Audiência debate o esqueleto do novo Hospital Júlio Müller

Uma estranha apatia marca a relação da classe política com a obra inacabada do novo Hospital Universitário Júlio Müller da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A construção está paralisada há cinco anos e o local escolhido para a mesma é pantanoso e se situa à margem da rodovia MT-040 que liga Cuiabá a Santo Antônio de Leverger e Barão de Melgaço. Mesmo com a construção emperrada, o discurso nos meios políticos é assustador: há milhões de reais depositados numa conta do governo estadual para a retomada de seu projeto, o que estranhamente não acontece.

Transcorridos cinco anos da paralisação uma faixa estendida ao lado do estacionamento da Assembleia Legislativa anuncia uma audiência pública marcada para 7 de agosto, para debater a construção.

Estranho que até então, as partes responsáveis pela obra não tenham se reunido para discutir a questão. O governador democrata Mauro Mendes, a reitoria da UFMT, a bancada federal, a Assembleia Legislativa e a prefeitura de Cuiabá deveriam buscar um denominador comum para solucionar o impasse da paralisação. Discutir a obra em audiência pode até parecer democrático, mas não seria nada prático.

Se o local escolhido para a construção é inadequado, quem a definiu precisa ser responsabilizado, e quanto a isso não se pode isentar a UFMT, que tem departamento onde se abrigam cursos de engenharia e arquitetura e, nessa condição não poderia ter se omitido à época. Esse caso precisa ser passado a limpo.

Redação blogdoeduardogomes

FOTO: blogdoeduardogomes em 15 de julho de 2019

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