Previsões de economistas sugerem que a China tomará o posto dos Estados Unidos e se tornará a maior economia do mundo em menos de uma década.
Espera-se que o produto interno bruto (PIB) da China aumente 8,2% este ano, segundo informaram economistas consultados pela agência Bloomberg.
De acordo com as previsões, o crescimento da China deve ultrapassar o de seus pares, como já ocorreu em 2020. Na verdade, no ano passado, a China foi a única nação entre as grandes economias que evitou uma contração econômica.
Para Homi Kharas, vice-diretor do programa de desenvolvimento e economia global do Centro de Pesquisas Brookings, EUA, a China deve tornar-se a maior economia do mundo até o ano de 2028. Ou seja, dois anos mais rápido do que especialistas haviam estimado anteriormente.
As exportações do país asiático cresceram no ano passado 3,6%, até os US$ 2,59 trilhões (cerca de R$ 14 trilhões) enquanto as importações recuaram 1,1%, para os US$ 2,06 trilhões (aproximadamente R$ 10 trilhões), o que resultou em um superávit comercial de US$ 535 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões).
Além disso, a China, provavelmente, recuperou o título de principal destino mundial para investimento estrangeiro, título esse que perdeu para os Estados Unidos em 2015, afirmou a mídia. O investimento estrangeiro no país asiático atingiu mais de US$ 129,5 milhões (cerca de R$ 685 milhões) até novembro de 2020, um pouco acima do ano de 2019.
Depois de resistir na guerra comercial travada pelo presidente norte-americano Donald Trump, a China vem aprofundando os laços econômicos com nações asiáticas e europeias.
Além disso, o país conta com consumo interno para impulsar sua próxima fase de crescimento. Já nos primeiros dias de 2021, o presidente Xi Jinping, citado pela agência, disse que “o tempo e a situação” estavam ao lado do país neste novo ano.
A pandemia da COVID-19 poderia ter ajudado o país asiático a “solidificar sua posição na economia global”, afirmou Ka Zeng, diretor de estudos asiáticos da Universidade de Arkansas (EUA).
O especialista acredita que é possível que as empresas europeias e norte-americanas voltarão à China devido ao potencial que o país possui, sendo “a única grande fonte de crescimento no mundo pós-pandêmico”.
“Vimos uma onda após outra onda da pandemia golpeando mercados diferentes”, afirmou o diretor financeiro da Nike, Matthew Friend. “Realmente o único mercado onde observamos uma trajetória contínua em termos de gestão do vírus foi a China”.
Sputnik com foto referencial da moeda chinesa