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Cuiabá realiza primeira cirurgia de fígado de alta complexidade

Médicos de Mato Grosso atestaram recentemente a eficiência de uma nova técnica cirúrgica para pacientes com lesão no fígado, pela primeira vez, no Hospital Santa Rosa, em Cuiabá. Trata-se da hepatectomia videolaparoscópica (foto ilustrativa).

O procedimento com o uso de tecnologia avançada é minimamente invasivo e consiste na retirada parcial do fígado por meio de pequenos orifícios na parede abdominal, com o auxílio de uma câmera de vídeo e instrumentos especiais.

O fígado é considerado relativamente difícil de operar – uma cirurgia pode demorar horas para ser finalizada. Isto, tendo em vista que o órgão possui uma grande e complexa estrutura para enxergar o interior. Os médicos precisam memorizar a localização de veias importantes – que não podem ser cortadas durante o procedimento.

Conforme explica a cirurgiã-hepática do Santa Rosa, Michelli Daltro Coelho Ridolfi, que coordenou a intervenção, o método por vídeo ajuda justamente a “enxergar'” e foi recomendado para uma paciente de 19 anos que apresentava uma lesão de fígado de origem adenoma (um tipo de tumor benigno, mais frequente em mulheres em idade fértil que usam contraceptivos orais).

A paciente exibia uma lesão com 6cm de diâmetro. Apesar de ser considerado benigno, o adenoma, se não tratado, poderia se tornar um câncer no futuro. Logo, foi indicada a hepatectomia videolaparoscópica, que ocorre de forma similar a uma cirurgia de vesícula por vídeo, em que a imagem pode ser ampliada até 20 vezes”, ressalta.

Michelli complementa que o uso da laparoscopia resulta em claros benefícios para o paciente – tais como menor dor pós-operatória, preservação da parede abdominal, menor chance de sangramento, menor tempo de internação, melhor efeito estético, menor sangramento e retorno precoce às atividades profissionais, entre outros.

“No caso citado, a cirurgia durou duas horas. Claro que vale destacar que o tempo do procedimento depende de qual cirurgia de fígado, em específico, será realizada. Enquanto que a recuperação gira em torno de um dia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dois na enfermaria”, comenta.

 

TECNOLOGIA – A cirurgiã-hepática reforça que o desenvolvimento da técnica de ressecção hepática por videolaparoscopia necessita de capacitação técnica em cirurgia laparoscópica avançada e em cirurgia hepática, bem como requer para sua realização profissionais alinhados, uma estrutura hospitalar organizada e um instrumental de alta tecnologia.

“O procedimento foi possível em virtude do investimento da instituição em novos equipamentos de tecnologia de ponta. Também fiz especialização em cirúrgica hepática por videocirurgia e ablação por radiofrequência, no Hospital Pitié-Salpêtrière, na cidade de Paris, na França”, destacou Michelli.

 

Redação com Assessoria

FOTO: Ilustrativa em outro hospital

 

 

 

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