O Xavante

O Xavante está localizado nos municípios de Barra do Garças, Canarana, Santo Antônio do leste, General Carneiro, Campinápolis, Água Boa, Ribeirão Cascalheira, Nova Nazaré, Novo São Joaquim, Paranatinga e Bom Jesus do Araguaia.

 

Temos aproximadamente vinte a vinte e quatro mil pessoas segundo dados do Sesai. Vivemos de caça e pesca, estamos sendo forçado a viver seguindo a tradição da globalização : como comidas, vestuários e até mesmo no modo de fazer política. Tudo isso estamos aprendendo seguindo instruções do indigenismo.

Aprendemos a tomar café da manhã todo dia e isso nos trás o desejo de adquirir mais café e trigo para que se tenha todo dia.

Aprendemos a apreciar alguns guloseimas e isso nos trouxe diabetes e pressão alta e alta mortalidade entre anciãos. Com isso o xavante torna-se individuo fraco sem resistência, deixando de lado aquele xavante com resistência, que aguenta o calor do sol, do frio, a fome e preparado durante a sua formação para suportar todo tipo de situação. Atualmente o xavante está procurando a seu modo de só revivencia no mundo globalizado, onde em muitas vezes fica perdido, porque o nosso modo de pensar é muito diferente do que a sociedade envolvente.

O Xavante não está preparado para competir com a ideia com o mundo capitalista. O mundo xavante é o mundo socialista, comunitária, nada a ver socialista europeia. Aqui é dos indígenas brasileiros. Na atualidade existem xavante na aldeia, aqueles que lutam para sobreviver na aldeia dentro do seu território. Existem xavante na cidade, aqueles que buscam se interagir com o mundo da cidade, de jeito acham que assim garantem o futuro de seus filhos no mundo globalizado. Ambas as partes participam do processo de formação tradicional xavante, de um jeito deixando que seus filhos participem da cada ciclo de vida e das etapas.

Estes dois mundos está em conflitos, conflitos silencioso que no futuro próximo terá efeito e consequências. Os que ficam na aldeia defendem a cultura com seu ser, garantem a formação humana (espiritual e física) como o xavante deve ser. É preciso ter força espiritual para ser um dos curandeiro, ser um bom caçador, ser um homem de casa, ser um sonhador e ser um bom xavante. É isto é muito pelo contrário do que o capitalismo dita, ser individualista.

Também o maior problema é que estamos rodeados cada vez mais de monoculturas, dificultando cada vez mais a realização de caça.

Também já timidamente as moças e rapazes namorando na cidade, bebendo, fumando. Alguns conseguem sobreviver de boa e outras passam dificuldades, mas mesmo assim não querem retornar para aldeia.

Temos muita dificuldade em assumir o protagonismo nas instituições ligadas as questões Indígena (xavante), devido aas artimanhas que desarticula as organizações, criam uma rixa no meio para dizer que ainda é o momento de assumir. Vai levando de barriga até ser esquecido.

Professor Xisto Tserenhir’u  – Aldeia Nova Esperança – Terra Indígena São Marcos – Barra do Garças 

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