Além de participar do painel “Governança e Sucessão no Agronegócio: uma visão feminina”, a jornalista, que tem entre suas especializações o mestrado em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC) e FDC, abrirá o evento com a palestra “Governança e Sucessão para a continuidade das empresas do agronegócio”.
Juliana explica que em relação às demais companhias, que possuem elementos mais definidos em relação ao processo sucessório, com instrumentos mais racionais, as empresas familiares trazem consigo aspectos subjetivos. “Estes elementos são da ordem família, relações permanentes, sentimentos, afinidades, ressentimentos, mágoas, preferências”, destaca ao lembrar que embora a atuação de profissionais voltados ao processo sucessório vise minimizar tais fatores, trata-se de um grupo de pessoas que tem relações para além dos muros da empresa.
Característica deste momento vivido pelas empresas do agronegócio, a transição para as gerações futuras com o fundador presente e muito voltado aos processos operacionais é um aspecto considerado positivo por Juliana. “É um privilégio para as novas gerações poder aprender com os fundadores que possuem toda uma história. Uma transição que ocorre de forma mais abrupta, com o falecimento do fundador, por exemplo, é sempre mais traumática”.
No entanto, para que a sucessão ocorra de forma serena, é preciso que os fundadores entendam que é necessário abrir espaço para as novas gerações. “Planejamento sucessório implica em um processo que leva alguns anos. Um fundador que ainda está muito no operacional vai ter dificuldade no processo de sucessão. Isso implica ele deixar de forma natural o operacional e seguir para o estratégico, abrindo espaço para que as novas gerações possam ocupar os seus lugares, assumindo desafios e novas responsabilidades”.
Por conta disso, Juliana estima que um processo tranquilo de sucessão leve de cinco a oito anos para ser concluído. Ela cita como exemplo o empresário Jorge Gerdau, que após tornar pública sua intenção de se afastar do negócio, concluiu o processo em oito anos. “Este tempo é necessário para identificar os potenciais entre a segunda geração, identificar aqueles que têm interesse em continuar no negócio. Aí, você vai desenvolver, trazer todo o projeto acadêmico, o desenvolvimento no trabalho, executando, dando a ele oportunidades, chances de crescimento”, ressalta.
Sobre o “Elas no Campo 2018”, a professora da FDC destaca que o evento trará às participantes reflexões para o momento atual das empresas que atuam. “No mundo da empresa familiar não existe uma resposta única e eventos como esse fazem abrir a cabeça, contato com outras experiências, outras realidades, que podem fazer buscar mais conhecimento, informações e como fazer”, finaliza.
ELAS NO CAMPO 2018 – Conforme explica a diretora executiva do Grupo Valure, a coach e mentora de gestão Lorena Lacerda, sob o tema “Desenvolvendo Líderes para o Agro”, o encontro “Elas no Campo 2018” tem como intuito oferecer conteúdo de ponta sobre Gestão e Governança, bem como proporcionar o intercâmbio de conhecimento e experiências entre as participantes.
“O protagonismo feminino na Gestão e Governança dos negócios tem sido tema recorrente de discussão e análise dentro do processo de estimulo à maior imersão das mesmas. O ‘Elas no Campo’ é pensado justamente para proporcionar uma experiência única de aprendizagem e aprimoramento contínuo”, comenta Lorena.
PROJETOS SOCIAIS – Vale destacar que a lucratividade do evento será revertida para projetos sociais. No dia 15 de junho, o encontro “Elas no Campo 2018” se iniciará às 8h do dia 15 de junho e vai até às 18h no Gran Odara, em Cuiabá.
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