A relação do presidente Jair Bolsonaro com o MDB azedou e reflete na composição do governo em seus escalões menores. Nesta quinta-feira, 28, Teté Bezerra pediu demissão da presidência da Embratur, numa carta enviada ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
Teté é mulher do cacique e deputado federal Carlos Bezerra, que lidera o MDB mato-grossense há décadas e tem trânsito partidário nacional. Bezerra critica abertamente o presidente. A saída de Teté não deve ser vista somente como ruptura entre Bezerra e Bolsonaro: pode ser uma manobra pra fazer o presidente compor com o MDB no antigo modelo da Oração de São Francisco.
Teté assumiu a Embratur em maio do ano passada, no governo do ex-presidente Michel Temer – do MDB. Carlos Bezerra foi colega de bancada de Temer na Câmara e com o qual mantém relação de amizade.
Ex-deputada federal em duas legislaturas e ex-primeira-dama de Mato Grosso e Rondonópolis, Teté ocupa lugar de destaque na cúpula regional de seu partido.
Da Redação
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Teté pediu demissão pois sabia que ia ser exonerada, avisada por seus assessores. Tava flertando com o movimento elenão e achou que podia gastar dinheiro público com isso.