Os templos estão nos municípios de Água Boa, Rondonópolis, Cotriguaçu, Ipiranga do Norte, Poconé, Gaúcha do Norte, Cuiabá, Diamantino, Itanhangá, Planalto da Serra e por onde mais se possa imaginar.
Os católicos não podem mais reverenciar a Padroeira numa igreja onde por quase três décadas ela foi cultuada. A Igreja de Nossa Senhora Aparecida, na vila de Estrela do Araguaia, que era conhecida como Posto da Mata, foi demolida; não somente ela, mas todas as construções daquela localidade: a vila não mais existe.
Forças federais cumprindo ordem do Supremo Tribunal Federal destruíram Posto da Mata, expulsaram seus moradores e os que viviam na sua zona rural. A área foi transformada na terra indígena Xavante Marãiwatsédé, sobre uma gleba onde antes havia a fazenda Suiá-Missú, conhecida naquela região como fazenda do Papa.
Uma desintrusão levada a cabo em dezembro de 2012 botou milhares de brasileiros no olho da rua. Os moradores foram expulsos de sua terra, que ocupavam mansa e pacificamente há décadas.
Posto da Mata localizava-se no Vale do Araguaia, no entroncamento da BR-242 com a BR-158. A área urbana pertencia a São Félix do Araguaia e Alto Boa Vista; a zona rural se estendia também a Bom Jesus do Araguaia. A antiga fazenda do Papa tinha 155 mil hectares – onde se criou a reserva Xavante.
Hoje, a Igreja Nossa Senhora Aparecida em Posto da Mata não passa de uma lembrança. Amarga lembrança criada pela mão injusta do Estado Brasileiro.
Eduardo Gomes – blogdoeduardogomes
FOTO: Eduardo Gomes em arquivo