Candidatos de Wellington não aceitam Janaína

Tudo, menos Janaína Riva (foto). Esse é o entendimento dos candidatos a deputado estadual na coligação de 10 partidos lideradas pelo PR e que tem ao governo o senador Wellington Fagundes.

Janaína é deputada estadual eleita pelo PSD e tenta a reeleição pelo MDB do cacique Carlos Bezerra. Por afinidade familiar com Wellington – é noiva de um filho do senador – ela discorda do apoio de seu partido ao candidato ao governo pelo Democratas, Mauro Mendes. Com esse posicionamento pediu uma espécie de carta de alforria eleitoral para subir ao palanque do futuro sogro. Bezerra avalia se a libera ou não, mas não definiu prazo para tanto.

No ambiente interno do MDB a situação da deputada é uma incógnita, Na coligação de Wellington ela causa urticária nos candidatos à Assembleia. No domingo, 5, cobri a convenção de Wellington e conversei com 12 candidatos a deputado estadual. Todos, a uma só voz não engolem Janaína no palanque com eles.

A resistência dos deputados estaduais ligados a Wellington se vista pelo ângulo do voto pelo voto é correta. Janaína ao lado deles os canibalizaria nas urnas, pois seus votos não se juntariam aos dos demais para formação do quociente  eleitoral.

Wellington é considerado político habilidoso e conciliador. Por certo saberá solucionar o caso mantendo Janaína à distância, para não correr risco de desagradar seus companheiros candidatos a deputado estadual.

A deputada Janaína é filha do ex-deputado José Riva, que durante duas décadas dominou a Assembleia e deu cartas no governo, até sair do poder no começo de 2015, pois não conseguiu registrar sua candidatura ao governo, como pretendia. No poder, Riva foi campeão de votos para o cargo em Mato Grosso. Sem mandato caiu em desgraça, foi preso algumas vezes e acumula penas em primeira instância por crimes de improbidade. Janaína recebeu a segunda maior votação para a Assembleia em 2014 cravando 48.’171 votos e o mais votado foi Mauro Savi (DEM), com 55.233 votos; Savi está preso preventivamente desde 9 de maio acusado de integrar uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 30 milhões do Detran.

Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes

FOTO: Arquivo Assembleia Legislativa