Especial UFR – Pró-reitora, professor e prefeito do campus assassinados
Dor, lágrimas, luto. Essas três palavras bem definem o sentimento do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Rondonópolis, pelo triplo assassinato que resultou no adeus da pró-reitora Soraiha Miranda de Lima, 41 anos; professor de Zootecnia Alessandro Luís Fraga, 33 anos; e do prefeito do campus, Mauro Pires Russo, 44 anos.
Os três foram assassinados por volta de 23h30, de 27 de novembro de 2007, na porta da casa de Soraiha, em Rondonópolis, logo após chegarem de Cuiabá, onde a pró-reitora tratou de assuntos administrativos da UFMT.
A pró-reitora, Fraga e Russo foram executados a tiros. Os dois professores morreram no local, atingidos no abdômen. Russo foi encaminhado a uma sala de cirurgia, mas não resistiu ao ferimento.
O inquérito da Polícia Federal descobriu que o autor dos disparos foi o lavador de carros Jaeder Silva dos Santos, réu confesso, que foi denunciado pelo Ministério Público Federal e condenado a 29 anos de prisão. Jaeder recebeu R$ 3 mil para matar os três e quem o contratou foi o servidor público e pequeno empresário Jorge Luiz Tabory.
Mandante dos crimes e julgado em 14 de novembro de 2011 pelo tribunal do júri da Justiça Federal, Tabory recebeu pena de 51 anos, da juíza Tânia Zucchi de Moraes.
No curso das investigações a Polícia Federal e o Ministério Público Federal descobriram que Tabory mandou matar Soraiha na tentativa de continuar prestando serviço de lavagem de veículos do campus, por meio de seu lava jato registrado na Junta Comercial como empresa Valdir de Carvalho – ME. A pró-reitora investigava indícios de irregularidades nos pagamento pelo serviço prestado. Jaeder era funcionário de Tabory.
Quando dos assassinatos o reitor Paulo Speller se encontrava no campus da UFMT em Sinop e lamentou o crime. O prefeito Adilton Sachetti decretou luto oficial por três dias no município.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTO: Ilustração
Comentários estão fechados.