Nenhum governo foi tão desastroso para Mato Grosso quanto o de Pedro Taques. Todos os governadores que tentaram a reeleição foram vitoriosos, a exceção de Pedro, que ficou em terceiro lugar na disputa, com 551.836 votos a menos do que a votação recebida em 2014, quando chegou ao Paiaguás em primeiro turno..
Ao longo da campanha ao governo todos os adversários de Pedro o criticaram duramente.
O desgaste de Pedro era tão grande, que influenciou no desempenho eleitoral dos que gravitavam à sua sombra. Com isso, o ex-secretário de Educação, Marco Marrafon (PPS) amargou derrota para deputado federal; Suelme Fernandes, ex-secretário de Agricultura Familiar e Regularização Fundiária, foi massacrado em sua candidatura à Assembleia; além de outros nomes importantes também ligados a Pedro, e figuras da arraia-miúda que ficaram pelo caminho. Esse reflexo implodiu o sonho do deputado federal tucano Nilson Leitão de ser senador. Maxi Russi e Wilson Santos, que integraram o secretariado se reelegeram para a Assembleia, mas ambos contam com grupos políticos que se adaptam muito bem os donos do poder e não foram eleitos por transferência de votos do governador.
Mauro Mendes (DEM) e Otaviano Pivetta/PDT (vice) foram eleitos sustentando crítico discurso ao governador e ex-aliado de ambos.
Antes da diplomação Mauro ganha douradas manchetes virtuais e impressas pela formação de seu secretariado, que embora não tenha sido oficializado, deverá ser composto por algumas das figuras citadas, sendo que Rogério Gallo já teria recebido convite do governador eleito para a Secretaria de Fazenda, cargo que exerce no governo Pedro.
Dois nomes entre os citados pela mídia demonstram claramente que Mauro será desdobramento de Pedro. Frederico Müller (Planejamento) e Gallo. Ambos secretariaram Mauro na prefeitura de Cuiabá e agora formam a espinha dorsal do planejamento e receita do desastroso governo Pedro.
Müller que era Mauro virou Pedro e volta para Mauro. O mesmo faz Gallo. De igual modo José Rodrigues etc.
A incompetência administrativa é debitada somente a Pedro, mas esse julgamento é injusto, Porque os erros são compartilhados principalmente por Müller e Gallo. Levá-los para o novo governo é passar recibo no fracasso do governador que dá adeus ao mandato.
Mauro fracassou enquanto empresário levando seu grupo capitaneado pela Bimetal à recuperação judicial, o que custou centenas de empregos em Mato Grosso e Rondônia. Agora, se cerca de um núcleo empresarial que reza por sua cartilha e insinua que manterá no secretariado ex-assessores de sua administração na prefeitura e que ora ocupam cargos estratégicos no desastroso governo Pedro.
Generosa, a mídia noticia tais conjunturas como se tratasse de fatos absolutamente morais, éticos, respeitosos e em nome da composição do novo governo. O leitor, acostumado com esse tipo de jornalismo, às vezes nem sente a gravidade daquilo que se noticia. Entre Mato Grosso e as luzes do poder blogdoeduardogomes fica com a primeira opção, mesmo que seja sufocado pelo volume divulgado pelos amigos do rei.
Reflita sobre essa realidade. A indiferença nesse momento contribui para a abertura da porta pela qual Pedro trocará de gabinete, mas continuará no poder representado por um esquema que o antigo blogue blogdoeduardogomes incontáveis vezes denunciou, alertando sobre o mesmo. Reagir democraticamente é a única chance de minimizar o continuismo do desastroso governo Pedro.
Que Pivetta, político independente e que não se omite, reaja antes que o pior aconteça a Mato Grosso e que ele também seja jogado na vala comum, aberta, onde Mauro pode cair abraçado a Pedro.
Eduardo Gomes de Andrade – editor de blogdoeduardogomes
eduardogomes.ega@gmail.com
FOTO: Gabinete de Comunicação do Governo de Mato Grosso
Meu caro jornalista,
Leitor de seus artigos e interpretando as subjetividades que é próprio do formador de opinião, gostaria de analisar, por comparações de caso idênticos para as conclusões pertinentes, e como exemplo temos o Super Secretário Antonio Pagot de Blairo Maggi e depois Secretário Executivo do DNIT e os resultados falam por si.
Diante dessa analogia, ouso afirmar que o Cargo é do tamanho que o nomeador quer que este seja. O que ocorreu no Governo de Taques foi a falta de delegação aos seu Secretariado e estes ficaram sem iniciativas próprias. o exemplo disto foi as negociações com os servidores públicos no inicio de sua gestão onde ele reunia com os sindicalistas na sua sala.
Portanto, entendo eu que os nomes citados acima são competentes e dependem das políticas públicas irão gerir. Apenas meu ponto de vista.