O prédio Palácio Alencastro, sede da prefeitura de Cuiabá, foi alvo de mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira. A ação faz parte da Operação Malebolge deflagrada pela Polícia Federal. De acordo com informações, ao mesmo tempo em que os agentes cumpriam ordens na prefeitura outros agentes também estavam na casa do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), que também foi delatado e filmado recebendo malotes de dinheiro de uma suposta propina. Emanuel foi flagrado em um vídeo recebendo dinheiro, que inclusive deixou cair da sala do ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Correa. À época deputado estadual.
Além da prefeitura, o prédio a Assembleia Legislativa e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) também foram alvos da operação, que também trata da 12ª fase da Operação Ararath, deflagrada na Capital, em 2014.
Até às 8h20 de hoje, as informações davam conta de que os policiais cumprem mandados em 64 endereços, sendo que destes 11 são na cidade, nove em Mato Grosso, Distrito Federal e ainda na capital de São Paulo.
Delação – A delação que resultou na operação foi firmada junto a Procuradoria-Geral da República (PGR) por Silval e homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.
Assembleia – A Assembleia foi o primeiro alvo da operação da PF. Vários mandados de busca e apreensões foram cumpridos. A operação é para combater os crimes de corrupção que supostamente envolvem políticos, empresários e agentes públicos.
Segundo as primeiras informações, os policiais federais chegaram a Assembleia por volta das 5h45 da manhã. Os agentes fizeram buscam nos gabinetes dos deputados Oscar Bezerra (PSB), Domingos Fraga (PSD) e Silvano Amaral (PMDB) e outros.
TCE – Os conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) também são alvos da operação. De acordo com o documento de Silval Barbosa, os conselheiros receberam pelo menos R$ 53 milhões para que as contas da gestão dele fossem aprovadas.
Rayane Alves