CAOS – Governo não paga e postos suspendem abastecimento das viaturas
Um oficial superior da Polícia Militar admitiu que “avalia” lançar mão de um expediente que assusta donos e gerentes de postos de combustíveis: levar viaturas para o pátio de algum posto, emitir um requisição de abastecimento “em nome do interesse da Segurança Pública” e deixar o pepino da dolorosa para o estabelecimento tentar receber mais tarde do governo.
Essa situação vexatória ocorreu em meados do segundo mandato do governador Dante de Oliveira, no final de 1996, quando um coronel adotou o mesmo procedimento, por falta de combustível para sua frota que respondia pela maior parte do patrulhamento em Cuiabá.
Em Mato Grosso o governo atrasa pagamentos, o que leva fornecedores à medidas radicais, como se vê nesta quinta-feira, com postos de combustíveis que suspenderam o abastecimento das viaturas da Polícia Judiciária Civil e da Polícia Militar, em Cuiabá e outros municípios, por conta da falta de recebimento.
Um dos fornecedores admitiu que o atraso “é rotineiro”, mas não aceitou a citação de seu nome, do montante da dívida, desde quando há atraso e o que pretende fazer. Esse empresário teme retaliações do governo Pedro Taques.
Informalmente a Secretaria de Segurança Pública reconhece o atraso, mas não tem resposta para a situação, que se repete também em outras áreas incluindo a Saúde Pública, Politec etc.
Uma densa nuvem sobre as entranhas do governo Pedro Taques não permite avaliar o que acontece hoje e muito menos imaginar o que poderá ocorrer no amanhã.
Se o oficial da PM lançar mão da medida radical será mais uma carga sobre os ombros do empresariado. Em caso contrário, a porteira estará escancarada para o aumento da criminalidade.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTO: Arquivo/Ilustrativa do período em que viatura circulava em Cuiabá; Rafaella Zanol/Governo de Mato Grosso
vergonha
governo só tem propaganda