“Nós fizemos um Termo de Cooperação Técnica com o Ministério Público do Estado de Mato Grosso e nos comprometemos a ajudar na recuperação de três nascentes em Cuiabá. O trabalho está sendo desenvolvido em parceria com o Município. Além da doação do GPR, a Águas Cuiabá tem realizado a análise físico-química e bacteriológica das nascentes”, destacou o diretor-geral da Concessionária, Luiz Fernando Fabbriani.
O coordenador do projeto Água para o Futuro, promotor de Justiça Gerson Barbosa, ressaltou que o novo equipamento utiliza método científico comprovado e muito utilizado no âmbito forense e diminui a possibilidade de questionamento no âmbito jurídico. Atualmente, segundo ele, já foram identificadas na Capital mais de 200 nascentes.
“Das nascentes confirmadas, nós já temos notícias de que pelo menos 10 foram aterradas . E nós temos cerca de 300 nascentes que ainda não conseguimos confirmar em função de já estar aterrada ou descaracterizada, daí a importância desse equipamento”, enfatizou o promotor de Justiça. Ele explica que nos casos em que a nascente é confirmada e tem um determinado nível de degradação, os responsáveis são acionados cível e criminalmente. Já nas situações em que as nascentes confirmadas foram aterradas, o dano é ainda maior e as consequências são mais graves.
O professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sérgio Fachin, informa que o GPR é fundamentado na teoria eletromagnética. Segundo ele, a principal vantagem do equipamento é que para identificação das nascentes não haverá a necessidade de escavar o pavimento ou solo. “São ensaios que são realizados na superfície do terreno e a partir deles é possível identificar e caracterizar essas estruturas ou material rochoso, ou solo, saturados em água ou não. Esse equipamento tem um display que permite a visualização do resultado em tempo real”, disse.
Redação com assessoria do MP
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