrução de justiça. Sua prisão foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, atendendo ao Ministério Público Federal. Fux também determinou seu afastamento do cargo parlamentar.

Dos 24 deputados, 19 votaram pela soltura de Fabris. Não participaram da sessão: Daltinho de Freitas (SDD), Sebastião Rezende (PSC), Baiano Filho (PSDB), Valdir Barranco (PT) e Meraldo de Sá (PSD), que é suplente de Fabris.

A votação foi levada ao plenário nesta terça-feira, com base no parecer de Saturnino Masson (PSDB), que é presidente da Comissão de Ética Parlamentar da Assembleia. Mas, para que se chegue ao alvará de soltura do deputado ainda resta um longo caminho.

Amanhã (quarta-feira), a Assembleia encaminha ao STF e ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF 1ª Região), cópia de sua decisão para homologação ou não. Vale observar que na semana passada o ministro Ney Bello, do TRF 1ª Região, negou a soltura de Fabris, que era pedida pela Assembleia. Se a Justiça não acolher a decisão dos deputados, Fabris continuará preso em Cuiabá.

Fabris foi preso durante uma operação da Polícia Federal, em Cuiabá, para apurar denúncias feitas em delação premiada pelo ex-governador Silval Barbosa. A PF sustenta que o deputado fugiu de seu apartamento, de pijama, momentos antes que agentes ali cumprissem mandado de busca e apreensão.

 

Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes

FOTO: Arquivo Assembleia Legislativa