Nhambiquara não erra alvo. Tanto não erra que acertou o peito do coronel Rondon com uma flecha envenenada. O herói mato-grossense foi salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda, onde a haste encravou.
Ao invés de mandar seus subordinados reagirem, Rondon bateu em retirada, não sem antes cunhar aquela que seria sua frase mais conhecida e que tão bem emoldura seu perfil humanista: Morrer se preciso for; matar nunca.
A flechada em setembro de 1913, no cerrado do Chapadão do Parecis, é referência obrigatória na biografia daquele que mais tarde seria o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, Patrono das Comunicações no Brasil, Patrono da Arma de Comunicação do Exército e que emprestaria seu nome ao Estado de Rondônia, a cidades, avenidas, ruas, bairros, praças, conjuntos habitacionais, lojas maçônicas, viadutos, rodovias, faculdades, escolas, quartéis, aeroportos, prédios, centros acadêmicos etc.