Em Várzea Grande, na região metropolitana, a Secretaria registrou um aumento de 22%, pois em 2016 ocorreram 393 contra 480 deste ano. Em Mato Grosso houve aumento de 8% nos registros. De janeiro a junho de 2616, a polícia registrou 4.484 boletins de ocorrências por lesão corporal, e de janeiro a junho deste ano, o total foi de 4.862.
A defensora pública, Rosana Leite, afirma que o balanço não dá para ter uma noção real da realidade, pois nem todas as mulheres agredidas têm coragem de denunciar, principalmente quando se trata do companheiro. Ou muitas vezes, quando há a denúncia, basta o casal ficar bem que a vítima vai até a delegacia para pedir as autoridades policiais que a denúncia seja retirada.
Uma vítima que preferiu não se identificar, contou que foi agredida pelo marido por várias vezes. Em um dos casos, eles estavam separados há seis meses e ela tinha a guarda dos seus quatro filhos.
Não contente com a situação, o acusado foi até a casa da vítima, pulou o portão, a agrediu ela socos e ainda jogou água quente na mesma. A agressão causou vários ferimentos pelo corpo e ainda queimaduras de primeiro grau. Ao sair da casa, o suspeito ainda a ameaçou de morte caso se relacionasse com outra pessoa.
C.C.L.F., outra vítima, contou que depois de agredida com chutes e socos pelo ex-marido ,ele ainda teve coragem de raspar o cabelo dela. No inicio deste ano, a vítima também teve um dos braços faturados pelo ex-companheiro, já que o mesmo não respeita a decisão da ex-companheira de manter o fim do relacionamento do casal.
RAYANE ALVES
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