De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública, das 82 mulheres assassinadas no ano passado, 38 foram vítimas de feminicídio (46%) e 32% ainda estão sendo apurados.
No entanto, a violência doméstica atinge índices ainda mais alarmantes. Estudos sobre o tema apresentados na Conferência Internacional de Direitos Humanos realizada pela OAB em maio do ano passado apontam que quase 15% de todos os homicídios resultam de violência doméstica.
O levantamento ainda aponta que 56% desses crimes são cometidos entre 18h e 6h e, em relação aos dias da semana, 32% ocorrem no sábado ou domingo. Por isso, a necessidade de atendimento em regime de plantão é essencial para que as vítimas possam buscar o socorro adequado para sua proteção.
Apesar dos registros poderem ser feitos junto à Central de Flagrantes, que mantém funcionamento 24 horas, a vice-presidente destaca a necessidade de atendimento especializado às mulheres vítimas de violência.
O secretário informou que as reformulações estão sendo estudadas, inclusive com a separação do Núcleo do Idoso, que atualmente funciona junto à Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da unidade, visando otimizar os atendimentos a serem prestados.
Além da reforma na unidade física, Alexandre Bustamante pondera que as mudanças estruturais, que dependem de contratação e remanejamento de pessoal, são mais complexas e, por isso, a viabilização do regime de plantão na unidade não pode ser imediata, mas já estão sendo realizados estudos e esforços para a implantação da mudança.