MT – Borralho

O adeus de Jorge Abreu

 

Jorge Abreu

Um acidente aéreo em 19 de setembro de 1998 na cabeceira da pista em Jauru botou fim à carreira política de Jorge Antônio de Abreu (PMN), 44 anos, deputado estadual em campanha pela reeleição.

 

O monomotor Corisco PT-NQG tentou decolar de Jauru para Comodoro, perdeu sustentação, caiu e explodiu. Jorge Abreu, o piloto João Figueiredo e o político Ronald Borges morreram no local. Márcio Ronaldo de Deus da Silva, assessor do parlamentar, sobreviveu.

Jorge Abreu era paranaense, engenheiro agrônomo e empresário; desde criança morava em Sinop onde administrava negócios da família e por duas vezes foi vereador (1988 e 1992) e presidiu a Câmara.

A Câmara de Sinop deu o nome de Jorge Abreu ao plenário das deliberações. A viúva Sinéia Abreu, foi vice-prefeita de Sinop em 2000 e vereadora em 2004.

 

Uma miss entre nós

 

A bela Josiane
Em 2000, a Miss Sinop e Miss Mato Grosso Josiane Oderdengen Krutiskoski conquistou o cetro da beleza brasileira,

A eleição de Josiane aconteceu num desfile realizado na Golden Room do Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro e transmitido ao vivo pela telvisão para todo o Brasil.

Josiane foi a primeira mato-grossense eleita a mais bela brasileira na passarela.

SINOP – O município de Josiane tem 3.941,958 km², 142.996 habitantes, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é 0,754 e a renda per capita R$ 41.408,12. É divisor das águas do Xingu e do Teles Pries – formador do Tapajós.

A economia é diversificada, mas se destacam a agricultura, pecuária, a industria e o comércio. Da fundação no começo da década de 1970 ao final dos anos 1990 Sinop foi o maior polo madeireiro nacional. A exaustão e o cerco ambiental inviabilizam essa atividade e muitos empresários locais que atuavam nesse segmento se transferiram para o Pará.

Sinop é a quarta maior cidade mato-grossense e a maior e mais importante do Nortão, é sede de comarca de entrância especial, polo universitário, seu aeroporto opera voos noturnos, tem alto padrão residencial. É a referência de prestação de serviço e comérico no Nortão. Ao lado do aeroporto opera um radar tridimensional da Força Aérea Brasileira. A Rodovia BR-163 cruza o perímetro urbano numa extensão de 30 quilômetros.

O município se emancipou de Chapada dos Guimarães e Nobres em 17 de dezembrro de 1979 por uma lei do deputado Osvaldo Sobrinho sancionada pelo governador Frederico Campos.

 

A professora que escolheu o nome Alta Floresta

 

Professora Nelza

Em Cuiabá uma jovem professora se sentiu instigada a participar de um inusitado concurso, não por sua modesta premiação, mas porque o vencedor ou vencedora entraria para a história. Foi assim que nasceu o nome Alta Floresta.

 

Professora de Matemática no Colégio Sagrado Coração de Jesus, Nelza Luci Asvolinsque Faria leu um anúncio no Diário de Cuiabá sobre a realização de um concurso para escolha do nome de uma cidade que o colonizador Ariosto da Riva implantava na Amazônia Mato-grossense. Nelza prestou atenção ao indicativo da localização do projeto, bem no alto do mapa em meio à mata densa. Sem pensar duas vezes, foi à Rádio A Voz D’Oeste, em Cuiabá, e depositou numa urna sua sugestão. Dai para frente caberia aos ouvintes aprovarem ou não o nome.

Nelza sugeriu Alta Floresta e venceu o concurso idealizado pelo coronel José Meirelles, ex-comandante do 9º Batalhão de Engenharia e Construção (9º BEC), que depois de se aposentar foi contratado por Ariosto para concluir a abertura de uma estrada ligando a BR-163 ao seu projeto. Meirelles topou o desafio e o cumpriu. Além disso, bolou o concurso vencido por Nelza, que posteriormente tornou-se cartorária no Cartório do 7º Ofício de Cuiabá.

 

Prefeita cassada

 

Luciane Bezerra
A prefeita Luciane Bezerra (PV), de Juara, foi cassada sob a acusação de improbidade administrativa pela Câmara, no sábado, 7 de julho. No lugar de Luciane assumiu o vice-prefeito Carlos Sirena (PL).

Numa sessão da Câmara, que durou mais de 35 horas, seis dos nove vereadores por Juara cassaram o mandato de Luciane. Denunciada por 50 cidadãos e entidades de seu município, de cometer irregularidade em processos de licitação e de desvio de dinheiro público, a prefeita perdeu o mandato. Enquanto os vereadores a julgavam, Luciane enfrentou um pedido de seu afastamento feito pelo Ministério Público (MP), ação essa que perdeu o sentido.

O mandato de Luciane foi conturbado. Em 20 de fevereiro de 2018 a Justiça determinou seu afastamento do cargo por 180 dias,acatando pedido do MP, que a acusa de fraudar a licitação para a reforma de uma escola no distrito de Paranorte. Depois de intensa batalha judicial a prefeita reverteu a situação em 28 de junho, quando reassumiu a prefeitura graças a decisão monocrática do presidente do Tribunal de Justiça, Rui Ramos.

Num episódio sem ligação com a prefeitura de Juara, quando Luciane era deputada estadual (2011/14) foi filmada e aparece em imagens recebendo maços de dinheiro de Sílvio Corrêa, à época chefe de Gabinete do então governador Silval Barbosa. Descontraída na cena, Luciane pede a Sílvio que lhe dê também o quinhão que seria do presidente da Assembleia, José Riva. Em delação premiada ao Ministério Público Federal homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, Silval informa que o dinheiro recebido por Luciane era propina paga por meio de mensalinho. As imagens foram apresentadas no Jornal Nacional da Rede Globo em maio de 2017 e nelas também apareceram outros então deputados em situação idêntica, a exemplo de José Domingos, Alexandre Cesar (procurador do Estado), Ezequiel FonsecaEmanuel Pinheiro (agora prefeito de Cuiabá)  e outros; todos negam que se tratasse de mensalinho.

FOTO:

Fablício Rodrigues – Site público da Assembleia Legislativa

 

Prefeitas se reelegem

 

Maria Izaura
No Nortão, duas mullheres foram reeleitas prefeitas.

Em Alta Floresta, a ex-economiária Maria Izaura Dias Alfonso administrou entre 2005 e 2012.

Em  Apiacás, a professora Silda Kochembgerger governou entre 2001 e 2008.

APIACÁS – Segundo maior município do Nortão, com 20.493,065 km² e 10.133 habitantes, seu IDH é 0,675 e a renda per capita R$ 14.625,46. A cidade é sede de comarca e não tem acesso pavimentado. A base econômica é a pecuária, mas até meados dos anos 1990 o garimpo de ouro era a base econômica.

Apiacás faz divisa com o Pará, no rio Teles Pires, e com o Amazonas, no rio Juruena. Na junção dos dois rios surge o rio Tapajós.

A emancipação aconteceu em 6 de julho de 1988 por uma lei do deputado João Teixeira sancionada pelo governador Carlos Bezerra.

FOTO: Prefeitura de Alta Floresta

 

O homem dos sete oficios

 

Manezinho
Figura respeitada e querida em Nova Bandeirantes, que ele conhecia como a palma da mão, pois ali estava antes da abertura da primeira rua, e dali jamais saiu.

Seu nome de batismo era Manoel Nascimento dos Santos, mas todos o conheciam por Manezinho da Coban. Baiano de Ilhéus, braço direito do colonizador Daniel Meneguel, Manezinho tocou quase todos os instrumentos – como se diz – até se aposentar.

Com a vida mansa, morando numa chácara nas imediações da zona urbana, Manezinho se dedicava a contar causos, falar da aventura que foi a construção de uma cidade nos confins amazônicos e a divulgar aquela terra que adotou como sua. Em dezembro do ano passado, uma ataque cardíaco o tirou para sempre do convívio com Nova Bandeirantes, da sua Nova Bandeirantes.

NOVA BANDEIRANTES – Município com 9.593,268 km² e 15.685 habitantes na comarca de Nova Monte Verde, emancipado de Alta Floresta e Juara em 20 de dezembro de 1991 por uma lei do deputado João Teixeira sancionada pelo governador Jayme Campos, Nova Bandeirantes tem renda per capita de R$ 13.941,11 e IDH de 0,650. A cidade tem acesso pavimentado.

A base econômica é a pecuária, mas o município também viveu o Ciclo do Ouro no Nortão A cafeicultura foi importante atividade. Ao longo da colheita do café, de abril a setembro, as comunidades rurais iguais a São Paulo, Cristo Redentor, Sagrada Família, Santa Rita, Santa Luzia, São José, São Brás, Nossa Senhora do Carmo e Japuranã, promoviam festas com quermesses nos finais de semana. O ponto alto das festividades acontecia na cidade, em outubro, quando era eleita a Rainha do Café de Nova Bandeirantes. Em 2000, a vencedora do concurso Rainha do Café de Nova Bandeirantes foi Harielle Francini Beltramin, que recebeu o cetro da antecessora eleita no ano anterior, Fernanda Tessaro.

O nome Nova Bandeirantes foi escolhido por Daniel Meneguel, para homenagear a cidade paranaense de Bandeirantes, sede de sua colonizadora e local onde foi lançado o projeto de colonização no Vale do Rio Juruena.

FOTO: Geraldo Tavares

 

O Poeta para sempre no Nortão

 

Drummond entre nós

Drummond em Mato Grosso. Quem diria que o Poeta com seus versos e rimas, sua poesia singular estaria para sempre em Mato Grosso?

 

Cidade Bonita. Este é o nome Tabaporã na linguagem tupi. Trata-se da junção das duas palavras pela genialidade do poeta Carlos Drummond de Andrade, para denominar um projeto de colonização rural e urbana próximo a Juara, de José Pedro Dias, o Zé Paraná, e seu sócio Isaías Apolinário.

O mineiro Drummond, Poeta Maior do Brasil, sugeriu a denominação da futura cidade atendendo solicitação de seu amigo Hermano Moisés, genro de Isaías. Num encontro em São Paulo, Hermano disse a ele que o sogro estava colonizando uma área em Mato Grosso, mas que a mesma ainda não tinha nome. “Encontre um nome bonito pra aquilo!”, pediu Hermano. Drummond, de imediato o atendeu.

Assim, em 17 de agosto de 1984, exatamente três anos antes de sua morte, o Poeta inscreveu seu nome na história da colonização de Mato Grosso, ao denominar de Tabaporã – uma vila que surgia nos confins amazônicos.

FOTO: Revista Cult

 

Pedro Porta Aberta e a fatalidade

 

Pedro Porta Aberta

Destino de sonhadores ousados, o Nortão desafiava a capacidade de seus habitantes. Nos primórdios de Paranaíta a família de Pedro Alcântara montou um bar que era frequentado por garimpeiros de ouro. O estabelecimento sequer tinha porta e muito menos nome na fachada.

 

A sabedoria popular o apelido de Bar Porta Aberta. Pedro Alcântara pegou gosto pela política, Foi diretor do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) e prefeito do município (2005/08). O Alcântara do sobrenome nome foi substituído por Porta Aberta, que passou a ser a marca da família. Virou Pedro Porta Aberta.

Em 27 de abril de 2014, por volta de 20 horas, Pedro Porta Aberta trafegava pela MT-206, que liga sua cidade a Alta Floresta e bateu na traseira de uma moto pilotada por Osmar Trindade e que carregava Cleudenice Pereira Prates na garupa. Os três morreram no acidente, que aconteceu próximo ao córrego Sucuri, distante 10 quilômetros de Paranaíta.

FOTO: blogdoeduardogomes

 

O Japão é aqui

A bela Yumi
Patrícia Yumi Nagata, de Sinop, foi a Miss Nikkey Brasil 2013.

Patrícia venceu esse concurso nacional que é realizado anualmente, desde 2008, e elege a mais bela descendente de japonês ou japonesa radicada no Brasil, e cujo objetivo é manter acesa a cultura nipônica.

Neste ano de 2020, em razão da pandemia, o concurso ainda não foi realizado e não previsão para sua realização.

Nikkei é descendente de japonês nascido no exterior, ou até mesmo o natural da Terra do Sol Nascente que reside em outro país. O concurso alterou a grafia para Nikkey.

Sinop, a cidade de Patrícia, tem expressiva colônia nipônica. No Brasil vive a maior população japonesa no exterior.

FOTO: Divulgação

 

Pouca presença feminina

 

Bia Sueck
Eleitoralmente o Nortão é mahcista. Somente quatro mulheres administram prefeituras na região.

Bia Sueck, em Nova Monte Verde, se elegeu pelo MDB e cumpre o segundo mandato alternado.

Terezinha Carrara, em Nova Santa Helena, e Carmem Martines, em Carlinda, ambas pelo democratas, foram eleitas prefeitas. Terezinha é mulher de Roque Carrara, que também foi prefeito de Nova Santa Helena.

Rosana Martinelli (PL) é prefeita de Sinop, o maior município de região. Antes de ser prefeita Rosana foi vice-prefeita.

FOTO: Prefeitura de Nova Monte Verde

 

Vítima do coronavírus

 

Luiz Nunes
Luiz Nunes, 54 anos, foi a primeira vítima fatal do coronavírus em Mato Grosso. Era hipertenso e diábetico,

Nunes era casado e gerente de um supermercado em Lucas do Rio Verde, onde morreu num leito de hospital em 3 de abril deste 2020. Desde 29 de março ele estava hospitalizado.

A morte de Nunes despertou a atenção de Mato Grosso para a gravidade da doença.

FOTO: Facebook de Luiz Nunes

 

Batom

 

A presidente Luleide
Santa Carmem é o único município em Mato Grosso onde as mulheres são maioria na Câmara Municipal.

Com nove vereadores, em 2016 Santa Carmem elegeu cinco mulheres: Luleide Silva, Ana Paula Araújo, Luiza Maziero, Marlene Pereira Alexandre e Elizete Faita.

Luleide preside a Câmara, que na composição da mesa diretora ainda tem as vereadoras Ana Paula Araújo (vice-presidente) e Luiza Maziero (2ª secretária).

SANTA CARMEM – Em 1970, produtores rurais compraram parcelas da Gleba Celeste, onde mais tarde surgiria o município de Santa Carmem. Os negócios eram fechados com base em informações de corretores e a localização dos imóveis por mapas elaborados pela Colonizadora Noroeste do Paraná (Sinop), de Ênio Pipino. Foi assim, naquele ano, que o agricultor Henrique Avelino Pereira tornou-se proprietário em Santa Carmem. Um ano após o negócio, Henrique trocou Diamante do Norte, no Paraná, por uma aventura na Amazônia. Para conhecer a área, viajou de ônibus até Cuiabá, de onde num monomotor voou até o acampamento do 9º Batalhão de Engenharia de Construção (9º BEC) na BR-163, no lugar onde mais tarde seria Lucas do Rio Verde. Para completar o trajeto, de jipe, chegou à gleba.

Henrique foi o primeiro morador nas imediações da futura cidade. Depois de sua chegada começou a construção da vila com a abertura da Avenida do Comércio, onde o estabelecimento pioneiro foi a loja de Ana José da Silva. Gente de todos os cantos do país mudou-se para Santa Carmem nos primeiros anos de sua colonização, mas o grosso do contingente populacional era originário do Sul, sobretudo do Paraná.
Serrarias se instalaram em Santa Carmem. A extinta empresa estatal do Ministério da Agricultura, Companhia Brasileira de Alimentos (Cobal) montou uma mercearia no lugar para assegurar a distribuição de secos e molhados, já que o acesso à futura cidade era precário, sobretudo no período das chuvas, o que desestimulava a abertura de supermercados.

Santa Carmem

Distante 34 quilômetros de Sinop, Santa Carmem tanto se beneficia quanto é prejudicada por essa proximidade. Sua população busca saúde, ensino superior e boa parte dos serviços públicos burocráticos na vizinha metrópole regional. Sua taxa de crescimento é prejudicada pela concorrência predadora do desenvolvimento sinopense.

A cidade recolhe o lixo, garante água em todos os imóveis urbanos, mas não tem rede de esgoto. Seu índice de violência é considerado baixo e o município tem boa regularização fundiária. Praticamente todas as ruas são pavimentadas. O município é um dos divisores das bacias do Teles Pires e do Xingu.

A Rodovia João Adão Scheeren (MT-140) foi pavimentada em 2005 por meio de um consórcio do governo estadual com produtores rurais ligados à Associação dos Beneficiários da MT-140, liderados pelo produtor Eurides Ceni. No trecho urbano em Sinop a estrada tem uma ciclovia paralela que atende à grande demanda de moradores na região.

Santa Carmem foi elevada a distrito de Sinop em 10 de dezembro de 1981, quando o governador Frederico Campos sancionou uma lei de autoria do deputado Alves Ferraz aprovada pela Assembleia Legislativa. O município foi criado em 19 de dezembro de 1991, por uma lei do deputado Hermes de Abreu sancionada pelo governador Jayme Campos. Santa Carmem pertence à comarca de entrância especial de Sinop.

A denominação do lugar foi escolhida por Ênio Pipino, por sua filosofia de dar nomes femininos às cidades por ele colonizadas. Santa Carmem é homenagem a Carmem Ribeiro Pitombo, tia da mulher de Pipino, Nilza de Oliveira Pipino. O município tem 3.855,262 km², 4.563 habitantes, a renda per capita é R$ 71.232,82 e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 0,715.

O mecânico Aarão Avelino Pereira, filho do pioneiro Henrique Avelino, mudou-se para Santa Carmem em companhia do pai e chegou a subprefeito do então distrito em 1983. Aarão acompanhou todas as transformações sociais locais. 

MEMÓRIA – Nortão, 1980. Pé firme no freio. A Chevrolet C-14 pára. O motorista engata a primeira marcha puxando a alavanca pra baixo. Lentamente a camionete cruza a pequena ponte de madeira sobre o rio Azul, mas o faz engasgando. Aos trancos chega à vila de Santa Carmem. O remédio é procurar um mecânico. Um mecânico, não; o único do lugar, o jovem paranaense Aarão Avelino Pereira. O cliente era ninguém menos que Ênio Pipino, o dono da colonizadora Sinop.

Tímido, Aarão recebe Ênio Pipino e faz o diagnóstico mecânico. “É o platinado, seo Ênio. Mas vou dar um jeito”. Num piscar de olhos a peça é lixada e o veículo está pronto. A oficina funcionava debaixo da copa de uma árvore, à base do improviso. O cliente pergunta a Aarão se ele não tinha um lote para se instalar. “Quem sou eu, seo Ênio!”, Aarão admite sua fraqueza.

Sem muita conversa, Ênio Pipino doou ao mecânico um lote na avenida principal e sua oficina ali funcionou até 2015, quando baixou as portas, pois o mecânico perdeu parte da capacidade motora ao ser afetado por uma neuropatia, que o prendeu a uma cadeira de rodas.

FOTOS:

1 – Câmara de Santa Carmem

2 – Prefeitura de Santa Carmem
.

manchete