Diretores de escolas estaduais de Cuiabá e outros 12 municípios aguardam até a manhã da quinta-feira, 28, pela transferência do PDE – relativo ao terceiro semestre do ano – pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), para a manutenção de suas escolas. Caso isso não ocorra, farão protesto amanhã, no gabinete do secretário de Educação, Marco Marrafon. O alerta é do presidente do Colegiado de Diretores de Cuiabá e Vale do Rio Cuiabá (CDC), Dimas Antônio Silva. A Seduc não reconhece a existência de pendência.
Dimas Antônio explica que o PDE é o Programa Dinheiro na Escola, que trimestralmente transfere recurso da Seduc para as escolas administrarem diretamente as pequenas obras de reparo, troca de lâmpadas, substituição de torneiras ou vaso danificados, conserto de janelas com problemas, reforma de piso comprometido e outros.
O recurso do PDE, segundo Dimas Antônio, chega aos cofres nos primeiros dias de cada trimestre, para que possam ser aplicados, se necessário, naquele período. No entanto, segundo ele, sistematicamente a Seduc atrasa a transferência dos valores.
Dimas Antônio fala sobre valores. Segundo ele, escola do porte da sua, a Ulisses Cuiabano, no bairro Jardim Cuiabá, com 800 alunos em dois turnos, recebe duas parcelas de R$ 21 mil e duas de R$ 14 mil. O dinheiro “é curto”, observa acrescentando que a situação das escolas fica ainda mais complicada com os atrasos, que no ano passado foram regra.
Em nota a Seduc rechaça. Diz que “os repasses do Projeto Político Pedagógico (PPP), são prioridade”. Acrescenta que tem prazo até o último dia útil do trimestre para tanto.
O entendimento da CDC dirigida pelo professor Dimas Antônio é outro, “o repasse tem que ser feito no começo do trimestre”, apimenta. A entidade que representa 103 escolas partirá para o protesto no gabinete de Marrafon, caso a transferência não aconteça na madrugada.
EDUARDO GOMES/blogdoeduardogomes
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