Obrigado Helmute Lawish

Helmute, você é um gol de placa do futebol mato-grossense sempre rondado pelo WO coletivo. O desfecho do Luverdense Esporte Clube nessa temporada de 2017 na Série B é apenas um lance – desfavorável, mas somente um – na imaginária partida que seu clube disputa em sua trajetória vitoriosa iniciada em 24 de janeiro de 2004.

O Luve não baixará a cabeça. Sua curta e brilhante história acumula títulos regionais e em quatro temporadas na Série B deixou sua marca. Sua vaga naquela competição será reconquistada em campo, com o desempenho de seu elenco, mas principalmente por sua capacidade de planejamento e articulação.

Mato Grosso tem que ser orgulhar de seu Luve, clube que por quatro anos consecutivo disputa a Série B, à qual chegou por mérito classificatório na Série C em 2013. Na divisão de acesso ao futebol de elite, em 2014, foi o 12º, com 50 pontos; em 2015, com 54 pontos ficou em 10º; no ano passado, conquistou 55 pontos ficando em 9º. Na competição em curso chegou a 41 pontos em 17º deixando para trás Santa Cruz (35), Náutico (33) e ABC de Natal (32). No próximo sábado, 25, na última rodada, Lucas do Rio Verde irá ao Passo das Emas aplaudir sua equipe, que fecha o campeonato enfrentando o Náutico.

Sua paixão pelo futebol, sua visão empresarial, sua liderança regional e sua dedicação deram forma ao clube e ao time do Luverdense. Vitórias e fracassos são peças da engrenagem do futebol. Em muitos jogos, em Lucas e fora, seus jogadores foram brilhantes, mas o capricho dos deuses do futebol não deixava a gorduchinha cruzar a mágica linha da cal onde o goleiro permanece quase sempre num estranho balé pra lá e pra cá.

Não faltou empenho da equipe nem competência ao técnico Júnior Rocha. A torcida sempre se fez presente com seu grito de guerra. A estampa da camisa verde e branca que orgulha Mato Grosso sempre teve a presença de grandes marcas patrocinadoras.

O Luverdense é grande. Lucas do Rio Verde, maior.

Sua terra é um dos principais polos do agronegócio do mundo. Sua gente é valente: lembro-me muito bem do episódio da derrubada das torres de energia elétrica quando o linhão passava sobre ela, mas não havia rebaixamento, o que forçava o funcionamento de motores diesel estacionários. Lembro-me mais e bem antes: quando o coronel José Meirelles à frente do 9º BEC abria a Cuiabá-Santarém, seu acampamento em Lucas era infestado pelo mosquito transmissor da malária, o que o obrigou a inventar carroções que avançavam na medida em que os trabalhos evoluíam; e num recuo ainda maior lembro-me da Lucas que não passava de um projeto, mas de braços abertos para receber os pioneiros que chegavam da Encruzilhada Natalino, em seu Rio Grande do Sul.

Município forte. Povo valente. Por isso, o que ora acontece não vai além de um incidente de percurso que será superado sob a liderança do presidente do Luverdense, Helmute Augusto Lawisch, um ex-líder universitário, pioneiro em Lucas, empresário rural de visão, agrônomo que domina a ciência agronômica, combativo dirigente ruralista, desportista nato, guitarrista e cantor a quem todos nós de Mato Grosso muito devemos.

Obrigado Luverdense!

Obrigado Helmute Lawish!

A bola vai continuar rolando.

Até o próximo gol!

Eduardo Gomes de Andrade

Editor

blogdoeduardogomes2017@gmail.com