Rondonópolis reverencia carreiros

O ontem e o hoje

Um dos símbolos de Rondonópolis é a Praça dos Carreiros, situada entre as avenidas Amazonas e Marechal Rondon, e as ruas Rio Branco e Dom Pedro II, na região central.

O simbolismo daquele logradouro se deve ao seu nome, com o qual o município reverencia os homens que no primitivo meio de transporte puxado por juntas de bois, faziam o vaivém entre a cidade, as localidades da região e a zona rural.

Até 1978 a área da Praça dos Carreiros não era urbanizada. Aos sábados, abrigava uma feira livre. Circos eram armados em um de seus cantos. Motoristas de caminhões faziam ponto à espera de frete para as fazendas em fase de abertura e para os garimpos de diamante em Paranatinga, Guiratinga, Tesouro e Poxoréu. Protegidos do sol pela sombra de um tamboril, os donos do volante jogavam baralho sobre uma mesa com a logomarca da Brahma, que lhes foi dada por Artêmio Capelotto, sócio da distribuidora daquela marca de cerveja na cidade, mas com a condição que bebessem somente cerveja e refrigerantes Brahma no vizinho Bar do Nilo na esquina da Avenida Amazonas com a Rua Rio Branco.

O novo monumento

A construção da praça leva a chancela da ousadia do então prefeito Walter Ulysséa (1977/82), que incluiu ao projeto um rústico carro de boi, tanto para reforçar a reverência aos carreiros, quanto para realçar o nome do logradouro. Mais tarde o prefeito Percival Muniz mandou esculpir em tamanho natural um carro de boi puxado por duas juntas.

Por inércia do prefeito Zé Carlos do Pátio, a Praça dos Carreiros e seu símbolo estão abandonados à espera de reforma e conservação.

Da Redação – blogdoeduardogomes

FOTO: blogdoeduardogomes