Com 230 mortos e 5.579 contaminados pelo coronavírus. Essa é a situação da Bolívia, neste sábado, 23 de maio, segundo o chefe de Epidemiologia do Ministério da Saúde, Virgílio Prieto. O epicentro da doença naquele país vizinho é o Departamento de Santa Cruz, que faz fronteira com Mato Grosso.
Dos 5.579 contaminados, 575 se recuperaram e os demais se encontram ou em isolamento social ou internados. A taxa de letalidade nacional é de 5% – menor que a mundial, de 7%.
Em razão da pandemia, desde 22 de março a Bolívia está em quarentena, que aos poucos é revertida nos departamentos. No entanto, em Santa Cruz, o secretário de Governo, Vladimir Peña, não abre mão das medidas para fechamento do comércio e indústria, que somente voltarão a funcionar em primeiro de junho, dependendo da evolução da pandemia.
A Bolívia é um país com dimensão correspondende ao Pará e tem 11,5 milhões de habitantes em nove departamentos. Santa Cruz,que faz fronteira com Mato Grosso, registra 111 mortes com 3.665 casos, seguido por Beni, com 66 óbitos e 1.015 contaminados; Oruro (13 e 143); Cochabamba (11 e 285); La Paz (seis e 381); Chuquisaca (dois e 19): Tarija (dois e 18); Potosí (um e 41); e Pando (um e 12).
Bolívia e Brasil têm uma fronteira com 3.400 quilômetros, de Corumbá (MS) a Assis Brasil (AC). Essa extensão inclui Mato Grosso e Rondônia. O trecho mato-grossense tem 983 quilômetros com 730 em solo firme, nos municípios de Poconé, Cáceres, Porto Esperidião, Vila Bela da Santíssima Trindade e Comodoro.
No Departamento do Beni, autoridades participam de teleconferências com colegas de Saúde da vizinha brasileira Rondônia. Mato Grosso permanece de costas para os vizinhos bolivianos.
Em Mato Grosso é intenso o movimento formiguinha num e noutro sentido da fronteira. Na região são muito comuns famílias formadas por casais binacionais. Desse modelo de casamento nascem os brasilianos – filhos de brasileiro com boliviana – e os bolivieiros – de pais bolivianos e mães brasileiras.
Redação blogdoeduardogomes
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