Nos 13 municípios de Mato Grosso com mais de 50 mil habitantes residem 2.103.553 cidadãos que correspondem a 57,49% dos 3.658.649 mato-grossenses. Nestas localidades, 10 prefeitos são pré-candidatos à reeleição e três cumprem o segundo mandato. A maioria nasceu em outros estados, três vice-prefeitos romperam politicamente com o titular e um se envolveu em escândalos.
São pré-candidatos à reeleição Kalil Baracat (MDB), em Várzea Grande; Roberto Dorner (PL), em Sinop (196.312 habitantes); Vander Masson (União), em Tangará da Serra 106.435); Eliene Liberato (PSB), em Cáceres (89.681); Adilson Gonçalves (União), em Barra do Garças 69.210); Chico Gamba (União), em Alta Floresta (58.613); Miguel Vaz (União), em Lucas do Rio Verde (83.798); Leandro Félix (União), em Nova Mutum (55.839).
Cumprem o segundo mandato Emanuel Pinheiro (MDB), em Cuiabá (650.877 habitantes); Zé Carlos do Pátio(PSB), em Rondonópolis (300.078); Ari Lafin (PSDB), em Sorriso (110.635); Léo Bortolin (MDB), em Primavera do Leste (85.146); Alcino Barcelos (Republicanos), em Pontes e Lacerda (52.018).
DIVERGÊNCIAS – Em Rondonópolis, o vice-prefeito Aylon Arruda deixou o PSD do senador Carlos Fávaro e filiou-se ao Republicanos do vice-governador Otaviano Pivetta. Aylon se sentia desconfortável no seu antigo partido, que naquela cidade deverá integrar a aliança com o PSD e o PT, na qual o nome escolhido para a prefeitura é o do servidor público Paulo José (PSB).
Eleito vice-prefeito de Sinop pelo PTB, Dalton Martini entrou em conflito com Roberto Dorner no começo da administração. De olho na prefeitura, Martini filiou-se ao PL, mas foi atropelado por Dorner, que trocou o Republicanos pelo PL de Jair Bolsonaro. Com a filiação do prefeito, Martini saiu do PL para o Novo.
ESCÂNDALOS – Emanuel Pinheiro está à frente de uma administração marcada por escândalos, prisões de secretários e outros servidores; sofreu afastamento judicial do cargo e carrega um esqueleto que teima em sair do armário: o vídeo onde aparece recebendo maços de dinheiro de Sílvio Corrêa, então chefe de Gabinete do à época governador Silval Barbosa; numa cena rocambolesca, Emanuel Pinheiro deixa cair um maço de dinheiro do bolso de seu paletó. A gravação data do período em que Emanuel Pinheiro era deputado estadual e o dinheiro seria propina, conforme Silval e Sílvio declararam em delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal – Emanuel Pinheiro nega e alega a mais cândida inocência.
NATURALIDADE –Kalil Baracat nasceu em Várzea Grande; Emanuel Pinheiro, em Cuiabá; Vander Masson, em Nova Olímpia. Chico Gamba, Leandro Félix, Zé Carlos do Pátio e Ari Lafin são paranaenses; Dorner e Miguel Vaz são catarinenses. Alcino Barcelos e Adilson Gonçalves são sul-mato-grossenses; Léo Bortolin é paulista; e Eliene Liberato é potiguar.
SUPLEMENTAR – Leonardo Bortolin, o Léo Bortolin, se elegeu vereador por Primavera do Leste em 2016 e conquistou a presidência da Câmara. A chapa eleita para a prefeitura e ele assumiu o cargo.
A chapa cassada era formada pelo prefeito Getúlio Viana (PSB) e o vice José Alécio Michelon, o Zezinho (PSDB).
Numa eleição suplementar Léo foi mantido no cargo e em 2020 novamente conquistou a prefeitura. Em outubro de 2023 Léo foi eleito presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) para um mandato de três anos.