A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), durante reunião nesta terça-feira (11), elegeu a composição da nova diretoria que toma posse no próximo ano. O atual vice-presidente, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS) foi eleito para comandar o colegiado a partir da transmissão do cargo, marcada para 19 de fevereiro de 2019. Três congressistas de Mato Grosso ocupam cargos subalternos na FPA.
Para ele, o principal desafio é desmistificar conflitos fictícios que envolvem o setor agropecuário brasileiro. Moreira afirmou ainda que o produtor deve ser tratado com respeito, pois é ele quem alimenta e abastece o país e o mundo. “A agropecuária brasileira nunca foi contra o meio ambiente, contra os indígenas. As pautas são complementares e não antagônicas. Temos de fugir desses conflitos e encontrar soluções por meio de políticas públicas sólidas que deem segurança a todos”, destacou o novo presidente da FPA.
O encontro foi o último presidido pela deputada Tereza Cristina (DEM/MS). Na ocasião, a parlamentar agradeceu e parabenizou os membros pelo trabalho desempenhado ao longo de seu mandato. Ela reiterou que o compromisso com o desenvolvimento do país e da agropecuária é diário.
“A FPA alcançou protagonismo ímpar para construir políticas públicas cada vez mais fortalecidas e convergentes com os anseios da sociedade e da agricultura brasileira. Fecho uma etapa da minha vida parlamentar e inicio outro desafio. Temos de lutar por um Brasil melhor”, defendeu a presidente.
Tereza Cristina afirmou ainda que sua gestão à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) será mais moderna, mais ágil e condizente com as mudanças que o país necessita para crescer ainda mais. “Nossa interlocução com o setor produtivo, com os agricultores e com a FPA será diária e direta”, disse a futura ministra.
Presente na reunião, o deputado João Campos (PRB/GO), candidato à presidência da Câmara dos Deputados, reiterou que tanto a FPA quanto o Mapa estão bem representados. Campos reforçou a segurança que possui com a gestão de Tereza Cristina à frente da Agricultura pela atuação exemplar da parlamentar. O deputado destacou a necessidade de fortalecer a segurança pública no país, especialmente, no meio rural.
Campos afirmou ainda que se sente preparado para presidir a Casa e disse estar aberto ao diálogo, com ideias pautadas na responsabilidade com a sociedade. “Finalizei meu quarto mandato agora. Isso me deu espaço para consolidar uma boa relação com os parlamentares”, disse o deputado.
Gestão alinhada
Diversos parlamentares membros da FPA manifestaram apoio irrestrito à nova gestão do Ministério da Agricultura e à nova diretoria do colegiado. Para o deputado Júlio César (PSD/PI), a FPA foi quem deu a dimensão, à sociedade, do que o setor produtivo representa para o Brasil. Em complemento, o deputado Nelson Marquezelli (PTB/SP) afirmou que a Frente trabalha a favor não só da agricultura, mas do país.
Segundo o deputado Domingos Sávio (PSDB/MG), o momento é de mudança. “Não somos um segmento corporativista. Somos patriotas. Queremos ver o país dar certo. Serei soldado desse espírito de mudanças”, destacou Sávio.
O parlamentar disse estar confiante no trabalho a ser desempenhado pela futura ministra da Agricultura. “Tereza Cristina, além de representar milhares de produtores rurais, já começou a desempenhar o papel de fazer os milhões de brasileiros compreenderem o trabalho que a FPA e a agropecuária oferece ao país”, disse o deputado.
A corresponsabilidade de todos os parlamentares da FPA, diante deste cenário de renovação, foi lembrada pelo deputado Arnaldo Jardim (PPS/SP). Em seu discurso, o deputado Afonso Hamm (PP/RS) afirmou que a deputada Tereza Cristina foi a primeira escolhida e indicada pelo setor agropecuário. “O segmento da pecuária e agricultura começa a ter uma valorização maior e isso só depende do nosso trabalho. Ambiente favorável nós já temos”, disse.
Autor do projeto de lei (PL 6717/2016) que garante o porte rural de arma, o deputado defendeu ainda que a segurança no campo continue sendo uma das principais pautas da FPA em 2019. “Temos um texto final acordado na Câmara. Avançamos nas discussões. Podemos acabar com a fragilidade do campo na questão da segurança pública”, ressaltou o parlamentar.
Renovação
Em tom de despedida das atividades legislativas, o deputado Josué Bengtson (PTB/PA) enfatizou que os novos parlamentares darão continuidade ao trabalho consolidado ao longo destes anos. “Teremos uma nova cara, uma nova visão na FPA e no Mapa, que agora vai cuidar da agricultura familiar com o zelo que ela merece. Tereza Cristina fará esse papel de forma brilhante”, destacou Bengtson.
Em retrospectiva ao trabalho executado na FPA e na Câmara, o deputado Valdir Colatto (MDB/SC) afirmou que a questão fundiária e a questão ambiental devem ser as prioridades do novo governo e da pauta legislativa. “O país precisa trilhar a política de ocupação territorial que almeja ter. E ela precisa estar em consonância com o desenvolvimento do país e com a preservação ambiental. Hoje, o Brasil está travado. Isso precisa mudar”, reiterou Colatto.
Representando Mato Grosso, o deputado Victório Galli (PSL) destacou que os novos parlamentares eleitos continuarão fortalecendo as pautas do Mato Grosso na bancada. “Me despeço da atividade legislativa deixando um legado. Marquei presença em quase todas as reuniões da FPA em 2018 e votei em todos os projetos voltados à agropecuária, pois acredito na força do setor para alavancar e melhorar nosso país. Sem a produção do Mato Grosso, o Brasil estaria falido”, finalizou Galli.
MATO GROSSO – Antes de Tereza Cristina o deputado federal tucano Nilson Leitão presidiu a FPA, onde Mato Grosso perde espaço na nova diretoria.
O senador Jayme Campos (DEM) é o coordenador da Comissão de Direito de Propriedade e Minorias. Os deputados Nery Geller (PP) e Nelson Barbudo (PSL) coordenam as comissões de Meio Ambiente e de Infraestrutura e Logística, respectivamente.
Assessoria FPA com Redação
FOTO: Agência Câmara