O escândalo no Detran mistura alguns deputados estaduais e graduados ex-integrantes do governo e, dentre eles, o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, primo do governador Pedro Taques (PSDB), que foi preso juntamente com Savi e outras figuras – essa é a terceira prisão de Paulo Taques por supostos crimes que teria praticado quando na chefia da Casa Civil.
Antes e Savi foram presos José Riva e Gilmar Fabris. Além dessas prisões, a maioria dos deputados da legislatura em curso responde a algum tipo de ação, processo e investigações por improbidade administrativa – incluindo suposto recebimento de mensalinho. Dessa lista fazem parte Eduardo Botelho/DEM, o presidente da Assembleia; José Domingos (PSD), Wilson Santos (PSDB), Nininho (PSD), Romoaldo Júnior (MDB), Silvano Amaral (MDB), Baiano Filho (PSDB), Dilmar Dal’Bosco (DEM), Sebastião Rezende (PSC), Adalto de Freitas (Patriota), Wagner Ramos (PSD). Guilherme Maluf (PSDB), Oscar Bezerra (PSB) e Pedro Satélite (PSD).
PRISÕES – Desde a divisão territorial em 1978, que criou Mato Grosso do Sul, entre os deputados de todas as legislaturas, quem primeiro ficou atrás das grades foi José Riva, então presidente da Assembleia. Isso, em maio de 2014. Riva foi preso pela Polícia Federal numa das fases da Operação Ararath que dentre outros crimes (ainda) apura lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro.
Riva foi preso em outras três datas após o término de seu mandato de deputado. Sofreu condenações em primeira instância e recorre em liberdade.
Gilmar Fabris foi o segundo deputado estadual preso em Mato Grosso no exercício do mandato .
Fabris (PSD), vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, apresentou-se à Superintendência da Polícia Federal, em Cuiabá na sexta-feira, 15 de setembro de 2017, por volta de 14h20 e a PF cumpriu o mandado de prisão preventiva contra ele, expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, como parte da Operação Malebolge, desencadeada na véspera pela PF, com base na delação feita pelo ex-governador Silval Barbosa. A motivação para a prisão, segundo a PF,foi obstrução de justiça. A decisão de Fux também o afastou do cargo.
Fabris foi parar atrás das grades por um episódio isolado no contexto de mandados de busca e apreensão contra ele, que a PF cumpriu parcialmente na véspera. Antes das 6 horas, quando agentes aguardavam para entrar em seu apartamento no bairro Santa Rosa, em Cuiabá, o deputado saiu do local carregando uma pasta preta que supostamente teria documentos que deveriam ser apreendidos.
A Procuradoria Geral da República pediu a prisão e Fux a atendeu. Fabris foi à Superintendência da PF em Cuiabá e se entregou. Ficou preso por 40 dias. Sua soltura foi decidida em plenário pelos deputados sendo que 19 votaram pela liberdade e quatro não compareceram à sessão. Seus colegas também lhe devolveram o exercício do mandato, que havia sido suspenso por Fux ao decretar sua prisão.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTOS:
1 e 2 – Secom/AL em Arquivo