Especial UFR – A conquista do ensino superior
Alguns componentes da base populacional rondonopolitana foram importantes nos primeiros passos para se chegar à Universidade Federal de Rondonópolis (UFR). Tanto garimpeiros nordestinos, mineiros e goianos, que nos anos 1940 se incorporaram à sua gente, quanto sulistas e paulistas, que migraram 30 anos depois atraídos pelo cerrado para o cultivo da soja, queriam seus filhos na faculdade. Essa vontade juntou-se a de outros moradores surgindo assim, no começo da década de 1970, sob a liderança do bispo católico Dom Osório Wilibaldo Stoffel, o movimento pela criação do ensino superior na cidade.
Mas, como criar e instalar cursos superiores em Rondonópolis, em 1970, se somente em dezembro daquele ano Cuiabá ganhou sua primeira universidade federal (UFMT)? Não seria fácil, mas mesmo assim, políticos, educadores, empresários e lideranças classistas uniam suas vozes à do bispo. Paralelamente a isso e misturando sonho com projeto, o professor secundarista Jeson Rego entrava em cena se oferecendo para montar uma faculdade na cidade, o que acabou não acontecendo, mas sem que tal resultado desmotivasse o sonho de dimensão coletiva.
Em 1970, quando a luta pelo ensino superior sacudia Rondonópolis, a base territorial de Mato Grosso incluía a área de 357 mil km² que se transformaria em Mato Grosso do Sul e, onde, no dia 16 de setembro de 1969, em Campo Grande, o governo mato-grossense tendo à frente o governador Pedro Pedrossian, instalou a Universidade Estadual de Mato Grosso (UEMT), que absorveu o Instituto Superior de Pedagogia, de Corumbá, e o Instituto de Ciências Humanas e Letras, de Três Lagoas, ambos criados em 1967, também por Pedrossian.
Também em 1970 às bases universitárias em Campo Grande, Corumbá e Três Lagoas juntaram-se os Centros Pedagógicos de Aquidauana e Dourados, criados naquele ano. Assim, na região Sul com 933 mil habitantes e que pouco tempo depois seria desmembrada de Mato Grosso, cinco cidades tiveram acesso ao ensino superior. A política direcionada desagradou a população de 606 mil habitantes dos 34 municípios ao Norte, com área de 903 mil km²: Rondonópolis, Cuiabá, Acorizal, Alto Araguaia, Alto Garças, Alto Paraguai, Araguainha, Arenápolis, Aripuanã, Barão de Melgaço, Barra do Bugres, Barra do Garças, Cáceres, Chapada dos Guimarães, Diamantino, Dom Aquino, General Carneiro, Guiratinga, Itiquira, Jaciara, Luciara, Nobres, Nortelândia, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Ponte Branca, Porto dos Gaúchos, Poxoréu, Rosário Oeste, Santo Antônio de Leverger, Tesouro, Torixoréu, Várzea Grande e Vila Bela da Santíssima Trindade.
A causa rondonopolitana era justa e empolgante. Na quinta-feira, 24 de janeiro de 1975 o prefeito Cândido Borges Leal Júnior, o Candinho, reuniu lideranças em seu gabinete e ao lado do bispo Dom Osório anunciou que uma lei estadual de 2 de dezembro do ano anterior instituiu o Centro Pedagógico de Rondonópolis (CPR) e que a UEMT por meio do campus de Corumbá criou uma extensão na cidade para oferecer cursos de Licenciatura Parcelada em Estudos Sociais e Ciências Exatas, voltado para professores da rede pública, que deveriam ser instalados ainda em 1975. Porém, o começo da atividade universitária somente aconteceria no ano seguinte. A luta era por algo maior, mas já havia motivo para comemoração.
Entendendo que a demanda universitária de Rondonópolis não era atendida em sua dimensão, Afro Stefanini e Carlos Bezerra, ambos deputados estaduais pelo município, pressionaram o governador José Fragelli pela criação de um Centro Pedagógico em sua cidade. Numa reunião dos dois parlamentares com o governador, em seu gabinete, com a participação do prefeito Candinho; bispo Dom Osório; professor Antônio Schommer; chefe da Receita Federal, Lamartine da Nóbrega; coronel e médico do Exército Osvaldo Moreira de Figueiredo; vereador Ildon Peres; empresários Nain Charafeddini, João Moraes, Amir Donato e William Moraes; e outros representantes rondonopolitanos, Afro e Bezerra falando por todos exigiram que a reivindicação fosse atendida.
A data histórica
Um ano depois da cobrança a cidade ganhou o Centro Pedagógico de Rondonópolis (CPR). Na noite de 05 de maio de 1976 foi proferida a aula inaugural daquela instituição vinculada ao campus de Corumbá da UEMT. O evento, na Escola Estadual Adolfo Augusto de Moraes, em Vila Aurora, reuniu as forças representativas da região e aconteceu numa data reverenciada pelo povo rondonopolitano, por ser o dia do nascimento do Patrono do município, das Comunicações e da Arma de Comunicação do Exército, o marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (05 de maio de 1865 em Mimoso, à margem da Baia Chacororé, em Santo Antônio de Leverger no Pantanal).
Os principais vultos rondonopolitanos assistiram à aula inaugural proferida pelo coordenador do CPR professor Flávio Batalha. Presentes o secretário de Estado de Educação, Louremberg Ribeiro Nunes Rocha, Candinho, bispo Dom Osório, deputados Afro e Bezerra, e outras autoridades.
Rondonópolis comemorou e brindou a instalação do CPR. Todos, independentemente de condição social, escolaridade, ideologia, credo vibraram com a conquista. Foi assim com Candemar Cecílio Fechner Victorio, Duílio Piato, Pedro Teixeira Campos, Antônio Duarte Saldanha (Heleno), Gilberto Lopes, (Gilbertinho Piloto), José Alberto de Oliveira e Silva (Zé Pretinho), Argemiro Ribeiro, Antônio Arcanjo Ribeiro (Arraia), Deyse Pimentel Lopes, Elizardo Dourado (Poxoréu Manga Larga), José Antônio Sanches, Newton Pinto da Fonseca, Valton Ramos, Epitácio Rodrigues Parateco, Júlio Alcides Sanches, Expedito Ferreira Luiz Gonçalves (Mineirinho), Beatriz Rondon, Arolda Dueti Silva, Francisco Antônio Pires (Chico Bundinha), Geraldo Batista da Silva (Geraldo Dentista), Beatriz Gonçalves (Beth), Virgílio Almeida Brito (Lizico), Benedito Parente (Dito), Eduardo Thum, João Carvalho, Valdemar Nestor, Terezinha Portocarrero, Durval Itacaramby, Edelson Vilela, João Antônio Fagundes (João Baiano), Eduardo Alberto Acuña, Edilma Braga, Zoroastro de Brito, Homero Vilas Boas, Idalina Alves Pereira (Zizi da Pastelaria), Antônio Augusto de Lima (Lima), Gastão de Matos, Ildon Peres, Sílvio Araújo, Veni França, Valfredo Dantas Matos, Alcindo Pereira dos Santos, Baltazar Ferreira de Melo, Nivaldo Luiz de Barros, Isaias Campos Filho, José de Oliveira (Cearense), Ivens Wagna, Barnabé Marras da Silva, Jairo Antônio da Cruz (Patureba), Badi Farah, Celso Gomes dos Santos, Sebastião Buquigaré, Janice Logrado, Eutímio de Matos, Carmem Miranda de Almeida, Álvaro Peres, Genésio do Carmo Neponuceno, Vilson Marino, Nelson Heitor Machado, Pérsio Borges Leal, Santo Goda, Joaquim Inácio, Aguinaldo Lucena, Benedito Araújo da Silva (Dito Indaiá), Alberto Saddi, Onilpho Senhorino, Bionor Fernandes Feitosa, Sebastião Arlindo de Souza, Gilberto Alves Athayde (Capitão), Etualpe Corrêa (Índio), Arnóbio Vieira de Andrade, Cacilda Pinto Cozatti, João Batista dos Santos (João Poteiro), Abelardo Silva, Décio Ferreira Paes, Sandra Farah, Cléo Renato dos Santos, Herly Heberle, Ailon do Carmo, Dilson Cardozo, Ariel Marques Fernandes da Silva, Sebastião Soares da Silva, Orlando Camargo, Daniel Moura, Manao Ninomiya, Hermenegildo Reis de Almeida, Luziano Muniz, Valdivino Laranjeira, Abraão de Oliveira, Adiney Sacchetin Pimenta, Gilberto do Val Pereira Silva, Leônidas Faustino, Gerson Ney Duarte Vilela, Maria Conceição Saddi (Mariazinha), Alberto Luz, José Pinto, Zeca D’Ávila, Marco Antônio Miranda Soares, Antônio dos Santos Muniz, Carlos Paniago, José Salmen Hanze (Zé Turquinho), Victor Hugo Santos, José Moraes (Beda), Hisahiro Kida, David Soares da Silva, Edimundo Nunes Marras, João Batista Ferreira Borges, Antônio Estolano, Urbano Cardoso, Celina Bezerra, Onely Viegas, José Roveri, Benedito Rodrigues da Cunha (B.Cunha), Getúlio Balbino Guimarães, Alarico de Barros, João Moraes, Luiz Beni Maia, Hélio Cavalcante Garcia, Samir Muhammad Abdel Jalil, Benedito Ferreira Moura (Bené), Luiz Lopes Martinez, Zanete Cardinal, Abelino Cardoso, Airton Santana, Crisóstomo Franco, Antenor Dias de Souza Filho (Pretinho), Marley Pereira de Andrade, Lucas Pacheco de Camargo, Etevaldo Clementino Leite (Pancoso), José Miranda, Manoel Machado (Maneco), Fernando Moreira, Adevair Ferreira Marques, Jupia Oliveira Mestre, Lassimi Perrone, Leodete de Pinho Carvalho, Raimundo Alves de Castro, João Miranda, Francisco Alves (Chico Alves), Manoel Novaes, Alael de Matos, Leonildo Rabelo Machado (Leo Rabelo), Afonso Egea, Francisco das Chagas Ferreira de Souza (Chico Fogueteiro), Alaeste de Paula, Leonese de Pinho Carvalho, Ailton Lima, Bailon Batista, Dario Matos, Oliveiros Ribeiro da Silva, José Marino de Paula, Josefino Francisco Ramos, Levanir Conceição Gomes, Armando Guidio, Raimundo Balbino Guimarães, Helenice Martine Acuña, Heloísa Bezerra, João Ferreira Cajango, Lourenço Ferrari, Lufti Mikhael Farah, Luiz Carlos Ferreira dos Santos (Luizão), Luiz Carlos Soares Mercante, Aníbal de Araújo, José César Ferrari, José Clemente Mendanha, Moacir Martins Silveira, Alcebíades Fávaro (Coroa), Celso Jardim Rodrigues da Cunha, Pedro Pereira Neves, Cláudio Xavier de Lima, José Coelho, Marinho de Oliveira Franco, Moisés Feltrin, Alcides Cruzeiro, Elson Moreira dos Santos, Elza Lima, Miguel Avena, Álvaro da Costa Nery, Walter José de Oliveira, Dagmar Parini, Elias Farah, Antônio Alva, Moacir Moussalem, José de Lima Alves, Manoel Pereira da Silva, Elias Zaher, Alminedes Ribeiro Nogueira (Lelo Brega), Raimundo Moraes, Isidoro Abílio de Moraes, Almir Lopes de Araújo, Ivo Ferreira Mendes, Elmo Bertinetti, Élzio Borges Leal, Ângelo Bernardino de Sá (Dino), Antônio Ferreira Neto, Pedro Pereira Campos Filho, Antônio Nestor, Adelino Matos, João Lellis, Itamar Torremocha Fim, Antônio Carlos de Almeida (Paxá), Valeste Nunes Marras, Sátiro Phol Moreira de Castilho, Amélia Stefanini, Antônio Prado, Veni França, Vilson Marino, Zanete Cardinal, Ana Rúbia Cardozo, Áureo Cândido Costa, Conrado Sales de Brito, Benedito Duarte Libânio, Aurino Feltrin, Carlos Eloy Prata, Rosalvo Farias, Rutenio Pinto de Matos Filho, Salwa Farah, Samir Muhammad Abdel Jalil, Sandra Farah, Santo Goda, Sebastião Arlindo de Souza, Sebastião Buquigaré, Antônio Frange, Augusto Mário Vieira, Célio Marcos Duarte, Antônio Luiz de Castro, Cremilda Menezes Aigner, Gustavo Moraes, Antônio Martins Duarte Júnior (Boca Rica), João Roberto Ziliani, Jairo Garcia Guedes, Nair Ferrari, Apotâmio de Carvalho, Celso Weigert, Emir Grachet, Nabil Nahsan, Odair Xavier de Lima, José Osvaldo Mendonça, Silso Dias da Silva, Ari Torremocha Fim, José Norbiato Martins, Antônio Joaquim Alves (Abóbora), João Saldanha, Natanel Cruz, Aparecida Deveza, Osvaldo Pinto, Padre Lothar Bauchrowicz, Simeão Santana Alves, Geni Alves Leite, Emanuel Bezerra, Antônio Ribeiro Torres, Otacílio Fontoura, José de Souza Alves (Zezinho), Aristides Zonatto, Pastor Juvêncio Erasmo da Cunha, Joana Murta Brandão e Silva, Orivaldo Pedroso dos Santos (Poxoréu), Renata Herbele, Aroldo Marmo de Souza, Arlindo de Souza, José Carlos Pfeifer, Adão Riograndino Mariano Salles, Jonas Rocha dos Santos, Padre Miguel Rodas, José Caetano Filho (Zé da Kibon), Ataíde Pereira de Figueiredo, Carolino Rodrigues, Valdivino Alves, Jason José de Almeida, Mariozan Pacheco de Camargo, Raul Silva, Valdir Clemente, Nilmo Costa Gomes, Odenil Botelho, Justino José Libânio (Cuiabano), Nelson Silveira de Carvalho, Pedro Cauhy, José Benedicto Torquato Mendonça (Zezinho Torquato), João Rangel Soares, Wilson de Oliveira Nogueira, Olavo Aguiar, Armindo Carrasqueira, Paulo Lopes, Pedro Caetano Garcia, José Eduardo Meimberg, Wilson Luís Ferrari, Lupércio Bolonhese, Rubens Ferreira de Brito, Marcos Coimbra, Antônio Dias Coutinho (Macaco), Simeão Santana, Valdir de Souza (Valdir Cuiabano), Maria Alves Dias, Sebastião Fidélis, Creuza Angélica de Lima, Martinho Joa, Geraldo Majjela Prados, Otacílio Alves Pereira (Cearense), Dorothi Arruda Barros Stefanini (Dora), Manoel Prado, Luiz Pimentel (Luiz Cabeça Branca), Ananias Andrade (Nem), Genésio Rondon, José Ângelo Cavalari, Sebastião Venega, Jorge Borges Alves, Maria Elza Ferreira Inácio, João Mendonça, Milton Queiroz de Matos (Sinhozinho), Sebastião Guimarães da Silva. Diógenes Fagundes, Oswaldo Barros Duarte, Israel Pereira da Silva, Antonino Gonzales (Toninho), João Dourado (João Poxoréu), Pedro Costa Marques (Pedrinho), Sílvio Nunes Morais (Silvão) e tantos outros.
O Centro Pedagógico oferecia os cursos de Pedagogia, Ciências Contábeis, Letras, Ciências Exatas e Estudos Sociais, mas sequer tinha uma sala para tanto. Seu funcionamento inicial foi na Escola Estadual Adolfo Augusto de Moraes, mas em busca do espaço que não havia na instituição que o abrigava, foi transferido para a Escola Estadual Joaquim Nunes Rocha, em Vila Salmen.
A formatura das turmas pioneiras aconteceu em 1979. Oito alunos de Estudos Sociais e 15 de Ciências Exatas colaram grau. O Patrono desse grupo de 23 formandos foi o reitor da UEMT, professor Edgard Zardo. O Paraninfo foi o reitor da UFMT professor Gabriel Novis.
Enquanto o CPR dava seus primeiros passos, em Cuiabá e Campo Grande as forças políticas travavam queda de braço por questão territorial. Na primeira a defesa era contrária à divisão e defendia a manutenção do território de 1.260.000 km². A outra lutava pelo nascimento de Mato Grosso do Sul, o que acabou acontecendo em 11 de outubro de 1977 por decisão do presidente Ernesto Geisel.
UFMT na cidade
Em 09 de janeiro de 1980, na fase de transição para transferência dos próprios de um e outro Estado ao seu legítimo titular, o CPR integrou-se à estrutura da UFMT, mas ainda não tinha campus. No improviso suas aulas eram ministradas cidade afora na Escola Estadual Joaquim Nunes Rocha, no salão paroquial da Igreja Santa Cruz, no bairro de igual nome, e na Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
Com a vinculação do CPR à UFMT o governador Frederico Campos assumiu compromisso de contribuir com o Ministério da Educação para a construção do campus local. À margem das rodovias BR-163/364 criou-se o Parque Universitário, bairro que deveria receber a estrutura do ensino superior na cidade, mas tudo não passou de sonho. A sede seria conquistada graças a dois empresários locais, o cartorário Áureo Cândido Costa e seu primo, William Cândido Costa, que doaram 50 hectares de sua empresa Imobiliária Aurora, para a instalação do CPR, numa área ao lado da Rodovia José Salmen Hanze – Zé Turquinho (MT-270) que liga a cidade a Guiratinga. A essa generosidade dos dois beneméritos a UFMT deu ao campus o nome de Jaime Fernandes Costa – pai de Áureo, essa área posteriormente foi aumentada por 60 hectares, também por doação dos mesmos beneméritos. Em 1992 o CPR foi rebatizado para Campus Universitário de Rondonópolis (CUR).
A construção da estrutura física inicial do campus se arrastou até 1982, quando foi entregue à comunidade acadêmica, numa solenidade conduzida pelo coordenador do CPR, professor Etewaldo de Oliveira Borges, e que contou com a participação de políticos e empresários dos municípios do polo de Rondonópolis. Estiveram presentes os doadores do terreno; o prefeito Walter Ulysséa e seu vice José Moraes Filho, o Beda; Dom Osório; deputados federais Carlos Bezerra e Afro Stefanini; deputados estaduais Moisés Feltrin, Zanete Cardinal e Candinho; vereadores Antônio Schommer, Nelson Pereira Lopes, Sebastião Barcelos, Isidoro Abílio de Moraes Filho, Getúlio Balbino Guimarães, Rozendo de Souza, Ananias Martins, José Roosevelt Braga, Terêncio de Andrade, Maria Niuza de Lima Faria, Lucas Pacheco de Camargo, Antônio Ferreira Neto e Miguel Ramos de Souza.
A conquista era regional e levou para o evento representantes dos municípios da região. Márcio Cassiano da Silva, Arnildo Sulzbacher, Horácio Mendonça e Isaias Rezende (Jaciara), Ramon Itacaramby, Francisco Pedro Bezerra, José Humberto Damasceno e Daniel Matheus Barbosa (Juscimeira), Célia Orione, Ari Bonilha, Antônio Dourado, Vanderlandes Maques Vieira, José Carlos Madureira, Francelino Pedro – Francinha (Guiratinga), Cezalpino Mendes Teixeira, Hermes Gomes de Abreu e Isaias Tinoco – o Sossó (Alto Garças), Lindberg Ribeiro Nunes Rocha, Bionor Fernandes Feitosa e Ademar de Matos Silva – o Brucelose (Poxoréu), Ivanildo Francisco de Oliveira e Juarez Santos (Dom Aquino), Anfilófio Souza Campos, Nininho Bortolini e Milto Luiz da Silva (Itiquira), José Carlos Massuia e Nelson Orlato (Pedra Preta), Ivo Santana e Raimundo Nonato da Silva – o Edmundo (São Pedro da Cipa), Darnes Ceirutti, Vilceu Marchetti e Érico Piana (Primavera do Leste), Antônio Ângelo de Medeiros, Florisberto Oliveira e Geraldo Eustáquio de Carvalho (São José do Povo), Leandro Alves Feitosa e João Antônio Ribeiro Castelo Branco (Tesouro), Wander Rabelo, Onecídio Manoel de Rezende, Severino Botelho de Melo, Sílvio José de Castro Maia, Edson Rodrigues Borges e Carlos Irigaray (Alto Araguaia), Jairo Dias Pereira, João Bosco dos Santos, Jaime Dias, Vilson Pires, Carlos Nascimento – o Carlinhos (Paranatinga), outras autoridades e personalidades. Seu entorno era região rural, agora urbanizada.
O polo de Rondonópolis recebeu o CPR de abraços abertos por entender que o mesmo seria a menor distância entre os jovens da região e a universidade. Esse entendimento estava correto, pois desde sua criação e até agora boa parte dos universitários é oriunda de municípios daquela região.
Vida universitária
Michele Rodrigues da Silva cursa o primeiro semestre de História no período matutino. Sua família é de Guiratinga (distante 110 quilômetros) e ela trocou sua cidade por Rondonópolis por um período de três anos – duração do curso. Mãe, levou consigo sua pequena Beatriz, de 2 anos e 10 meses. Sem creche para deixar a criança, Michele a leva todos os dias para a sala de aula, onde, segundo ela, outras duas mães fazem o mesmo.
Com o CUR somente parte da demanda universitária do polo de Rondonópolis é atendida e ainda há reclamações contra a direção central da UFMT em Cuiabá. Otávio Barbosa, no terceiro semestre de Engenharia Mecânica, critica a UFMT citando que a reitoria dispensa tratamento inferior aos alunos dos campi se comparado àquele que recebem os matriculados em Cuiabá. Por isso, Otávio acredita que a criação da UFR contribuirá inclusive para a melhoria do ensino. Antes do curso Otávio morava com a família em Goiânia, para onde pretende retornar após concluí-lo.
População celebra conquista do CPR
Na voz de seu povo Rondonópolis celebrou essa vitória. A conquista do CPR uniu a população. Por todos os lados, em todos os bairros o sentimento misturava realização e felicidade.
O grande feito foi saudado por Sérgio Lari Perfete, Ilson Pereira de Souza (Banespa), Isabel Leiras, Orcival Guimarães, Opércio Guizardi, Zilene Leal da Silva, Argemiro Feijó, Odenil Francisco Ribeiro, Ronaldo Magno Espíndola Camargo, Anaides da Silva Cláudio, Wellington Fagundes, Gilberto Braz de Oliveira Santos, Jerônimo Gomes de Souza (Jerônimo Sem Terra), Olímpio Alvis, João Alves do Socorro, Djalma Mancini, Carlos Mardegan, Ana Helena Rodrigues Matielli, Jones Alves de Souza, Daniel Biudes, José Carlos Garcia, Badih Dib, Realino Rocha Bastos, Dione Pontin, Dirceu Zuffo, Sérgio Marchetti, Acram Dib, Terezinha Souza Maggi, Vladimir Calil Faissal, Saulo Peralta, Adalberto Lopes, Hugo Ribeiro, Adria Muniz, Adroaldo Gatto, Aderito Batista Carneiro, Lourivaldo Manoel de Oliveira (Fulô), Francisco Carlos Souza, Djanira Logrado, Moacir de Paula Mafra, Adolpho Tadeu Vieira, Marli Leiras, Zildo Rodrigues Machado, Altino Sátiro dos Reis Filho, Matusalém Teixeira Soares, Coracy Lima, Antônio Lourenço Neto (Campo Limpo), Jânio Silva, Augustinho Freitas Martins, Francisco Alves Campos (Chico Alves), Gildevan Procópio Lopes (Copinho), Walderson de Oliveira Santos, Alberto Carvalho, Zaid Arbid, Altair Pinto (Lico), Luiz Ortolan, Jacob Enz, Altamirando Miranda, Luiz Martins, Álvaro da Costa Nery, Manfred Robert Göbel, Álvaro Ortolan, Ramon Vilalba, Gelson Gonçalves da Silva, Mathias Neves de Oliveira, Almir Lopes Rodrigues, André Antônio Maggi, Hermélio Silva, Antônio Carlos Machado Araújo, Fábio Nery, Antônio Cintra Solarbras, Sérgio Del Cistia, Kelson Jorge Abraão, Anacleto Ciocari, Antônio Carlos Vasconcelos, Manoel Malta (Cigano), Vírginia Maria Francisco de Oliveira, Antônio Garcia, Armando Araújo, Ariovaldo de Oliveira Neto, Aristóteles Cadidé, Carlos Alberto Carvalho, Arquimedes Borges Monteiro, Boleslau Dorada,Valdemar Marra, Edeon Vaz Ferreira, Eurídes Santana (Feio), Janete Juliana Moreira Nogueira, Agnaldo Silva, Daniel Escobar, João Batista Toledo, Antônio Everaldo de Souza (Tostão), Iderlei Pauletto, Wilson Luiz Gonçalves, Galeno Tadeu Esteves, Maria Amélia Borges, Ivanildo Fontoura, Luiz Homem de Melo (Luizão), Blairo Maggi, Marlene Silva de Oliveira Santos, Neicimar Celestino Coelho (Nei), Bolívar Amâncio de Carvalho, Edmilson Paulista, Percy Campos Pires, Edith Pereira Barbosa, Brandão Araújo, Caetano Polato, José Ferreira da Silva (Zeca da TCR), Robério Duarte Libânio, José Ferreira Lemos Neto (Juca), Rubson Pereira Guimarães, César Antônio França, Ana Carla Muniz, Daniel Moreira Matos (Dié), Itamar Locks, José Fortes Bustamante, Agnaldo Silva Filho, Florisvaldo Oliveira (Borrachinha), Francisco das Chagas Ferreira de Souza (Chico Fogueteiro), José Pereira (Nenê), Célio Aguiar, Elenita Fagundes, Deodado Stelvio Vendrame (Zuza), Christopher Ward, Elói Marchetti, Mariuva Valentin Chaves, Nercino Lázaro Rodrigues, Milton Quirino, Clarisse Vendrame, Waldemar Akira Koike, Moacir Gonçalves, Emival Ponce Leones, Mavenier de Barros (Barrinha) Claudino Marin, Eros Francisco da Conceição, Evilázio Alves, Narciso Honório da Silveira, Orlando Polato, Padre José Geber (Padre Zezinho), Clóvis Roberto Balsalobre de Queiroz, Osmir Pontin, Domingos Neto, Paulo César Venâncio, Osvaldo Pereira, Clotildes Fagundes, Elesmar Bertinetti, Francisco Santana, Félix Dias, Gilberto Flávio Goellner, João Gomes Santos, Ivam Matielli, Lúcia Maggi, Elson Moreira dos Santos, Francisco Gimenes Cordon (Chiquinho), Mário Farinha, Neusa Novais Rocha, Mariozan Pacheco Camargo, Renato Borges Leal, Yolando Antônio, Claudiano Muniz, Fausto de Souza Faria, Iracema Dinardi Peixoto, João Proença, Felisdalva Borges Marras, Helmute Hollatz, João Valente, Fernando Rosado Miron, Irmã Gema Domênica Fornazier, Israel Borges, Gilson Lustosa Lira, Jones Pagno, Gilmar Fabris, Gino Rondon, Haroldo Bustamante, Francisco Rosa, Itamar Locks, João Klimaschewsk, Joldeque Soares, Ricardo Leão Cambraia, Iedo de Souza Lima, Rogério Salles, Hirome Mizobe, Ihamber Hugney D’Rezende, Ricardo Lumina Cintra, Hugo Ribeiro, José Araújo de Carvalho (Índio), Júlio Yoshio, Vera Maggi, Sebastião Rezende, Guilherme Alves de Souza, Ricardo Tomczyk, Mardoqueu Diniz, Ananias Filho, Jorge Eduardo Raposo, Vanderlei Gaioto, Mara Lúcia Peres Pereira, José Carlos Carvalho, Nicanor Leopoldo (Paraná), Maria Vetorasso, Sônia Borges, José Carlos Machado de Araújo (Zezeca), Raul Zonetti, José Carlos Gerolin, Nilson Avelino, Ocanitz de Araújo, José César Ferrari, José Eugênio Bonjour, Noel Paulino, Carlos Ernesto Augustin, Odinarte Borges, Jatabairu Francisco Nunes, Rosalvo Aguiar, José Emílio, Souvenir Dal’Bó, Marco Antônio Algodoal, Rubens Fagundes, Salomão Dib, Maria de Lourdes Bortoni Tavares, José Rocha, José Serapião de Sá (Pernambuco), Salaquiel Moises, Lena Mello, Gilmar D’Moura, Olavo Bilac de Paula, José Jurandir de Lima, Márcio Figueiredo Couto, Samuel Heiderick Júnior, Mariano Alonso Travassos Ribeiro, Josué Murta Brandão, Rosalvo Mendes Feitosa, José Saviolo, Oliveiros Ribeiro da Silva, Sorlene Aparecida Damasceno Rodrigues, José Siqueri, Messias Peixoto, Paulo Melo, José Wanderley Garcia Duarte, Fátima Maggi, Pedro Souza Alves, Paulo Roberto, Paulo de Santa Cecília (Paulo Linhares), Maria Helena Ferrari, Sebastião Pereira Filho, Luiz Carlos Aranha Prietch, Pedro Corrêa, Osvaldo Matsuno, Otávio Palmeira, Josefino Julião de Paula, Wagner Tadeu Esteves Lima, Luciene Soares de Lima, Oriente Maciel, Waldecy Silva Pompeu (Mulher Coragem), Ildon Ramos, Pedro Ribeiro, Osório João da Silva, Felipe Borges Alves, Waldir Alves Balduíno, Otoamérico Muniz, Remi Motter, Waldemar de Oliveira, Leonel Leite Vieira, Lamberto Mário Henry, José Márcio Guedes, Pedro Lourenço Silva Neto (Pedro da Draga), Walter Peters, Orestes Miraglia, William Drosghic, Tadeu Pinto, Mando Nunes Pantaneiro, Humberto Moussalem, Urbano Borges, Lauro Santos Sá, Percival Muniz, Teny Lima, Terezinha Logrado, Wander Melo, Pedro Paulo Andrade, Santo Scaravelli, Valdir Farinha, Roldão de Oliveira, Sebastião Carlos Daltro de Carvalho, Valdemar Marra, Raul Amaral, Rossilene Ianhes, Silvino Fernandes Dal’Bo, Valéria Bevilacqua, Ronaldo Araújo, Valdecir Feltrin, Aparecida Maria Borges Bezerra (Teté Bezerra), William Rodrigues Dias, Sebastião Castilho, Vera Peres, Severo Crudo, Socorro Estolano, Ailton das Neves, Paulo Roberto Bezerra, Padre Líbio Faustino Franco, Oriente Maciel, Rubens Zonetti, José Vieira, Rubson Guimarães, Jorge Cruz Medeiros, Paulo Taborda, Lucimar Sesmilo, José Rocha, Ronaldo Ramos, Márcia Mancuso, Marília Ferraz Salles, Pierre Marie Jean Patriat, Odaly Ortolano (Zero Zero), João Rocha, Roberto Mancuso, Pedro Jacyr Bongiolo, Ivaldir Nascimento, Carmem Cardoso de Sá, Luciene Maria da Silva, Dailson Nunis, Maria Tereza Sperandio, Miguel Mendes, Valério Drago, Paulo Roberto Francisco da Silva, Manoel Silva Neto, Maria Dorothy Weigert, Paulo Ferreira Moura, Mário Marques de Almeida, Mauro Mendes Andrade, Adilton Sachetti, Juscelino Farias, Isabel Martins Sousa Moraes, Alvandir Bittencourt, Hélio Luz, Salvino Farias, Francisco Costa de Souza, Milton Gomes da Costa (Miltão), Leonel Peixoto Damasceno, Luiz Vasconcelos, Trajano Carneiro, Deocleciano Oliveira Filho, Sebastião Geraldo de Lima, Abílio Marques da Silva, João Bosco Estolano, Riad Magid Danif, Pedro Coelho, Maria José Borges, Ari Giongo, Anselmo Calábria, João Cruz Medeiros Filho, Rosamir Dorileo, Odair Bufalo, Jorge Morel, Joaquim Silva, Maurício Alves Pugas, Wilson Lemos, José Roberto Mendonça, Osmar Roberti, Marluce Ianhes, Rosângela Borges Leal, Luiz Gonzaga Borges, Maria Perpétua Stefanini, Paulo Laerte, Juary Miranda, Clocy Pires, Laurentino Pereira Neto (Chumbinho), Célia Moussalem. Aparecido Neto, Luiz Fernando de Campos, Valter Arantes, Janete de Oliveira Carvalho Muniz, João Carlos Marques, Luciana da Silva Duarte, Romilson Dourado, Maria Aparecida Vieira Leite (Cida Montenegro) e muitos outros.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTOS: 1,2, 4, 5, 7 e 8 Eduardo Gomes
3 e 10 – Museu Rosa Bororo
6 – Youtube
9 – Felipe Barros
Isso é que é memória e também respeito por Rondonópolis. Parabéns seu Eduardo.
Belo passeio pela história. Parabéns e parabéns
maravilha de narrativa
Vibrei com essa matéria