Com ‘praguinhas’ dos dois acompanhantes na camiseta do Cuiabá, que usava, Blairo deixava claro seu posicionamento nas eleições.
A manifestação política de Blairo é democrática e ele não comete nenhum crime ao expressá-la. Porém, pelo aspecto ético, tratou-se de total descompromisso partidário de um ministro que exerce o cargo exatamente por indicação de seu partido.
Em Mato Grosso o PP de Blairo integra a coligação liderada pelo senador republicano e candidato ao governo, Wellington Fagundes, que entre seus candidatos a cargos proporcionais tem o presidente regional pepista, Ezequiel Fonseca, que tenta novo mandato à Câmara dos Deputados. Além disso, o PRB do deputado federal e candidato a senador Adilton Sachetti também compõe a aliança de Wellington.
Adilton é amigo de longa data de Blairo. Os dois são compadres, vizinhos em Rondonópolis, contemporâneos de faculdade e sempre mantiveram sólida aliança política, pela qual Adilton foi eleito prefeito de Rondonópolis em 2004 e exerceu cargo de secretário e de presidente da agência da Copa de 2014 (Agecopa) no governo Blairo.
Antes da campanha, Blairo reuniu a imprensa para dizer que ficaria neutro na disputa eleitoral, mas que por questão pessoal apoiaria seu compadre Adilton.
Moral: política não é ciência exata e nem sempre político também é exato.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTO: Virgína Mendes (mulher de Mauro Mendes) em rede social