Carlos Avalone, secretário de Desenvolvimento Econômico do governo de Pedro Taques é um dos alvos da Polícia Federal na operação Malebolge. Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na secretaria de Avalone, sua casa e suas empresas. Essa é a segunda vez que Avalone vira alvo da PF, sendo que da primeira foi preso.
Pesa contra Avalone a denúncia de que a Construtora Três Irmãos Engenharia – dele e dois irmãos – teria feito a intermediação para que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, pagasse R$ 3 milhões ao ex-secretário de Estado Éder Moraes, para que o mesmo mudasse sua versão na suposta compra de vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE) para Sérgio Ricardo. Essa negociata, segundo Silval, foi bancada por ele e Blairo – cada um arcando com R$ 3 milhões.
A prisão de Avalone aconteceu em agosto de 2009 e foi deflagrada pela PF para investigar um grupo formado por grandes empreiteiros mato-grossense que controlava a execução das obras de saneamento do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá e Várzea Grande. Avalone foi para trás das grades em companhia 10 outros presos, dentre eles o ex-prefeito de capital, Anildo Lima Barros, o empresário Jorge Pires de Miranda, o então procurador da prefeitura cuiabana José Antônio Rosa, dirigentes do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) e Sindicato da Construção Pesada (Sincop) e outros.
A prisão foi revogada rapidamente e a operação volatilizou-se. Pacenas é a grafia inversa de Sanecap, que era a sigla da companhia municipal de água e esgoto de Cuiabá.
Pedro Taques não se manifestou sobre o envolvimento do nome de seu secretário com os escândalos em apuração.
Da Redação
Foto: Arquivo