Com modelo pedagógico que foca em melhorar a fluência no idioma, recurso online quer mudar a forma do ensino no Brasil
Com a proposta de mudar a metodologia em ensino de idiomas no país, será lançado neste mês a Best View Inglês, plataforma de ensino online que propõe uma didática baseada no processo de aprendizagem dos brasileiros e recursos como comunicação natural, avaliação de desempenho e feedback constante, contando com professores e mestres em língua inglesa com certificações diversas. A pior proficiência entre os estados é a mato-grossense, com 45,4 pontos.
Segundo uma pesquisa da EF Education First, o Brasil está em 41° lugar em um ranking mundial de proficiência em inglês. De acordo com Rodrigo Bucollo, CEO da Best View, esse estudo revela o que ele já vinha pesquisando há anos: metodologia de ensino nas escolas brasileiras. Para Bucollo, o país ocupa esta colocação por não ter uma metodologia aplicada nas escolas que se adequem ao modelo de ensino do país e é isso que ele visa mudar com a plataforma. “Hoje, não existe mais um estudo pedagógico, sala de aula, gestão, avaliação e formação de professores e coordenadores, qualquer um pode dar aula. Mais de 45% dos alunos não terminam o primeiro ano de estudo, segundo a ABF a média de estudo em um curso é de no máximo 15 meses”, comenta.
Por ser um recurso online e com uma didática voltada para a realidade do brasileiro, o professor acredita que educação e metodologia devem, sim, ser aliadas, principalmente com o uso da internet. “O brasileiro tem muita dificuldade em aprender o idioma porque a maioria das escolas erram ao querer traduzir o inglês para o português, na nossa plataforma não existe tradução, ele precisa ver e ouvir, assim como fazíamos quando éramos crianças. Por isso o recurso audiovisual é tão importante neste momento de aprendizagem”, explica.
Para Bucollo, este é o momento de mudar a forma como o aluno enxerga o ensino em inglês, e faze-lo entender que ele pode ter a autonomia e comodidade que o EAD proporciona. “O aprendizado deve ser algo prazeroso para o estudante para que ele possa aprender naturalmente o idioma. Claro que existe uma necessidade de dedicação, se ele se dedicar da forma como orientamos, ao término de um ano ele irá se comunicar com qualquer pessoa em inglês”, finaliza Bucollo.
RANKING – Na pesquisa entraram 18 das 27 unidades federativas; os excluídos da listagem não tiveram o quantitativo mínimo de participantes na pesquisa para ter relevância estatística. De 0 a 100, eis o resultado por faixa de proficiência: Moderada – Distrito Federal, com 53,73; Rio Grande do Sul (53,06), Paraná (52,94) São Paulo (52,89) e Santa Catarina (52,6); Baixa – Mato Grosso do Sul, com 52,48; Rio de Janeiro (52,21), Minas Gerais (51,03), Ceará (50,89), Maranhão (50,88), Pernambuco (50,56), Espírito Santo (49,96), Paraíba (49.18) e Pará (48,5). Muito Baixa – Rio Grande do Norte, com 48,45; Bahia (48,42), Amazonas (47,23) e Mato Grosso (45,4).