Sem estrutura operacional a Segurança Pública cancela nesse final de semana a quinta blitz da Operação Lei Seca, que deveria ser realizada em Cuiabá. Nos últimos dias, mais de 100 veículos da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Civil foram recolhidos pela locadora CS Brasil, por falta de pagamento da locação pelo governo de Mato Grosso. Além da redução do número de viaturas operacionais, um outro problema complica ainda mais a situação: desde abril o ônibus da Delegacia Móvel de Trânsito está no pátio de uma oficina à espera de reparos mecânicos, que estão empacados por falta de recursos financeiros para pagamento dos mesmos.
A Secretaria de Segurança Pública não reconhece o recolhimento da frota policial. A locadora CS Brasil não toca no caso para não agravar ainda mais a situação do calote que leva do governo de Pedro Taques – que chega ao fim. A foto desta reportagem é da tarde de 7 deste dezembro. A locadora, instalada à margem da Rodovia dos Imigrantes, em Cuiabá, não permite fotografia em sua área interna.
Enquanto Detran, Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito, Polícia Militar e outros órgãos de segurança ficam de mãos atadas por falta de estrutura operacional, o trânsito em Cuiabá registra alto índice de acidentes com vítimas fatais. De janeiro a 30 de novembro deste ano 92 pessoas morreram atropeladas ou em colisões nas ruas da capital mato-grossense. Esse número considera somente os óbitos no local, mas pode ser bem maior, por conta de mortes durante atendimento hospitalar a acidentados.
O número de mortes em 11 meses de 2018 supera o ano de 2017, quando 90 perderam a vida em acidentes na capital mato-grossense.