Havia patrulhamento no rádio e pouco se falou sobre JK. No dia seguinte, por volta de 11 horas, em Juscimeira, soube mais detalhes. À tarde, em Rondonópolis, que era meu destino, conversei com amigos sobre a fatalidade. O Brasil chorava seu maior estadista. Os militares, donos do poder, não tinham como conter as manifestações de amor, carinho, respeito, admiração e muita dor pelo líder que partia.
Fica Faca foi como se tornou conhecida uma vila de Chapada dos Guimarães, e que mais tarde seria Nova Brasilândia. Sua ligação com o mundo era por uma estradinha que desembocava no Posto Paraná, de Otávio Eckert – à margem da BR-070 -, que ali chegou em 1974, quando tudo ao redor era vazio demográfico no cerrado. Trazendo JK para a dimensão do pequeno empresário Eckert lançou o loteamento que virou a bela Campo Verde.
Quando partiu, JK estava com os direitos políticos cassados por Ato Institucional. Era exilado em seu país. Carregava na alma a dor das humilhações a que foi submetido por sadismo de Estado. Tinha, porém, a consciência tranquila, as mãos limpas, a alma pura e um coração que pulsava pelo povo de sua terra. Transcorridos 42 anos do acidente na Via Dutra, que fechou seus olhos e apagou o olhar de Geraldo Ribeiro, seu amigo e motorista há 30 anos, o Brasil é um grande vazio de liderança.
O estadista foi além. Não se limitou a entrar para a história. Virou lenda. Cultivo respeito por ele. O menino órfão do pai João César de Oliveira, caixeiro-viajante que não resistiu ao frio das montanhas de Minas, JK teve infância pobre ao lado da mãe, a professora Mestra Júlia Kubitschek. Telegrafista, conquistou diploma de médico e alcançou a patente de coronel da PM Mineira.
Gerações se sucedem e o culto ao estadista continua. Sou testemunha disso. Minha neta Ana Júlia, 10 anos, o reverencia. Visita o Museu JK em Brasília e lê sobre ele. É xará de Mestra Júlia. Conversamos sobre nosso estadista. Ela, criança pura. Eu, na terceira idade e ferido pela dureza da vida. Somos unidos pelo amor que brota da consanguinidade e por paixão pela memória de Juscelino Kubitschek de Oliveira, o Nonô, o JK.
Eduardo Gomes de Andrade é avô paterno de Ana Júlia Marcondes de Andrade e ambos são juscelinistas
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Jornal DIÁRIO DE CUIABÁ – Edição 23 agosto 2018 Pág. A2
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http://fococidade.com.br/artigo/28050/de-memoria
Belo texto Eduardo, o momento é o melhor. Que sirva de exemplo àqueles que desejam mudança. JK construiu Brasília em apenas 4 anos. Demonstrou coragem, visão de país, honrou a República. Enquanto isso, nossos últimos governantes mancharam a nossa história com promessas não cumpridas e incompetência. Quanta falta faz o estadista JK.
Vicente Vuolo Filho – Cuiabá e Brasília (via WhatsApp)