Tenho observado com bastante recorrência a manifestação pacífica de parcela da população brasileira pedindo intervenção militar no governo brasileiro e essa manifestação, tem sido motivada pela insatisfação e descrédito que esse segmento da população tem tido com os poderes constituídos da nação, principalmente com os membros do poder executivo e os integrantes do poder legislativo em relação a corrupção e malversação do dinheiro público
Muitas das pessoas que pedem a intervenção militar o fazem remetendo ao período do regime militar ocorrido na década de 60 onde os militares assumiram os rumos da nação e, de acordo com várias pessoas que viveram nessa época, promoveram o desenvolvimento do país em diversas áreas como infraestrutura, mineração, energia elétrica, rodovias, ferrovias e demonstraram grande organização administrativa.
Atualmente as instituições militares como Forças Armadas, Corpos de Bombeiros Militares e Polícias Militares são consideradas instituições de grande credibilidade na sociedade, e a sua organização e forma de gerir os recursos públicos, os qualificam como bons administradores e gestores menos corruptíveis.
Apesar de todas essas considerações, não existe dentro dos quarteis federais (exército, marinha e aeronáutica) ou estaduais (polícia militar e Corpo de Bombeiros Militar) nenhuma intenção ou vontade de assumir os rumos do país a FORÇA.
Existe sim, uma grande vontade de ajudar o desenvolvimento do Brasil e dos Estados, como Mato Grosso, entretanto, essa vontade está sendo pensada e organizada para ocorrer da maneira mais legitima possível, ou seja, por meio do voto e do sufrágio eleitoral.
Eu não tenho medo algum em afirmar e reafirmar, este ano haverá INTERVENÇÃO MILITAR no Brasil, entretanto essa intervenção será nas urnas com o grande número de militares que se colocarão em condições de serem votados pela população para tentar mudar a realidade de nossa política e de nossa administração.
Desde a assunção de um civil como Presidente da República em março de 1985 (Jose Sarney), inúmeras regras e obstáculos foram colocados na legislação exclusivamente contra os militares, para se evitar que estes participassem da política, como por exemplo:
i) Os militares não podem se filiar à partidos políticos;
ii) O militar com menos de 10 anos de serviço se se candidatar será licenciado automaticamente da instituição;
iii) O militar com mais de 10 anos se eleito, na sua diplomação é transferido ex ofício para a reserva e não pode retornar ao final do mandato para continuar a sua carreira.
Apesar de todos os obstáculos e da grande dificuldade do militar de participar da política, neste ano não tenho receio algum em afirmar que motivados pelo fenômeno BOLSONARO, inúmeros militares vão se candidatar a deputado estadual e federal, senador e governador e terão grandes chances de com a força do povo, promoverem uma INTERVENÇÃO MILITAR no Brasil.
Por isso, nesse período pré-eleitoral veremos muitos ataques por parte de algumas personalidades às instituições militares e aos candidatos que eventualmente se encorajem para disputar o pleito, mas temos que manter o foco e entendermos que as eventuais candidaturas de militares atendem a uma solicitação da sociedade pela renovação na política e, portanto, cumprem uma missão do povo brasileiro.
Diante disso, a palavra de ordem deve ser “vamos para cima”, porque, como diria Bolsonaro, soldado que vai para a guerra e tem medo de morrer é um covarde e nós não podemos nos acovardar.
Wanderson Nunes de Siqueira é tenente coronel da Polícia Militar de Mato Grosso e Presidente licenciado da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e Bombeiro Militar de MT e pré-candidato a deputado federal pelo PMN