Com Carlos Fávaro (PSD) o Ministério da Agricultura e Pecuária virou uma espécie de repartição basicamente mato-grossense, uma República de Mato Grosso, tamanha a quantidade de figuras da Terra de Rondon à frente de setores vitais daquele ministério. O escândalo do arroz importado, cujo leilão foi cancelado, resultou na queda de Neri Geller virou caso de polícia – de Polícia Federal e pode ser a ponta do iceberg para o Brasil conhecer uma gestão ministerial feudal e, convenhamos, de muitas coincidências.
O leilão do arroz sacudiu o agronegócio nacional e virou chacota em Mato Grosso, muito embora os meios políticos mato-grossenses ainda não tenham comentado sobre a legião conterrânea que domina o Ministério da Agricultura.
O ministro Carlos Fávaro é de Lucas do Rio Verde e ligado a Eraí Maggi Scheffer.
Neri Geller (PP), que até ontem (12) era secretário de Política Agrícola, também é de Lucas.
O secretário-executivo Irajá Lacerda, é de Cáceres e filho do segundo suplente de Fávaro no Senado, José Lacerda.
O assessor especial é o empresário do ramo sementeiro e pré-candidato a prefeito de Rondonópolis pelo PT, Teti Augustin.
Thiago Santos, diretor de Abastecimento da Conab, e que responderia pelo leilão do arroz, é de Nortelândia e figura-chave no escândalo.
Ainda há vários outros de nossa região na cúpula do ministério e de suas empresas, a exemplo de Rosa Neide, professora e ex-deputada federal petista que foi contemplada com a diretoria Administrativa, Financeira e de Fiscalização da Conab.
Thiago José dos Santos, 38 anos, é de absoluta confiança de Neri, ao qual assessorou quando o mesmo foi deputado federal. Neri o levou para a Conab em março do ano passado, logo após assumir a Secretaria de Política Agrícola.
Antes de sua relação com Neri, Thiago Santos exerceu algumas funções na Prefeitura de Nortelândia, sendo a principal e que o projetou, a de coordenador de Formalização e Acompanhamento de Convênios, ou seja, de acompanhamento da tramitação para liberação de emendas parlamentares.
Diretor de Abastecimento da Conab, Thiago Santos teve sob seu controle leilões milionários desde que chegou ao cargo, e nenhum deles despertou a atenção nacional, a não ser o do arroz importado, pela atipicidade daquela operação.
Para exercer o cargo Thiago Santos tinha o apadrinhamento de Neri, pois seu histórico profissional não é o mais recomendado para a função: sua formação é em Teologia, que convenhamos não tem nada a ver com a atividade da Conab.
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Acredita-se que a República de Mato Grosso será implodida no Ministério da Agricultura, incluindo Fávaro. Tudo seria questão de tempo, para que o presidente Lula que está no exterior, ao retornar se reúna com a cúpula do agronegócio em busca de um novo ministro, que certamente não terá carta branca para o controle regional do ministério.
Neri saiu do ministério jogando pedras para todos os lados e recebeu afagos de seu partido. Em Brasília é tido como certa sua nomeação para assessorar seu correligionário e presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), leilões à parte.
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