No legislativo, o quadro não é muito diferente. Dos 513 deputados federais eleitos em 2014, apenas 51 eram mulheres; a bancada federal mato-grossense não elegeu mulher. Isso significa uma proporção de menos de uma mulher para cada dez deputados homens.
Membro da bancada feminina da Câmara Federal, a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) defende a adoção de políticas públicas que efetivamente sejam mais igualitárias entre homens e mulheres. “Penso que cada vez mais é necessário políticas afirmativas. Você não pode tratar o desigual de maneira igual. É preciso que você ajude a superar algo que é o mais difícil que tem, que são os aspectos culturais. Você transformar o tipo de machismo que existe na sociedade brasileira, que é secular, você precisa traduzir isso em políticas públicas com essa visão de superar desigualdades”, disse.
Um relatório apresentado no ano passado pelo Fórum Econômico Mundial indicou que o Brasil ocupa a posição de número 79 entre 144 países avaliados na participação política e econômica das mulheres.
O levantamento estima ainda que, nesse ritmo, países como o Brasil demorariam 170 anos para alcançar a igualdade econômica entre mulheres e homens.
Tácido Rodrigues/Agência do Radio Mais
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