Banho de sangue em Campinápolis

No Vale do Araguaia, aldeados e a sociedade envolvente convivem harmonicamente, mas um dos poucos conflitos com indígenas resultou num banho de sangue em Campinápolis.
Em 1996, xavantes da Terra Indígena Parabubure mataram três moradores de Campinápolis a golpes de machadinha e bordunas e com flechadas.
Uma das vítimas foi assassinada na Aldeia Santa Luzia, na sexta-feira, 19 de fevereiro. Na segunda-feira seguinte, índios foram à cidade, invadiram uma residência e mataram três homens da mesma família. Uma das vítimas foi o líder sem-terra Devair Francisco, o Chicão, que dias antes de ser morto, bloqueou a ponte sobre o rio das Mortes, na BR-158, na zona urbana de Nova Xavantina, protestando contra a política agrária
nacional. A ponte foi desobstruída por um efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Com os assassinatos a cidade ficou em pânico.
A Polícia Militar enviou um contingente para Campinápolis.
Os índios alegaram que cometeram os crimes porque as vítimas estariam extraindo ilegalmente madeiras de suas áreas.
A matança foi abafada judicialmente na esfera federal.
CAMPINÃPOLIS – Município emancipado de Nova Xavantina em 13 de maio de 1986, por uma lei de autoria das bancadas do PDS e PMDB, sancionada pelo governador Júlio Campos, Campinápolis tem 5.981,707 km² e 15.980 habitantes,
Campinápolis tem renda per capita de R$ 16.553,92 e o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Mato Grosso: 0,538, que na avaliação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é considerado baixo. Esse indicador social é medido numa escala de zero a um. Quanto mais próximo de um, melhor. Em Mato Grosso o IDH estadual é 0,725.
FOTO: Arquivo
Sangue em Novo Santo Antônio

Valdenir Antônio da Silva, o Quatro Olho,(PMDB) era prefeito de Novo Santo Antônio e foi assassinado em sua casa, diante de sua família, na noite de 23 de julho de 2011.
A polícia investigou várias vertentes e o caso foi tratado como crime político, supostamente em razão da luta pelo poder no município, mas a impunidade continua desafiando a capacidade do Estado.
Antes desse crime, o primeiro prefeito do município, João de Souza Luz, o João Mara (PPS), foi baleado durante um assalto em sua casa. Isso, em 1ª de dezembro de 2005.

Sem agência bancária na cidade a prefeitura movimentava conta-corrente no Banco do Brasil em São Félix do Araguaia. João Mara foi ao banco e sacou dinheiro para quitar a folha salarial de novembro. Quando chegou em sua casa foi rendido e baleado. Os bandidos fugiram numa camionete da prefeitura e não foram localizados.
NOVO SANTO ANTÔNIO emancipou-se de São Félix do Araguaia e Cocalinho em 29 de novembro de 1999 por uma lei de autoria do deputado Humberto Bosaipo e sancionada pelo governador Dante de Oliveira. O município tem 5.981,707 km² e 2.640 habitantes. O IDH é 0,653 e a renda per capita R$ 13.834,92.
Antes da emancipação o lugar se chamava Santo Antônio do Rio das Mortes – esse rio banha a cidade, que não tem acesso pavimentado. O município pertence a comarca de São Félix do Araguaia e tem problemas agrários.
FOTO:
Agência AMM de Notícias
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