Cia Dançurbana apresenta espetáculo ‘FLUZZ’
Um espetáculo que conecta a dança e a tecnologia, que engloba as danças urbana e contemporânea com a técnica da improvisação e, que apresenta uma trilha sonora exclusiva, assim é ‘FLUZZ’, trabalho da Cia Dançurbana, de Mato Grosso do Sul, que será apresentado no dia 22 de outubro, às 18h e às 20 horas, no teatro do SESC Arsenal, com entrada gratuita.
Como o nosso corpo se relaciona com a tecnologia? Diante de uma sociedade cada vez mais conectada, nasceu a ideia de criar um espetáculo que pudesse promover o diálogo sobre o tema. “Nossa pesquisa está diretamente ligada sobre como o corpo se comporta diante da tecnologia, como ele tem que fazer modificações para se adaptar a isso. Nos baseamos em diferentes aspectos
da tecnologia: interação, participação, mídia sociais, entre outros. E nos inspiramos no autor Augusto de Franco, escritor e investigador da ‘Nova Ciência das Redes’, pesquisador que guiou nossos estudos, criação e nome do espetáculo”, conta Marcos Mattos, diretor e coreógrafo da companhia.
Em ‘FLUZZ’ o corpo é o ponto de partida que aponta para diferentes direções, pois o caminho é o próprio fluxo. No palco, técnicas de danças urbanas, dança contemporânea e improvisação são utilizadas pelos seis intérpretes-criadores para tecer uma rede de conexões. O corpo é o grande comunicador entre pessoas. É pele, sensação, carne, gesto, medo, posição, lugar, espaço.
Os corpos dos intérpretes assumem diferentes formas. Passeiam pela desconstrução do que já existe, desafiam o tempo-espaço, navegam pelo real e o imaginário. Os movimentos são diálogos em rede e buscam entrelaçar o atemporal.
As conexões entre os corpos e o meio abrem inúmeras possibilidades de interações e transformações.
A trilha sonora é construída ao vivo, conforme o olhar do VJ Reginaldo Borges Soares, por isso cada apresentação de ‘FLUZZ’ tem uma trilha exclusiva. Outro aspecto que torna cada sessão única é a improvisação, técnica que também será aplicada em cena. “O público verá cenas improvisadas e cenas coreografadas. Até por conta de uma referência muito grande das redes, do fluxo que se cria, da relação tempo e espaço, a improvisação tem muito disso, é aqui e, agora, as redes também tem isso, tem aquele aplicativo, por exemplo, em que você manda uma imagem que depois de certo tempo é apagada’, acrescenta Marcos.
Outro destaque é o figurino, baseado em jogos, videogame e também na ideia dos ‘recortes’. “Dentro de um experimento que fizemos com um smartphone, percebemos que nós, enquanto usuários, sempre fazemos um recorte daquilo que queremos ver e nos inspiramos neste hábito para a concepção do figurino”, completa.
Ao completar 15 anos de atuação, a Cia Dançurbana realiza o projeto ‘Manutenção Dançurbana’, que contempla três eixos de ações: manutenção e aperfeiçoamento do corpo técnico do grupo; resgate e apresentação de espetáculos de seu repertório em escolas públicas (com oficinas de mediação cultural) e; circulação do espetáculo ‘FLUZZ’ pela região centro-oeste.
Este espetáculo foi criado por meio da Lei Rouanet e sua circulação conta com o patrocínio de O Boticário na Dança, Eletrobras Furnas e Digix. Em Cuiabá, a apresentação também conta com a parceria do SESC Arsenal e integra a programação do Projeto Afeto – Conexões em Dança 2017.
“A Cia Dançurbana sempre foi vislumbrando um lugar e pensando no aperfeiçoamento técnico e estético de seu elenco e de suas produções, como um todo. O olhar sensível dos patrocinadores e apoiadores potencializa a produção do artista, da companhia, tira-nos do lugar comum. Estamos nos conectando com o mundo”, destaca Marcos. ‘FLUZZ’ já foi apresentado em Campo Grande,
Dourados, Três Lagoas, Corumbá, Goiânia e Anápolis. Em novembro será
apresentado em Brasília.
Assessoria/também foto
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