Boa Midia

Juca do Guaraná Filho dança e o Delegado Claudinei volta a ser Sua Excelência

Eduardo Gomes

@andradeeduardogomes

Juca do Guaraná Filho dança…

Hoje, o deputado estadual Juca do Guaraná Filho (MDB) está tecnicamente sem mandato, e o suplente Delegado Claudinei (PL) conta os minutos para voltar ao plenário da Assembleia Legislativa, onde permaneceu na legislatura anterior. Uma decisão da Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, acompanhando o voto do relator desembargador federal Flávio Jardim, reverteu um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU), que considerou ficha suja e inelegível o ex-prefeito de Chapada dos Guimarães, Gilberto Schwartz de Melo (PL). A decisão abre caminho para Juca do Guaraná pegar o boné e sair, e o Delegado Claudinei voltar a ser Sua Excelência.

… e o Delegado Claudinei repete Nilson Leitão

Depois desta narrativa com cheiro de juridiquês vamos ao fato, mas não sem lamentar a morosidade da Justiça Eleitoral que ainda não definiu quem será titular do mandato de deputado estadual que bota em campos opostos Juca do Guaraná Filho e o Delegado Claudinei, depois de um ano e quatro meses de mandato do primeiro e de igual período de espera pelo outro.

Em 2022 a soma dos votos do MDB para deputado estadual resultou na conquista de quatro cadeiras com Janaína Riva, Thiago Silva, Juca do Guaraná Filho e Dr. João. No mesmo pleito, para a Assembleia, o PL elegeu Gilberto Cattani e Elizeu Nascimento.

 

O que houve?

 

Gilberto Melo concorreu para deputado estadual recebendo 7.260 votos. Sua votação foi mantida congelada porque pesava contra ele a condenação do TCU. O Delegado Claudinei entrou na Justiça pelo descongelamento dos votos de seu correligionário, pois caso isso ocorresse, seu partido ganharia uma cadeira, no caso para ele, que é o primeiro suplente, e o MDB perderia Juca do Guaraná Filho.

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A morosidade processual permitiu que Juca do Guaraná Filho continuasse em plenário. Porém, em 29 de maio, o TRF jogou um balde de água fria no emedebista e fez o Delegado Claudinei abrir um sorriso que até agora permanece em sua boca.

Resumo:

O cenário agora é de adeus para Juca do Guaraná Filho e de muita bajulação com o Delegado Claudinei, como acontece quando alguém chega ou retorna ao poder. Porém, os insondáveis caminhos judiciais podem apontar alguma rota que protele a presença de Juca do Guaraná Filho na Assembleia.

ANÁLOGO – Com outra formatação, mas de modo muito parecido, em Mato Grosso houve um fato análogo ao de Juca do Guaraná Filho e o Delegado Claudinei.

Em 2010 Nilson Leitão (PSDB) disputou a eleição para deputado federal. O resultado não o abalou, muito embora seu nome não constasse entre os oito eleitos. Naquele ano, a Justiça Eleitoral batia cabeça com a Lei Ficha Limpa, que não foi validada para o pleito de outubro. Mesmo sem vigência, na confusão, foram desconsiderados os 2.098 votos recebidos pelo candidato a deputado federal Willian Dias, o Tenente Willian (PTB), que disputou pela coligação Jonas Pinheiro (PSDB, DEM e PTB), o que resultou na posse de Ságuas Moraes (PT).

Leitão brigou na Justiça por seus direitos e em 13 de julho de 2013 ficou com a cadeira até então ocupada por Ságuas.

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